𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐀 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀 | +𝟏𝟖 ( axel Kovačević x sn)

ᴇɴᴛʀᴇ ʟᴇᴀʟᴅᴀᴅᴇs

POV: Sn

O dojo era a minha casa, o Cobra Kai era o meu time. Eu era a lutadora que os outros olhavam com admiração (ou medo), a que levava os treinos a sério e não tolerava distrações. Mas, por algum motivo, a presença de Axel mexia comigo. Ele tinha me defendido como se fosse algo natural, mas isso não fazia sentido. Não quando eu fazia parte do Cobra Kai.

Caminhávamos em silêncio de volta para o hotel. Ele parecia calmo, mas eu podia sentir a tensão no ar. Era como se ele estivesse esperando eu falar algo. E, bem, não ia deixar aquilo passar.

— Você sabe que não precisava fazer aquilo, né? — Minha voz saiu mais fria do que eu planejava.

Axel olhou para mim de canto de olho, seu rosto impassível.

— Claro que precisava. — Ele respondeu, como se fosse óbvio.

— Eles são do meu time, Axel. Não do seu. — Cruzei os braços, parando no meio da calçada para encará-lo.

Ele também parou, se virando para mim. A luz do poste acima de nós iluminava seu rosto parcialmente, dando a ele uma expressão mais séria.

— Eles não pareciam ser do seu time quando estavam prontos para te atacar.

Engoli em seco. Ele não estava errado. Eles eram do Cobra Kai, mas não eram meus amigos. Na verdade, alguns deles faziam questão de me desafiar sempre que podiam, tentando provar que eram melhores. Eu podia lidar com isso, mas ver Axel se intrometer me fez questionar coisas que eu preferia ignorar.

— Eu sei me defender. — Retruquei, tentando recuperar o controle da conversa.

Axel deu de ombros.

— Nunca disse que não sabia.

Seu tom calmo me irritava. Ele não estava tentando me provocar, mas eu me sentia desafiada de qualquer forma. Era como se ele soubesse exatamente o que fazer para me tirar do sério.

— Então por que intervir? — Insisti, minha voz carregada de frustração.

Ele ficou em silêncio por um momento, seus olhos encontrando os meus.

— Porque não vou ficar parado enquanto vejo alguém ser encurralado. Mesmo que essa pessoa seja teimosa o suficiente para achar que não precisa de ajuda.

Fiquei sem palavras. Axel tinha essa habilidade irritante de ser completamente honesto, mesmo quando eu não queria ouvir.

— Eu não preciso de ninguém. — Respondi, mais para me convencer do que a ele.

Ele sorriu, aquele sorriso provocador que fazia meu sangue ferver.

— Certo. Vou lembrar disso na próxima vez.

Revirei os olhos, começando a andar de novo. Ele me seguiu, e o silêncio voltou a nos envolver. Mas agora era diferente. Não era desconfortável nem tenso. Era... algo que eu não sabia definir.

Enquanto nos aproximávamos do hotel, me perguntei por que Axel parecia tão disposto a enfrentar o Cobra Kai olver.