Capítulo 5

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Jeiciane estava sozinha em casa com sua irmãzinha chata, Yasmin, que contra a sua vontade decidiu acompanha-la na festa. Estavam ambas juntas no quarto se arrumando.

— Eu te disse que você não vai.

— Você não tem como me impedir, tenho 15 anos. — Yasmin rebateu.

Jeici revirou os olhos.

— É uma festa pra adolescentes.

Yasmin largou o batom na mesinha.

— Eu sou uma adolescente.

— Adolescentes da minha idade, Yasmin. — Jeici falou em tom cortante.

Sua irmã deu de ombros e Jeici suspirou, teria que aguentar aquela peste na festa, provavelmente não conseguiria aproveitar nada porque teria que ficar de olho na irmã. E como faria para ficar com a Dayane sem que sua irmã desconfiasse ou visse alguma coisa que não deveria ver?

Era uma merda mesmo. E era uma merda ainda pior não ser assumida pra família.

— Tudo bem, mas me deixe sozinha um pouco. Vá se arrumar no seu quarto, jovem. — Jeici pediu.

— Tá, tudo bem. — Respondeu Yasmin, virando as costas e indo embora.

O celular de Jeici começou a vibrar em cima da mesinha. Alguém estava ligando. Jeici atendeu sem nem olhar quem era.

— Alô? Quem é?

Inicialmente, ela recebeu como resposta apenas o silencio.

— Oi, Jeici, é a Dayane. — Ouviu sua voz simpática e feminina na linha.

Jeici sentiu um brilho surgindo em seu rosto.

— Dayane, é você mesmo? Não está ligando para avisar que desistiu de ir à festa não, né?

Ela ouviu Day rir.

— Claro que não, estou ansiosa para te ver.

— Que bom, vou estar te esperando lá.

— Com quem está falando? — Yasmin se materializou como um maldito demônio ao seu lado, Jeici tomou um susto e levou a mão ao peito.

Afastou o telefone dos lábios.

— Com uma amiga. Deixa de ser curiosa. — Jeici voltou a aproximar depois o celular dos lábios. — Te vejo na festa. Estou me arrumando ainda, preciso desligar.

— Até depois, Jeici.

Jeici acabou com a chamada e se virou para Yasmin.

— Não invada meu quarto assim! E eu te pedi para ficar sozinha.

— Tá, desculpa. Vou sair. — Disse Yasmin, dando meia volta.

Sua irmã havia estragado aquele momento com Day. E Jeici estava com medo que também estragasse os próximos.

O celular tocou mais uma vez, Jeici atendeu ansiosa.

— Dayane?

Uma respiração fria soou na linha.

— Não é a Dayane. — Respondeu uma voz robótica.

Jeiciane ficou tensa com essa revelação e se levantou da cadeira.

— Quem é você então?

Ela não sabia porque, mas estava ficando arrepiada.

— Eu acho que você já ouviu falar de mim... das coisas que fiz... nas notícias.

Jeici entendeu na hora o que ele queria dizer, não era tão burra quanto parecia.

— Você é o assassino, não é? Você matou Manu e Pedro.

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