Capítulo 17

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Sakusa Kiyoomi

A luz suave do abajur iluminava o ambiente de uma forma quase clandestina, criando sombras dançantes nas paredes e deixando o lugar imerso em uma atmosfera acolhedora.

Não era uma boate, nem um bar lotado. Era o tipo de local que Atsumu sabia que me agradaria, e, como sempre, ele estava certo.

O espaço tinha uma vibração íntima e quente, com sofás confortáveis espalhados por todo o ambiente e uma música suave tocando ao fundo, algo jazz com toques modernos.

As pessoas lá estavam relaxadas, conversando em voz baixa, sem pressa, como se o mundo lá fora não existisse.

Eu nunca teria escolhido esse tipo de lugar por conta própria, mas, ao olhar ao redor, percebi que ali parecia um bom lugar para relaxar.

— Vem cá, Kiyoomi, — disse Atsumu, seu tom brincalhão fazendo com que meu peito se apertasse de uma forma inexplicável. Ele pegou minha mão e me puxou para o bar, onde o bartender já estava nos esperando. — Vamos aproveitar a noite.

Não era algo que eu fazia com frequência, mas, por algum motivo, aquela noite parecia... segura. Miya estava sendo atencioso, cuidando de cada detalhe para que eu curtisse o momento.

E, claro, ele estava flertando.

Descaradamente.

— Você está perdidamente gostoso com essa camisa preta, escolheu ela de propósito para me tirar o juízo? — ele comentou, com um sorriso que quase me fez tropeçar no próprio pé.

— Miya, você sabe que não precisa me cantar o tempo todo, né? — retruquei, tentando manter o tom ácido, mas incapaz de evitar que uma pequena curva surgisse nos meus lábios. — Eu ja conheço muito bem seus truques.

— Gosto do jeito que seu corpo reage quando flerto com você. — ele disse, inclinando-se mais perto, a mão pousando na minha cintura de um jeito tão natural que eu nem tive tempo de reagir. — E só estou sendo sincero, você realmente está um gostoso, Omi-kun.

A música mudou. Uma batida mais suave começou a tocar, e, com um gesto abrupto, Atsumu pegou minha mão e me puxou para a pista de dança. Eu hesitei por um segundo, mas ele não me deu tempo para recuar.

Quando percebi, estávamos lá, entre as poucas pessoas que ainda se arriscavam a dançar naquele lugar.

— O que você pensa que está fazendo? Que vergonha, Atsumu! — perguntei, tentando disfarçar o calor crescente no meu rosto.

— Relaxa, Omi-kun, — disse ele, com um sorriso travesso. — Dança comigo?

E, antes que eu pudesse protestar, ele me puxou para mais perto, suas mãos deslizando para minha cintura com uma confiança tão grande que não me permitiu reagir. Os corpos das outras pessoas ao nosso redor estavam se movendo de maneira lenta e sensual, e logo estávamos acompanhando o ritmo.

Ele estava tão perto que eu podia sentir a respiração dele tocando meu pescoço, e, por algum motivo, aquilo me fez querer mais.

Eu tentei manter o controle. Fui firme, como sempre sou. Mas quando ele se inclinou mais perto, seus lábios quase tocando minha orelha, eu não pude evitar o arrepio que percorreu minha espinha.

— Não finge que não tá gostando disso, Sakusa Kiyoomi. — ele sussurrou, com a voz rouca que fazia meu coração acelerar.

Eu abri a boca para retrucar, mas ele me interrompeu com um sorriso travesso, a mão ainda em minha cintura, puxando-me para mais perto, de uma forma que deixava claro que ele estava no controle da situação.

Not Fall In Love | Sakusa x Atsumu Where stories live. Discover now