Quando o sol se põe, é apenas um prelúdio para um novo amanhecer. O amor verdadeiro, forjado nas tempestades e nas calmarias, continua a brilhar mesmo nas noites mais escuras. Rafe e Camilla enfrentaram desafios inimagináveis, e agora, de volta ao l...
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Capítulo: Desamparada
Pov: Camilla
Cheguei em casa e largei a bolsa no sofá, ignorando a escuridão que envolvia o lugar. A casa parecia um reflexo de mim: vazia, silenciosa, à beira do colapso. Subi as escadas em um transe, cada passo carregado pelo peso de uma dor que parecia me afundar ainda mais. Quando entrei no banheiro e acendi a luz, a frieza do ambiente só intensificou a sensação de solidão.
Parei diante do espelho, encarando a mulher que estava ali, mas não me reconhecendo. Tirei minha roupa, ficando apenas com a roupa íntima. Mas, em vez de entrar no chuveiro, algo me manteve estática. Continuei encarando o reflexo — ou a ausência dele.
Os pensamentos vieram como uma avalanche. A morte do meu filho. Uma dor tão profunda que palavras não conseguiam descrever. Era um buraco negro, sugando qualquer resquício de alegria ou esperança que eu ainda pudesse ter. A culpa queimava como ácido, corroendo minha alma. Se eu tivesse feito algo diferente, ele ainda estaria aqui?.
As brigas com Rafe. A mistura caótica de amor e destruição. O jeito que ele fazia meu coração bater mais rápido e, ao mesmo tempo, sentir como se estivesse quebrado em mil pedaços. Eu o amo, mas amar não parecia ser suficiente para manter a gente junto.
As palavras de Sofia na festa do Topper. Tão cheias de malícia, mas, no fundo, apontando fragilidades que eu tinha medo de admitir. Ela está certa?, A dúvida era insuportável.
O comentário de JJ. Sem o Rafe, você fica legal. Um golpe direto em algo que eu nem sabia que podia ser ferido. Será que eu havia perdido minha própria essência? Será que havia me moldado tanto para agradar ou odiar que não restava mais nada de autêntico?
O grito que escapou de meus lábios foi visceral. Um som cru, uma tentativa desesperada de expelir a dor que consumia cada pedaço dela. Antes que pudesse pensar, meu punho se chocou contra o espelho, e o som do vidro quebrando ecoou pelo banheiro. Fragmentos espalharam-se pelo chão, alguns cravando-se na pele da minha mão. O sangue começou a escorrer, mas eu mal sentia.