— Você o matou — Namjoon afirmou assim que tocou a pulsação inexistente do corpo do homem. — Já viu ele antes?
Jungkook não sabia o que pensar, não sabia se estava errado ou não. Matou um homem pela primeira vez, um homem que iria assassiná-lo. Foi legítima defesa? Estava quase tendo um colapso, sentindo os lábios secos e lutando contra a respiração pesada.
A mão de Taehyung chegando até a sua cintura foi uma forma de confortá-lo. Conseguiu respirar melhor quando sentiu o calor do peito dele contra as suas costas, deixando-se relaxar sobre o corpo dele.
— Jungkook, você já viu esse homem? — Taehyung perguntou devagar e calmo rente ao ouvido dele.
— J-Já... — Jungkook limpou a garganta e virou o rosto para Namjoon. — Ele é um homem seu, eu acho. Ele te chamou de chefe e me avisou sobre o mundo do crime.
— Ãn? — Hoseok deixou de olhar o recém cadáver para virar o rosto para Jungkook, depois para Taehyung.
— O dia do Maxwell. — Jungkook olhava bem para os olhos extremamente castanhos de Taehyung. — Ele apareceu antes de você, ficou distante conversando comigo.
— No cassino do Namjoon? — Taehyung perguntou e olhou para o homem citado. — Por que ele estava lá dentro? — perguntou para o seu capanga.
— Ele não é um homem seu? — Jungkook perguntou, interrompendo aquela troca de olhares furtivos entre Namjoon e Taehyung.
— Não — o líder deles acabou negando.
Aquele homem que matou não pertencia a Taehyung... Isso assombrou Jungkook mais do que deveria, fazendo-o questionar a sua segurança. Deu um passo para trás, o sangue do homem estava fazendo uma poça e já chegava aos seus pés descalços.
— Resolvemos isso depois — Taehyung falou com a voz firme. — Levem o corpo e queimem como sempre. Confiram se não há nenhuma pista de quem o mandou no corpo dele.
Então a máfia do Taehyung acabava com os corpos queimando?, depois de pensar isso, Jungkook achou a informação interessante, seu instinto jornalístico aflorando no mesmo segundo. O que mais eles fariam sobre isso?
— A arma — Taehyung pediu ao namorado. Jungkook a soltou na mão de Taehyung, notando apenas naquele momento que a apertava com mais força do que o necessário. — Queimem também. Você vem comigo, gatinho.
— Pra onde? — Jungkook perguntou ao começar a ser guiado para mais a fundo no corredor.
— Você vai se limpar e queimaremos essa roupa também.
Taehyung o levou para o banheiro, não deixando-o tocar em nada. Tirou a sua roupa e a deu para Hoseok, levando apenas o braço para fora e não o deixando ver nada por dentro, muito menos o seu namorado, que era quem realmente queria guardar a imagem.
Tirou o sangue que marcava sobre a sua pele com algodão e passou tudo para o Hoseok, tendo como destino o fogo. Pediu para que ele entrasse embaixo do chuveiro, depois ligou a água morna para que fosse totalmente lavado e ficasse sem nenhum vestígio de sangue do homem que matou.
— Jungkook, bebê — Taehyung o chamou com a voz leve, olhando-o com atenção quando conseguiu segurar o rosto dele. — Como você está?
— Vivo — Jungkook respondeu. — Vivo e não morto.
Dito isso, Jungkook agarrou a nuca do Kim e o puxou para um beijo, levantando-se nas pontas dos pés e o abraçando com força, não ligando para o fato de que estava o molhando junto com aquela água morna. Mãos geladas seguravam sua cintura e então se afastou após Taehyung resmungar, evidenciando que a conversa não acabou ali.
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Fanfic[REESCRITA] Existem momentos em que chaves são viradas na vida de qualquer pessoa, e o Jungkook descobriu uma delas quando foi fazer o que acreditava mais amar na sua vida: entrevistar uma pessoa. Não qualquer político, empresário, criminoso ou hero...