3.9, Buraco Negro

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EM UMA MADRUGADA silenciosa, Ava despertou de um sono intranquilo. Seu coração pesava como chumbo, e a necessidade de libertar sua agonia interior que sentia depois de um vívido pesadelo a impulsionou a deixar seu quarto para trás. A pressão que sentia para provar ser boa o suficiente para ser capitã pesava sobre seus ombros, assim como a culpa sufocante por esconder a verdade de seu melhor amigo e discutir com Devon por isso. As presenças indesejadas que ainda estavam em sua casa só aumentava sua inquietação, enquanto as mensagens ignoradas de Jason também ecoavam em sua consciência. Ela tentava afastá-lo para evitar mais conflitos em seu relacionamento, mas a preocupação pelo garoto insistia em permanecer, tudo isso contribuía para tanta ansiedade.

Ela seguiu pelas ruas vazias, seus passos ecoando suavemente na calçada deserta. O ar frio da noite acariciava seu rosto. Ava finalmente chegou ao seu destino: o muro desgastado da escola, que se tornara seu refúgio nas horas mais sombrias.

Com um spray na mão, ela mergulhou em um frenesi criativo, traçando linhas e formas de acordo com o que ecoava em sua alma. A tinta se espalhava pela superfície áspera.

Ava observou sua obra assim que finalizou, respirando profundamente, sentindo uma mistura de alívio e exaustão. Através daqueles desenhos e palavras, ela havia encontrado uma voz para seus sentimentos reprimidos, uma maneira de expressar o indizível.

——— Ei!! ——— alguém gritou, assustando-a. ——— Parado aí.

——— Merda!

Ava olhou assustada e percebeu o segurança com uma lanterna que mirou em seu rosto. Impulsionada pelo medo e pela adrenalina, correu, acelerando a cada instante o seu ritmo, seus pés tocando as calçadas com urgência.

A lanterna do segurança varreu o caminho à frente, projetando um feixe de luz. A cada passo, a distância entre eles diminuía.

Então, o inevitável aconteceu. Uma pedra solta pegou seu pé. Ava tropeçou, os braços voando para frente na tentativa de se equilibrar. Os joelhos rasparam no chão áspero, mas não teve tempo de se recuperar. O segurança, determinado a capturá-la, havia conseguido alcançá-la. Seu olhar penetrante e severo encontrou os olhos assustados dela.

——— Você não vai escapar ——— ele disse, sua voz carregada de triunfo enquanto Ava usava a mão para tapar a luz da lanterna que incomodava sua visão.

Horas depois, Shannon foi acordada por fortes batidas na porta. O som ecoava pela casa, tirando-a de um sono profundo. Atordoada, ela jogou um roupão sobre os ombros e caminhou até a porta, preocupada. Ao olhar pelo olho mágico, viu a silhueta de um segurança. Abriu lentamente, e sua expressão congelou ao ver a cena diante dela: Ava estava ali, com o braço firmemente segurado pelo homem.

Kicks and Kisses // Anthony LaRusso Onde histórias criam vida. Descubra agora