Capitulo 28

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Asher Connor

A agitação dentro de mim é um fogo insano que não se apaga, uma fome insaciável. Desde o segundo em que ela não me deu uma maldita explicação, esse maldito vazio me consome. Eu quero destruir tudo. Quero queimar a cidade inteira, o país, o maldito mundo se isso for o que for necessário para voltar no passado por ela. Para ter a chance de salvar um mini Flora e ter a chance de estrangular o filho da puta doente com minhas próprias mãos.

Ela está ali, minha rainha, adormecida ao meu lado. Nos meus braços, como se não tivesse noção da força assassina que emana de mim nesse instante. Eu poderia ser capaz de matar por ela, destruir qualquer coisa que ameace tocá-la. Ela é minha, porra, sempre.

Meu olhar percorre seu rosto delicado e perfeito, como se fosse a coisa mais preciosa que meus olhos tiveram o prazer de ver. Meus dedos tocam suavemente seus fios rebeldes, mas ao tocá-la, o desejo e a possessividade me dominam. Eu não posso deixar ela ir. Não posso deixar que nada nem ninguém se aproxime dela, nem que seja um maldito fio de cabelo fora do lugar. E se ela tentar fugir, vou adorar caçar-lá como minha linda presa.

Retiro um a um os fios indesejados do seu rosto, alisando sua pele macia e quente. Tão minha. Só minha. E, por um momento, fico ali, imerso na suavidade dela, como se pudesse encontrar algum tipo de paz. Mas sei que não posso. Porque tudo o que eu quero é que ela queime por mim e aguente tudo o que tenho. E, mesmo que ela não saiba, ela vai entender. Ela vai entender que ela pertence a mim e parar de fugir.

Eu deveria dormir. Mas como eu poderia? Minha consciência grita em protesto, me acusando de cometer um crime ao fechar os olhos diante de tamanha perfeição. Onde será que sua mente se esconde nesse momento? Será que ela sonha comigo? Espero que sim, minha rainha. Eu espero, do fundo do meu resquício podre de alma, que sim.

Ela se remexe na cama, vira para o outro lado, e eu sinto um incômodo torturante em cada movimento. Mesmo em seus sonhos, ela se afasta de mim, se esquiva. Isso me devora. Me faz querer a esmagar contra mim até que não consiga mais respirar e então eu lhe daria o ar novamente.

Com raiva, me levanto. O turbilhão de sentimentos que sinto agora é incontrolável. Me sento na poltrona ao lado, ainda observando seu rosto perfeito. Mas logo meu olhar escorrega para seu pescoço. Uma marca roxa avermelhada ali. Minha marca. Feita pelos meus lábios, no meu ápice de possessividade quando a tomava por inteiro em meu pau. Minha.

O lençol escorrega pelo seu corpo, sem que ela perceba, e me revela seus seios lindos, expostos, vulneráveis para mim. A vontade de morder o bico endurecido pela corrente fria do ar me consome. Minha boca saliva, meus olhos queimam de desejo. E ali, mais uma marca, perto da auréola, mais uma evidência de que ela me pertence. Eu sou o único que a toca assim. Eu sou o único que deixa essas marcas. Que se foda as marcas do seu passado, nunca deixarei elas serem maiores ou mais relembráveis que as minhas.

Eu percebo então, que essa única marca está em um seio. E eu sei o que devo fazer quando ela acordar. Eu vou garantir que, por todo o seu corpo, ela tenha minha marca. Poderia fazer agora, mas quero ela acordada e me olhando com aquele olhos brilhantes num tom verde que só ela tem.

Ela treme levemente, e mesmo a vista de seus seios nus sendo uma obra de arte que necessita ser admirada, tocada, como se fosse um sinal, seu tremor indica frio. Me aproximo e cubro seu corpo com o lençol. Quando vou retirar os fios rebeldes de seu rosto, novamente, sua mão segura meu pulso com uma rapidez surpreendente, e seus olhos se abrem. O pânico neles me faz erguer a sobrancelhas, o clima frio já não é mais por conta do vento. Ela sabe que eu perco a porra da sanidade com essa sua expressão deliciosa de pânico. Ela sabe que pertence a mim.

– Ash... é você. – A voz dela, cansada e aliviada no instante em que ela me reconhece, quase me faz grunhir de raiva. Não era eu quem estava nos seus malditos sonhos. E não era eu quem a assustava. Essa maldita sensação de que eu não sou a única coisa em sua mente me devora. Eu deveria estar lá, sempre, consumindo seus pensamentos. Só eu. Já que é ela que consome os meus.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Nas Asas do Destino- I Dark EmpireOnde histórias criam vida. Descubra agora