Palavras: 5029 (Capítulo longuinho aí para vcs)
Eu nunca tinha sido tão próxima de Dumbledore quanto nesses dias. Eu sempre o vi pelo que ele é. Um bruxo poderoso e calculista. Mas agora, sem uma mesa entre nós, como aconteceu em todos os nossos encontros anteriores, com exceção de quando esteve no meu quarto, que foi igualmente desconcertante quanto hoje, eu estava pouco a vontade.
— Mantenha sua varinha à mão, Harry — disse ele, animado e quanto andávamos pela rua. Meu nome não estava incluso por que eu já tinha a minha em mãos, e Dumbledore tinha percebido.
— Mas pensei que não tinha licença para usar a magia fora da escola, professor. - Respondeu o garoto.
— Se houver um ataque, eu lhe darei permissão pa-ra usar qualquer contrafeitiço ou contramaldição que lhe ocorra. Mas acho que hoje à noite não vai precisar se pre-ocupar com ataques.
— Por que não, professor?
— Porque você está comigo — respondeu Dum-bledore com simplicidade. — Aqui já está bom.
O bruxo parou bruscamente ao fim da rua dos Al-feneiros.
— Naturalmente, você ainda não passou no teste de Aparatação, não é?
— Não. Pensei que precisava ter dezessete anos.
— Precisa. Então, segure com força no meu braço.
No esquerdo, se não se importar... você deve ter reparado que o braço com que seguro a varinha está um pouco sen-sível no momento.Harry agarrou o braço oferecido por Dumbledore. Enquanto eu levemente encostei em seu direito, já que precisava apenas do local par aonde ele queria ir, e não que ele me levasse junto.
— Bem, então vamos.
O mundo se distorceu rapidamente, e então voltou ao normal.
Eu, Harry e Dumbledore estavamos, agora, parados na praça deserta de algum povoado, no centro da qual havia um memorial de guerra e alguns bancos.
— Você está bem? — perguntei levemente preocupada. Ele nunca tinha aparatado antes.
— Leva algum tempo para acostumar com a sensação. - Completou o diretor.
— Estou ótimo — respondeu Harry, esfregando as orelhas. — Mas acho que prefiro as vassouras. Como você não está mal? - Ele se virou para mim, notando a minha indiferença com o transporte.- Eu fiz a matéria Aparatação em Hogwarts. E não é a primeira vez que vou de acompanhante em uma.- Respondi sinceramente, apesar de esconder alguns fatos.
Dumbledore sorriu, aconchegou melhor a capa em torno do pescoço e disse:
— Vamos por aqui.
E, andando rapidamente, passou por uma estala-gem vazia e algumas casas. Segundo o relógio de uma igreja vizinha, era quase meia-noite. Quase meu aniversário.
— Agora me diga, Harry, a sua cicatriz... tem doído?
Harry levou a mão à testa e esfregou a marca em forma de raio.
— Não, e tenho me perguntado o porquê. Pensei que iria arder o tempo todo, agora que Voldemort está recuperando o poder.
Dumbledore tinha uma expressão satisfeita.
— Já eu pensei o contrário — disse Dumbledore.
— Lord Voldemort finalmente percebeu como é perigoso o acesso que você tem tido aos pensamentos e emoções dele. Imagino que agora esteja usando a Oclumência contra você.— Por mim, tudo bem — comentou Harry.
Viramos uma esquina, passamos por uma cabine telefônica e uma parada de ônibus.
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Entre mundos - HP (Mattheo Riddle)
FanfictionImagine se Sirius Black tivesse tido uma filha? E mais, se ela fosse criada pelos Malfoy? Essa é a história de Alya Black, uma garota que foi criada para acreditar em tudo que seu pai era contra. Sonserina ou Grifinória? Após passar um tempo em Dur...