Terra de Ninguém.

027

Isis Vitoria.
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Praticamente 4 horas da manhã e o elevador parou no térreo, olhei mais pra frente vendo meu best colorido sentado no sofázinho da portaria junto com o outro maluco e sorri andando até eles arrastando minha mala junto com a Karine que tava praticamente dormindo em pé.

Incrível como a semana passou voando.

– oi Luanzinho, oi Gibi, bom dia pra vocês né?

Sentei do lado do Cicatriz que já me puxou mais pra perto agarrando minha cintura e deitando a cabeça no meu ombro enquanto abaixava a aba do boné pra cobrir os olhos.

Karine: vocês três tão super amigos né? que parte que eu perdi mesmo?

Gibi: perdeu tudo fia.

Balancei a cabeça em negação e peguei meu celular tirando uma foto do Cicatriz dormindo.

Gibi: qual foi da sua familia parceirinha? to com
vergonha ta ligada?

Dei risada me ajeitando no sofá pra ficar confortável pra mim e pro Cicatriz que murmurou alguma coisa me apertando ainda mais.

– e você sabe o que é vergonha Gibi? achei que você não tinha isso, eles são mó de boa cê vai gostar deles certeza.

Ele abaixou a cabeça mexendo no celular dele e eu olhei pra Karine que encarava ele sem nem disfarçar.

Karine: vai ficar nessa mesmo? fingindo que eu nem existo?

Ela sentou do lado dele e começou a falar enquanto eu fechei os olhos encostando minha cabeça na do Cicatriz.

Gibi: vem pro meu lado agora não mina que eu meto a porrada em tu na frente da tua familia.

Eu sabia que isso não era só jeito de falar e sim uma coisa que com certeza ele faria e eu me sentia mal pra caralho por ter convidado ele sabendo que falta pouco pra ele descer o cacete na Karine.

Karine pode ser uma piranha que inventou de pegar bandido e quase namorar com um playboyzinho ao mesmo tempo, também é uma lascada por tentar me colocar pra baixo diversas vezes mais porra, a menina é praticamente minha irmã.

E eu tenho quase certeza que se não aconteceu nada com ela ainda foi porque o Cicatriz não deixou porque da pra ver de longe que a mão do Gibi ta coçando pra acertar nela.

Olhei pra tela do meu celular vendo se tinha alguma mensagem da minha mãe mais não tinha nada.

Não sei quanto tempo que passou porque eu cochilei e só acordei quando senti eles levantando do sofá.

Olhei pra entrada do prédio e vi minha mãe entrando vindo na nossa direção.

Cicatriz levantou ainda segurando minha cintura e minha mãe sorriu toda bobinha vindo abraçar a gente.

Mônica: que bonitinhas minhas bebês de casalzinho, primeira vez que eu to achando que vocês tiveram bom gosto, esse é o Gibi? um verdadeiro Gibi mesmo.

O Gibi riu ficando todo sem graça com a minha mãe abraçando ele.

Mônica: Yara que vai ficar doidinha em você, se prepara em, Karine você que segure sua mãe.