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Luan/Cicatriz

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Luan/Cicatriz. — 26 anos.
Rocinha, Rio de Janeiro.

Tava viajando pra caralho, uma brisa doida passando na mente que eu ria até do vento que batia na minha cara.

Gibi: ta doidão meu parceiro, feliz ano novo carai. — parou atrás de mim colocando a mão no meu ombro e eu soltei a fumaça do baseado fazendo um toque com ele.

– é nois porra, é nois.

Olhei pra ele que desviou o olhar de mim e encarou geral que tava nesse grupinho, namoral sei nem como vim parar aqui mais a resenha ta daora.

Gibi: iae loirinha, vou sentar aqui de boa?

A mina olhou pra ele arregalando os olhos mais disfarçou sorrindo enquanto concordava e eu marolei em cada detalhe dela, dês da hora que eu cheguei já tinha pegado a visão nela e puta que pariu, menina chamava atenção demais.

Vini: fala com pobre mais não Gibi?

O gay já se assanhou vindo pra perto pegar na mão do Gibi que fez cara de malícia fazendo geral rir.

Gibi: com você eu falo po, qualé a boa?

Vini: a boa? eu e você? primeira transa do ano.

Gibi: foda te contar, mais na hora que vocês tavam vendo os fogos eu já tava fudendo.

Gibi falou na maior ironia e eu ri com a brisa na mente.

Vini: i boy, rodadinho você em, te quero mais não.

Virou as costas indo pra perto da Laiza que conversava com outra mina.

Gibi: eta porra, quem é aquela lá?

– to ligado em ninguém que ta aqui po.

Gibi: cê conhece loirinha? — cutucou a mina de novo e ela olhou na mesma direção dando risada.

Ísis: minha prima, porque?

Gibi: conhecer gente nova é sempre bom e sua prima parece ser bem boa.

A menina concordou com a cabeça entendendo os trinta sentidos que essa frase dele podia ter.

Ísis: Gibi né? vou falar de você pra ela.

Gibi: ta ligada loirinha, qualé seu nome?

Ísis: Ísis, vou lá viu, acho que ela anima, você é bem do jeitinho que ela gosta.

A menina saiu passando a mão na bunda pra limpar da areia e se eu falasse que aquilo não chamou minha atenção ia tar mentindo pra caralho.

Gibi: gatinha em, só não fui na dela porque já saquei teu olhar, disfarça um pouco que ta parecendo doido.

muita droga cuzão, to alucinando já.

Gibi: cê ta feliz pelo menos po, milagres acontecem as vezes.

Dei mais um trago no beck virando a cabeça na direção da loirinha que tava em pé junto com a mina que ela disse ser prima.

O viado se meteu na conversa mais curioso que tudo e olhou na nossa direção, Gibi já tava olhando pra outro canto mais eu tava igual piscopata não conseguindo tirar os olhos da loira gostosa.

Antes das duas voltar o Vinícius veio rebolando com o copo na mão e apontando o dedo pra mim.

Vini: falei pra tu não viajar na Ísis bofe.

– tô fazendo alguma coisa nessa porra? abaixa esse dedo antes que eu te deixe sem ele.

Vini: te conheço Cicatriz mais esse jeito que cê ta olhando pra Ísis ta é me assustando, inventa nada pra cima da menina não, por favor.

– se eu quiser eu invento carai, até parece que não me conhece nessa merda.

Vini: Sara ta por aí cara, porque você não vai atrás dela?

– vaza daqui Vinícius antes que eu meta uma bala na tua cara, to de boa hoje vem me testar não.

Vini: só to te pedindo pra deixar a garota no canto dela.

Fiz sinal com a cabeça pra ele meter o pé e ele saiu me dando a visão da loira vindo junto com a outra menina que tomava alguma coisa do copo que de longe dava pra ver que tava cheio de bala.

Ísis: Karine esse é o Gibi, Gibi essa é a Karine.

Virei o rosto pro lado sentindo a tontura da brisa bater e dei risada sozinho escutando eles conversarem.

Quando a onda parou eu voltei a encarar todo mundo que passava na minha frente e não consegui evitar de olhar pra loira que já tava sentada na areia de volta.

Gibi e a outra já tinham sumido e eu ainda encarando a mina vi ela tomando um gole da bebida que tinha no copo batizado da prima dela.

– cê usa essas parada é?

Ela me olhou de canto não tendo certeza que eu tava falando com ela, mas quando percebeu que eu tava olhando pra ela mesma, ela virou e me encarou também.

Ísis: de vez em quando, não curto muito essas negócios mais pesados.

Ela chacoalhou o copo fazendo a espuminha da bala subir mais.

– namoral cê não tem cara nem de quem fuma uma mísera maconha.

Ísis: então minha cara engana bem.

Sorriu colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e eu balancei a cabeça concordando tirando meu pacote de erva do bolso.

– quer f1 comigo?

Ela me olhou analisando minha cara inteira e depois de uns segundos ela concordou com a cabeça virando na direção do Vinícius que observava a gente de braços cruzados.

Gay mó viajado.

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Kauê/Gibi.
26 anos.

26 anos

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