Isis Vitória.
Rocinha, Rio de Janeiro.Um pod? ta confesso que to com abstinência sem o meu, esqueci em cima da cama, sou viciada mesmo e acho que ele percebeu naquele dia.
Ioio: ele te quer lá, falou que cê pode levar as mina ai tudinho junto.
Olhei pras meninas percebendo que elas tavam olhando lá pra cima e eu olhei também vendo ele apoiado na grade me encarando enquanto tragava o baseado que tava em uma mão e na outra segurava um copo, de longe dava pra ver a cara fechada de gostoso dele.
Ioio: bora mina?
Posso ser enjoada pra caralho mais eu odeio quando não me chamam pelo meu nome ou por algum apelido, simplesmente nunca gostei.
– Isis, me chama de Isis. — virei pras meninas desviando do olhar do Cicatriz e elas me olharam meio em choque. — vocês sobem comigo?
Nanda: a chance da gente morrer é qual?
– acho que não tem essa chance.
Laiza: vai ter essa chance se você não ir Isis, bora logo que aquele ali é maluco.
Concordei com a cabeça e olhei pro menino magrelo que tava me encarando esperando eu passar na frente dele.
Passei e mais uma vez foram abrindo espaço pra mim passar até chegar na escadinha do camarote.
Subi degrau por degrau lembrando que eu iria ter que falar com ele e minhas pernas já começaram a tremer.
Abri a caixinha do pod e tirei ele lá de dentro, tirei do pacotinho, o adesivo de baixo e a borrachinha que fica dentro da onde fuma.
Pisei na parte do camarote e olhei ao redor vendo a Karine e o Gibi em um canto, ela olhou pra mim e fez uma careta, fiquei sem entender mais não deu nem tempo de ir até lá, Cicatriz já tava vindo na minha direção me olhando de cima a baixo.
O homem é um completo gostoso, todo preto de lacoste, o cheiro que de longe se sente de tão forte que é, malbec do caralho, a marra no olhar de puto, cara fechada sem gracinha nenhuma, sério não tem como resistir.
Cicatriz: loirinha, loirinha.
Arrepiei inteirinha com ele segurando minha cintura meio que me abraçando.
– oi Cicatriz.
Olhei pra trás vendo as meninas indo lá pro lado da Karine e percebi que eu tava sozinha com o Cicatriz que me puxou pra um cantinho que não tinha ninguém.
Cicatriz: sabia que cê ia colar pra cá, realizou seu sonho de conhecer o baile?
Sorriu pra mim e eu sorri também tragando o pod e assoprando a fumaça pra baixo vendo que a gente tava muito colado.
– realizei sim, só não imaginei que iria ser expulsa do camarote e depois chamada de novo pelo chefe.
Eu sabia que não tinha sido expulsa mais queria ouvir da boca dele.
Cicatriz: quem te expulsou Isis? dei ideia no Gibi que era pra tirar quem eu não tinha dado permissão pra tar aqui mais que você era pra ficar.
– lembrou de mim pretinho?
Ele me olhou de um jeito diferente e passou a língua pelo lábio antes de sorrir mostrando aquele sorriso de canalha dele.
Cicatriz: e quem disse que eu te esqueci?
Meu papaizinho do céu, me ajude.
– me ilude não viu, caio fácil nesses papinhos.
Cicatriz: tenho tempo pra iludir ninguém não Isis, mais me fala ae quem foi que te expulsou?
– me expulsaram não, expulsaram as meninas e eu fui junto porque não ia ficar sozinha de vela da Karine com o Gibi.
Cicatriz: sozinha não ficava, colei pra cá hoje só pra ficar contigo.
Ai caralho.
– então cê tinha certeza mesmo que eu ia vir?!
Cicatriz: Gibi me deu ideia que a tua prima ia vir e eu saquei que tu vinha junto, vocês tão sempre grudadas.
– ta, mais cê disse que veio pra ficar comigo, posso saber em que sentido?
Cicatriz: no sentido que você quiser, gosto pra caralho de trocar um papo maneiro com você mais me amarro ainda mais no teu beijo.
Arregalei os olhos mais disfarcei sorrindo e puxando um trago do pod que ele me deu.
– vou te fazer uma pergunta chatinha mais eu preciso saber e ter a resposta diretamente da tua boca porque Deus me livre apanhar no meio da rua, você tem envolvimento sério com alguém?
Ele suspirou estressado mais me respondeu na boa.
Cicatriz: Isis eu já te disse que eu não sou uma pessoa fácil de lidar e te avisei que cê ia escutar coisa pra caralho de mim que cada vez ia querer mais distância, mais eu posso te dar total certeza de que eu não sou casado.
– você quer ficar comigo numa boa ou ta achando que eu sou uma piranha que vai dar pra você hoje e amanhã você vai tratar como se eu fosse uma puta?
Cicatriz: se eu quisesse te comer e te tratar como se fosse uma puta eu já taria te tratando igual eu trato elas.
Olhei pros olhos dele que já olhava pros meus em uma intensidade que só pela misericórdia.
– a noite é uma criança Cicatriz.
Ele sorriu colocando a mão na minha cintura de novo e me puxou pra ele grudando de vez meu corpo no dele.
Cicatriz: cê é perfeita demais namoral.
A outra mão ele levou pro meu pescoço me levando em direção a boca dele e a gente se beijou fazendo aquela sensação boa de frio na barriga me atingir na mesma hora.
O tanto que o beijo desse homem me levava pro céu é brincadeira, me apaixonaria facinho só com esses beijos e essa pegada fudida.
Ele apertava meu corpo com força, mais era aquela força que não tem mulher que resiste de tão delícia que é.
Cicatriz: quer ficar curtindo só comigo ou quer ir pra lá com a tua galera.
– a gente ta em um baile né?! vamo ir pra lá curtir depois a gente vê aonde só nós dois vamos parar.
Eu podia tar brincando com o fogo mais na real eu queria me queimar e muito.
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Terra de Ninguém.
Fiksi PenggemarComplexo do Alemão, Rio de Janeiro. Quando nós dois fica junto acaba os estresse, os problemas desaparece e você flutua, nós dois ficamos tão leve. Não sei se você sabe mas a gente sabe, nossa vibe combina e tu querendo ou não virei uma cena, desse...