capitulo 18

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E eu pensei ter ouvido você chorando lá fora
E eu pensei ter ouvido você chamar meu nome

- Lost stars

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Depois que Liam me abandonou nesse penhasco, resolvi ficar por mais algum tempo, afinal, me agradava imenso ficar aqui sentada a olhar para toda essa paisagem.

Um vento gelado passa pelo meu corpo e eu me arrepio por completo, é melhor eu voltar para casa, pois está começando a esfriar e meu fino casaco de moletom não ira me aquecer tanto quanto eu vou precisar. Me levanto dalí e pego em minha bolsa, começo a caminhar novamente floresta à dentro, tentando achar o caminho de volta para casa.

Enquanto caminho, observo a floresta com mais calma, é tudo tão bonito, tão delicado, nem parece que é um lugar repleto de vampiros, lobisomens e mais sei lá o que. Essa floresta era como se fosse o lugar onde a beleza, a morte, e o perigo andassem lado à lado, como se o bem e o mal,fossem vizinhos de porta.

Esse lugar realmente me fascina, essas flores aos pés de árvores enormes que só existem aqui, ou esses arbustos com espinhos letais que podem machucar qualquer um, ou até mesmo os penhascos, e cachoeiras ainda intocados pelo homem.

Todo esse fascínio me deixa sem noção do tempo, e sem noção de que lado estou a andar. Quando dou por mim estou prestes a bater de frente com um enorme galpão, e isso me faz perceber que estou perdida pois não havia passado por aqui antes. Logo minha curiosidade é despertada, fico olhando aquele galpão, que parecia abandonado, e logo o desejo de o explorar me toma e eu não consigo resistir.

Abro a porta com cuidado, que faz um barulho muito incômodo enquanto é aberta. Quando a porta é aberta, o cheiro daquele lugar invade as minhas narinas, isso cheirava horrivel, era um cheiro de mofo, misturado com cheiro de que algo havia morrido aqui dentro.

Não conseguia enxergar direito, pois ja estava anoitecendo e esse galpão era muito escuro, então pego meu celular e acendo a pequena lanterna que o mesmo possuía, e tomo um susto quando a luz ilumina o lugar, não era apenas um galpão abandonado, mas sim uma espécie de prisão ou clinica maluca abandonada.

Começo a olhar aquilo tudo e analiso com cautela, a roda daquele lugar havia celas de diferentes tamanhos, algumas com arranhões em suas paredes, outras com suas grades arrancadas mas também havia celas que pareciam intocadas. Havia uma espécie de mesa de ferro no centro, com alguns cintos estourados, presumo eu que serviriam para prender o que quer que fosse que havia passado por aqui. Olho para o teto e reparo que o teto era alguma espécie de teto solar enorme, que podia servir para iluminar o lugar ou algo do gênero.

Esse lugar estava me dando arrepios, mas mesmo assim, não desisto de o explorar, acho que minha curiosidade fala mais alto do que meu medo. Olho em volta e vejo uma porta ao fundo do galpão, a encaro por alguns momentos e mais uma vez a curiosidade fala mais alto, me fazendo entrar pela porta. Desse outro lado, Havia uma pequena sala, como se fosse um escritório ou algo assim, porém ele estava todo revirado, com móveis e inúmeros livros fora do lugar. O cheiro nessa sala parecia ser pior do que o cheiro no galpão inteiro, e isso estava me incomodando imenso, mas mesmo assim continuo a olhar essa sala.

Enquanto observava esses livros, um me chama bastante atenção, seu titulo era "Demons", e falava de tudo que se pode imaginar, vampiros, lobisomens, criaturas que os humanos desconhecem, coisas inimagináveis haviam nesse livro. Decido o guardar em minha mochila, e o levar comigo, pois queria o ler, e quem sabe, aprender um pouco mais sobre.

Em meio a tanta bagunça, havia apenas uma prateleira que parecia intocada, era a única parte que não estava bagunçada ou revirada. Nessa prateleira havia alguns tipos de documentos, que eu não fazia ideia do que poderia ser. Tiro uma das pastas de documentos e na parte da frente havia escrito "Experiências e diversos", "o que isso queria dizer?" penso. Pego nessa pasta e a coloco dentro da minha mochila, junto com o livro que havia achado mais cedo.

Outra coisa que me chama atenção nesse pequeno escritório, é que havia uma pequena janela ao topo da parede, porém ela estava quebrada e com marcas que alguém à tivesse arrombado, quem quer que seja que tivesse passado por alí, estava com pressa. Saio daquele pequeno escritório, voltando à enorme sala em que havia as celas. Olho para aquelas celas e lembro da cela em que Harry havia ficado preso, essas celas eram muito maiores, e pareciam mais resistentes do que a de harry, então o que quer que seja que tenha as destruído, era muito poderoso.

De repente sinto uma tontura tomar conta do meu corpo, e minhas pernas tremem, não havia comido nada de manhã, e por isso estava nesse estado, talvez se eu saísse desse lugar, conseguisse chegar em casa. Ainda com tontura, caminho com dificuldade para fora desse lugar, olho em volta e parece que as árvores estão a rodar, e eu tenho que me apoiar a entrada do galpão. Espero alguns segundos, e parece que a tontura passa, e eu aproveito para começar a caminhar e tentar chegar em casa.

Enquanto caminho, vejo uma figura ao longe, foco meu olhar nela, e mesmo ela estando de costas, consigo a reconhecer: Niall. Pisco os meus olhos algumas vezes pensando que era alguma alucinação ou algo do tipo, mas a imagem de Niall não some. Grito pelo seu nome e ele apenas olha de relance para mim e depois foge como se eu fosse algo de perigoso. A única coisa que eu conseguía pensar era em correr atrás do suposto Niall e assim faço, saindo em disparada dalí. Porque ele estava fazendo isso comigo? Porque ele esta fugindo de mim? Porque ele não vem me ver mais? Será que ele arrumou outra?

Em meio a tantas perguntas, sinto minha cabeça a doer e junto com a dor, a tontura também volta me fazendo parar e me apoiar em uma árvore. Minha cabeça estava pior do que à alguns momentos atrás naquele galpão, clínica, laboratório, ou o que quer que seja aquilo. Minhas forças parecem sumirem aos poucos e sou obrigada a sentar ao pé de uma arvore e me encostar nela para não cair. Coloco minha pequena mala em meu colo e encosto minha cabeça na árvore na esperança que a tontura e a dor passasse mais nada, ja havia sentido isso algumas vezes e sempre acabo desmaiando, e esse era meu maior medo, e se eu desmaiasse aqui nesse lugar? Quem iria me encontrar aqui? Sinto minha visão começar a perder a nitidez, e antes que eu apague consigo enxergar a silhueta de Niall à minha frente.

-- Niall... -- Sussurro antes de apagar.

...

Beatrice

Beatrice

Beatrice acorda

"Quem está a me chamar?" penso. Com uma enorme dificuldade abro  meus olhos e vejo Julia e Alexia me encarando. Olho em volta e vejo que estava no meu quarto, como eu vim parar aqui?

- Beatrice, o que aconteceu? - Pergunta Julia.

- Hm? Como assim? - Murmuro.

- Você havia sumido hoje de manhã depois das aulas e agora aparece aqui, dormindo. - Diz Julia.

- Você está ... Pálida - Diz Alexia com um certo nojo em sua voz, se eu não estivesse desse jeito, juro que havia descido minha mão na cara dela.

- Vou buscar algo para você comer - Fala Julia e logo se levanta e sai do quarto.

Observo Alexia, e ela parece esperar que a Julia saia e tome distância do meu quarto para que ela comece a falar.

- Quem era ele? - Alexia pergunta e eu fico sem entender.

- Ele quem?

- O vampiro que te deixou aqui - Porra, ela viu Niall.

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Vish, alguém vai ter problemas...

Xxx SraHazza

Demons - Niall HoranOnde histórias criam vida. Descubra agora