Capítulo 10

68 5 5
                                    

Acha que sou de aço, firme como nova

Nunca sinto nada, nunca falho em nada

Mas você está errado, muito errado

Eu sinto o peso do seu ódio

Christina Aguilera - Best of me

Catherine P.O.V:

Eu decidi não ligar aos olhares da Barbie. Se ela gosta de ser assim, que seja.

Fiquei interessada a ouvir a conversa dos adultos. Estavam a falar sobre o trabalho. A minha mãe disse que vai trabalhar num restaurante à frente da praia. Talvez já tenha passado por ele. Ela disse que vai haver dias em que trabalha só de tarde e outros dias, só de manhã, pois é por turnos. Já o meu pai vai passar a maior parte do dia no escritório.

"Ah, já me ia esquecer. Cath, eu falei ao meu patrão sobre ti e, se quiseres, algumas vezes, poderias ir comigo trabalhar ao restaurante  e assim ganhavas algum dinheiro." disse a minha mãe. Eu fiquei surpresa com a proposta.

"Mas o teu patrão não se importaria que eu trabalhasse só algumas vezes?" perguntei. Se eu pudesse fazer algum dinheiro agora, seria ótimo.

"É claro que não vais trabalhar à toa, vais ter um horário, mas vais trabalhar menos que eu. É mais ou menos um part-time (n sei se é assim k se escreve kkk).

Nem pensei duas vezes, aceitei logo. E, claro, agradeci. Irei começar a trabalhar amanhã à tarde pelas 19h. Estava ansiosa!

Depois do jantar, o Austin e a "Barbie" saíram e nós fomo-nos deitar. E claro, eu dormi na sala. Tive um pouco de dificuldade em adormecer, porque estava sempre a perguntar-me como seria trabalhar num restaurante. Como por exemplo: Como será o vestuário? A quem é que eu irei servir?

Desde pequena que eu sempre quis trabalhar para ter a minha própria independencia. Não gosto de depender dos outros. 

Após uns minutos, adormeci.

Acordei a meio da noite ao sentir algo na minha cara. Sentei-me assustada e levei a mão à cara. Isto era... chatillim? Ouvi alguém a rir.

Levantei-me e pude ver de quem era o riso. Do Austin. Ele acabou de me pregar uma partida? Ele começou a rir ainda mais ao ver que estava à sua frente.

Chega! Eu fui à cozinha, tirei o chantillim da cara, peguei num balde e enchi-o de água. Ele veio para a cozinha e começou a gozar comigo. Depois de encher o balde completamente, não pensei duas vezes e atirei-lha à cara.

Este, por sua vez, ficou incrédulo pelo o que aconteceu. A sua cara tinha mudado para séria. Desviou o olhar para mim e olhou-me com um olhar de raiva.

"Tu não acabaste de fazer isto." disse. O quê? Isso foi mau? Nem por isso.

"Oh, sim, acabei. Achas que és o único que se pode divertir? Estás muito enganado." eu disse com um sorriso de lado. Ele continuava a olhar-me. "Agora vou dormir e é melhor que não te metas comigo, se nã-"

"Se não, o quê?" interrompeu-me, ainda muito sério, aproximando-se.

"Irás-te arrepender. Muito." respondi-lhe, sem me deixar ir a baixo.

Assustei-me, quando, de repente, ele pegou nos meus pulsos e empurrou-me contra a parede com força. Gemi de dor, mas parece não se ter importado. Oh, não. Ele estava perto de mim. Perto demais. Ele continuava a olhar-me da mesma forma. Não posso perder poder. Olhei-o da mesma forma.

"Nunca te disseram para não brincares com o fogo?" ok, agora fiquei confusa e acho que ele percebeu, pois riu.

"Tu és mesmo ingénua, não és? Apenas não te metas no meu caminho. Se o fizeres, arrependerás-te para o resto da tua vida. Acredita, tu não me conheces, eu sou capaz de fazer coisas que tu nem imaginas." disse com uma voz firme. Continuei com a postura anterior, mesmo que por dentro não me sinta tão segura. Ele acabou de dizer que é o fogo? E de me ameaçar?

Love...?Onde histórias criam vida. Descubra agora