Capítulo 20

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Todos os sentimentos que eu sinto

Mas ainda não senti a sua falta

Somente quando eu paro para pensar sobre isso...

Eu odeio tudo em você!

Three Days Grace - I hate everything about you

Catherine P.O.V:

"Deves pensar que as poças servem para tomar banho." gozou o Austin, depois de ter baixado o vidro. Eu apenas revirei os olhos e levantei-me, ignorando-o "Vim buscar-te. Entra." ouvi o rapaz de olhos verdes dizer. Eu continuei a andar como se nada fosse, fingindo que não o conheço. A chuva continuava forte e tinha a certeza de que iria ficar doente, mas o meu orgulho é maior.

Ouvi o carro a dar a volta e e vi as luzes dos faróis do carro na minha direção. Esperava que ele decidisse ir embora, mas não o fez. Em vez disso, assim que virou o carro, dirigiu devagar, ao meu lado. 

"Parece que queres ficar doente." comentou. Comecei a andar mais depressa, na esperança de que ele desistisse "Ah, então, estás a dar-me o silêncio? Quem te ensinou isso? A tua mãe?" perguntou. Não interessa quem me ensinou, eu não vou falar contigo de jeito nenhum, respondi-lhe mentalmente. 

Caminhei o mais rápido que conseguia e ele continuou a seguir-me! Passado alguns segundos, acho que se fartou, pois disse:

"Está bem. Catherine, entra no carro." mandou. Ele acabou de me dar uma ordem? Parei assim que ouvi e olhei-o. Cruzámos o olhar, mas eu desviei-o, continuando a caminhar à velocidade máxima "Eu disse para entrares no carro." disse agora mais rude. Tu merece-lo. 

Depois de ouvi-lo dizer umas asneiras, parou o carro. O que é que ele vai fazer? Ouvi a porta do carro a abrir e depois a fechar e uns passos a aproximarem-se de mim. Assim que eu me preparava para começar a correr, senti uma mão a agarrar no meu braço fazendo o meu corpo dar meia volta, parando à sua frente. 

"Entra no carro, Catherine." ordenou, fazendo contato visual comigo. Eu olhei-o sem nenhuma expressão e depois tentei soltar-me do seu aperto, mas sem sucesso.

"Larga-me." ordenei, entre dentes.

"Deixa-te de piadas e entra na porra do carro. Estou a ficar encharcado." 

"Problema teu. Eu não vou a lado nenhum contigo." disse e tentei soltar a sua mão do meu pulso, mais uma vez.

 "Então tu queres ir na maneira mais difícil? Está bem." assim que acabou de dizer isso, pegou em mim, indo na direção do carro.

"Larga-me! Põe-me no chão já! Socorro! Estou a ser sequestrada!" gritei, em quando me tentada soltar dos seus braços. Mas era inútil. Ele era mais alto e mais forte que eu. Ele colocou-me no banco passageiro à força e e fechou a porta, mas não antes de a trancar para ter a certeza que não saía. Sentou-se no lugar do condutor e começou a dirigir em direção a casa.

"És teimosa como o caraças." disse, assim que paramos num semáforo. 

Eu encolhi-me no banco, sem dizer nada. Estava cheia de frio, parecia que ia morrer... Falta pouco, Catherine. Daqui a nada vais ficar quente. O Austin deve ter reparado que estava com frio, pois não demorou muito para por o carro todo quente. Eu olhei para a janela o percurso todo e, algumas vezes, espirrava ou tossia. Assim que chegámos, eu saí do carro sem dizer nada e entrei em casa.

Assim que eu abri a porta, a minha mãe veio na minha direção.

"Oh Meu Deus, Catherine, chegaste. Estávamos tão preocupados! Olha para ti, estás toda encharcada!" disse, colocando as suas mãos na minha face e nas minhas mãos "Estás congelada! Vais ficar doente."

Michelle aproximou-se de mim e disse que me ia preparar um banho quente. O Austin entrou em casa e os meus pais reclamaram do porquê ele também estar molhado.

"Bem, a vossa filha é muito teimosa e queria ir para casa a pé. Eu mesmo tive de a meter no carro, sem não, estaria pior do que está agora." disse aos meus pais.

"Catherine!" reclamou o meu pai "Obrigada, Austin. Devo-te uma." disse o meu pai, dando um abraço ao Austin.

"Não precisa, senhor Chris." este sorrio.

"Austin!" exclamou Michelle, assim que voltou do andar de cima e viu que o seu filho voltou "Catherine, podes ir, o banho já está pronto." sorriu e eu tentei retribuir.

"Obrigada." sussurei e espirrei em seguida. Subi para o andar de cima e assim que entrei na banheira, senti-me aliviada. Esperei por este momento o dia inteiro... 

(...) 

Decidi sair, finalmente, quando a água começou a esfriar. Vesti um moletom, umas leggings grossas e as minhas meias também grossas. Sim, estávamos no verão, mas eu sentia-me mais fria do que inverno. Sequei o meu cabelo e depois fui para o andar de baixo. Acho que me estou a habituar a ter o cabelo roxo. 

Ao chegar ao andar de baixo, vi que o meu irmão estava a jogar video-game com o meu pai. Sorri ao vê-los juntos. Agora que o meu pai trabalha a maior do dia, quase nunca o vemos e é bom ver que eles estão a partilhar um momento de pai e filho.

Caminhei até à cozinha, onde Michelle e a minha mãe falavam, mas calaram-se assim que eu entrei.

"Passasse alguma coisa?" perguntei.

"Não, nada." responderam depressa. Achei estranho, mas fingi que não tinha acontecido nada. A minha mãe perguntou se queria uma canja e eu aceitei. O Austin apareceu pouco tempo depois e sentou-se à minha frente. Ele estava vestido com uma camisa de malha e umas calças largas desportivas. 

A minha mãe perguntou se ele queria canja e ele aceitou, mesmo não sabendo o que é. Parece ter gost- mas porque é que eu me importo? Que se lixe o que ele acha da canja ou o que está a vestir! 

Abanei a cabeça como, se ao fazer isso, os pensamentos desaparecessem. Levantei-me assim que acabei a minha sopa e pus o prato na pia. As nossas mães continuavam a falar animadamente e de repente, lembrei-me que me tinha esquecido de contar-lhes algo.

"Eu arranjei trabalho." informei e elas sorriram de orelha a orelha ao ouvirem a notícia.

"A sério?" perguntou a Michelle admirada.

"Sim, vou começar amanhã."

"De certeza que não preferes ficar em casa depois do que aconteceu hoje?" perguntou a minha mãe. Ela está a gozar, certo?

"O quê? Mãe, eu não posso faltar assim quando me apetecer." ao ouvir, sorriu-me.

"Assim é que é." disse, orgulhosa "Onde é que arranjaste trabalho?"

O Austin entrou na cozinha e colocou o prato na pia sem dizer nada.

"No Starbucks Coffee." 

Assim que ouviu a minha resposta, sorriu e olhou para mim.

"Que coincidência, um amigo meu também trabalha lá." disse. 

PAMPAMPAMMMM!!!!

Parei na melhor parte muahahaha!! :)

Agora falando a sério, tenho reparado que têm parado de ler a fic...

:(


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