Eu fico na rua até tarde
Não tenho nada na cabeça
Isso é o que as pessoas dizem
Isso é o que as pessoas dizem
Taylor Swift - Shake it off
Catherine P.O.V:
Assim que saí de casa, a brisa do vento embateu na minha cara, fazendo-me encolher. O tempo estava aparentemente mau e podia chover a qualquer momento. Pensei levar um guara-chuva comigo, mas não devo demorar muito.
Coloquei as mãos no meu casaco e comecei a caminhar em direção aos cafés. Se não encontrar nenhum trabalho por lá, tenho te tentar nas lojas. Espero que as pessoas parem de me julgar. Quer dizer, qual é o problema de ser diferente? Se eu quiser até pinto o corpo todo de amarelo florescente que ninguém tinha o direito de me julgar. Se calhar, este 'acidente' com o cabelo tenha me feito bem. Aprendi que não preciso de agradar a ninguém, apenas a mim própria.
(...)
Já tinha passado meia hora e ainda não tinha arranjado trabalho. A pior parte é que tinha começado a pingar e o céu trovejava. Tinha a certeza que uma tempestade vinha aí. Pensei em ir para casa, mas nesse momento avistei um papel colado na porta de vidro de um café. Subi o meu olhar para o placar que tinha o nome do café. Starbucks Coffee... Já tinha ouvido falar do Starbucks, mas nunca provei nada desse sítio.
Aproximei-me e li o panfleto que a pouco tinha avistado:
PRECISA-SE
Empregado/a
Um sorriso cresceu no meu rosto e decidi tentar a minha sorte. Entrei e logo fiquei encantada com a decoração. Uma senhora que aparentava ter uns 50 anos estava a limpar e a colocar as cadeiras em cima as mesas, o que me deu a entender que este sítio vai fechar. Assim que eu entrei, o sino tocou, o que fez com que a sua atenção se virasse para mim.
"Oi" disse baixinho.
"Oi. Lamento, filha, mas estamos a fechar." disse com a sua voz rouca.
"Eu sei. Vim aqui, porque vi que precisam de empregada." apontei para a folha que estava na porta "Já agora, sou a Catherine Jones." sorri e estendi a mão em direção à senhora. Ela não demorou muito para apertar a minha mão e retribuir o sorriso.
"O meu nome é Luísa."
"Prazer em conhecê-la." Assim que acabei de falar lembrei-me do que o Harry me tinha dito em relação a esta frase. É melhor eu esquecer isso antes que me torne numa perversa como eles.
"O prazer é todo meu, querida. Estás a dizer que queres trabalhar aqui?" Eu assenti e ela fez-me umas perguntas sobre a minha experiência e depois disse que gostava muito de me ter como empregada. Fiquei feliz por finalmente alguém não olhar para o meu cabelo e, sim, pelo o que eu sou. Assim que me lembrei do meu problema, decidi perguntar.
"O meu cabelo não será um problema?"
"Claro que não, filha! Quem não goste que mude. Se tu gostas é o que importa. Quando eu era nova, eu pintava todos os meses o cabelo de uma cor diferente!" Fiquei surpreendida por ouvir a sua confessão.
"A sério?" Definitivamente já gosto desta mulher.
"Sim, e achas que os meus pais gostaram? Claro que não! Mas eu gostei e nem estava para aí do que os outros achavam." depois de ter falado, fez sinal para eu me aproximar e eu assim fiz "E o outro empregado que trabalha aqui, que é um pão, é gay." Outro empregado?!
"Há outro empregado?" perguntei, afastando-me.
"Sim, ele trabalha aqui já a alguns meses. É um bom rapaz." disse, focada num ponto como se lembrasse de tudo o que esse rapaz já fez "Mas por favor não lhe digas que te contei. Ninguém sabe e ele já foi mal tratado pelo o que é quando era mais novo."
Uma pena cresceu em mim ao pensar num rapaz inofensivo a ser mal-tratado, só porque não é igual aos outros. Porque tem gostos diferentes. Como é que o mundo se tornou tão cruel? É uma injustiça.
"Bem, é melhor ires andando, querida. O tempo não está do melhor e vou ter que fechar o café." eu assenti e ela abraçou-me "Vemo-nos amanhã, sim? E, também, vais conhecer o pão do rapaz." ri-me ao ouvir a sua expressão. Despedi-me e caminhei em direção a casa.
Pouco tempo depois fui impedida de continuar o meu percurso, pois uma chuva forte, acompanhada de trovões decidiu aparecer. Corri para baixo do café mais perto de mim e fiquei a ver a chuva. Como é que eu vou para casa agora? Ah, já sei! Vou ligar aos meus pai- eles tiraram-me o telémovel. Fogo! Estou lixada. Pelo tempo, parece que o tempo não vai abrandar assim tão cedo e vou ficar doente se for a pé para casa...
(...)
Acho que já passou meia hora desde que estou aqui e a chuva ainda não abrandou. E, para além de estar aqui 'presa' também estou faminta. Eu poderia comer por aqui, mas eu tive a genial ideia de deixar a minha carteira em casa.
Olhei mais uma vez para o céu e para a chuva. Talvez ir a pé para casa não seja assim tão mau... Levantei-me do degrau e respirei fundo antes de me meter debaixo da chuva. Fiquei uns segundos e de imediato, voltei para debaixo do café. Estava muito frio. Eu não posso sair daqui, vou congelar com a chuva. Amaldiçoei-me por ser uma pessoa friorenta.
Mas tu queres ficar aqui o dia inteiro? Caso não saibas, ninguém te vai buscar. A minha consciência falou. E tem razão... Eu vou ter que ir a pé. Não tenho outra escolha. Esfreguei os braços fechei os olhos a imaginar que assim que eu chegar a casa vou tomar um banho quentinho e vestir o meu pijama quentinho. Assim que abri os olhos, pus-me debaixo da chuva.
Caminhei no passo mais apressado que podia. Tentei tapar a minha cabeça com a minha bolsa, mas era inútil, a chuva estava demasiado forte. As minhas roupas estavam encharcadas e sentia o meu corpo a congelar. No que é que eu me fui meter? Comecei a correr. Eu apenas quero chegar a casa o mais rápido possível... choraminguei.
Devia ter pensado que correr não era uma boa ideia, pois escorreguei e caí diretamente numa poça.
"Au..." encolhi-me de dor pelo impacto do meu rabo e o chão. Nesse mesmo instante os faróis de um carro iluminaram a estrada perto de mim, parando depois ao meu lado. Reconheci logo o carro. O que ele faz aqui?
Oláááá!!!!
Como estão?
A aulas estão quase a chegar, não é? Pois, eu também não estou muito animada com isso...
E pelo o que eu acho, não vou puder publicar todos os sábados um capítulo novo. Vocês sabem como é, com os estudos e tudo mais. Mas ainda não tenho certezas em relação a isso.
Mas prometo não vos desiludir ;)
E já agora, quem é que acham que foi buscar a Catherine do seu pesadelo (ahahah)?
Beijos e desejo-vos um novo um bom novo ano escolar <3
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Love...?
FanfictionA vida de Catherine muda quando, aos 16 anos, teve que mudar de país. Mais exato, de continente. Mas será que ela se vai adaptar facilmente à nova vida? Especialmente agora, que tem dividir a casa com Austin Mahone, um rapaz arrogante, egoísta e, a...