2° capítulo.

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"Aparentemente o mundo não é uma fábrica de desejos"
( A culpa é das estrelas)

No meu caso a culpa não foi das estrelas...
A polcas horas eu curtia ao show da banda que Mari minha melhor amiga ama os twee Stones em uma cidade vizinha da onde eu moro São Paulo.
Apesar da cidade onde era o show não ser tão longe eu liguei prós meus pais e insisti para que eles viesse me buscar,porque eu não estava a fim de ir com o Will, ele não tava tão sóbrio quando começou a vomitar sem parar.

Agora aqui no hospital a espera de notícias de meus pais eu penso que teria sido melhor eu arriscar indo com Will, mas não eu sempre so tao idiota e só faço merda.
Minha tia meu único parente vivo está do meu lado a horas tentando me passar forças, faço o máximo possível para que ela pense que tá dando certo.
Hora ela me Abraça, Hora ela levanta e pedi notícias, Hora ela abaixa a cabeça e chora por sua irmã minha mãe.
Ainda bem que Karina está dormindo na casa de uma coleguinha e não está passando por essa agonia.
Minha mente viaja em como isso pode ter acontecido e quem teria sido o doido que bateu no carro da minha mãe.
Segundo os policiais foi anônimo a ligação para avisar do acidente e a perícia disse que baterão neles.
O responsável fugiu, o responsável ligou para a polícia e fugiu.
Como...Como...ele não penso que aquele casal tinha uma família e que a filha ficou a horas esperando por eles na casa noturna, Até receber a ligação de Ana sua tia falando do ocorrido.
Não...claro que isso não passo...até porque ele só pensava em se livrar da culpa e não ser indiciado pra cadeia.

-Vocês são os responsáveis pelo casal Almeida?-Um médico se aproximou mas ainda mantendo uma certa distância.

-Sim, Sim eu sou a irmã dela doutor- Ana correu até onde se encontrava o doutor, me levantei aos poucos ficando apenas a alguns centímetros longe dos dois, A uma distância segura dos dois e de todo mundo- Como eles estão?

-Olha eu sinto muito mas...-Tampei meus ouvidos, eu sabia o que aquelas palavras significa eu só não queria acabar de ouvilas, Senti mais lágrimas escorrerem por meus olhos e todo meu alto controle se foi me ajoelhei no chão e continuei com a mão no ouvido o único som que agora eu me permitia escutar, era do meu choro.

Senti as mãos geladas de Ana sobre meu braço tentando me levantar, mas minhas pernas se negava, me virei pra ela que também chorava dei um abraço nela, Não liguei estar em um hospital, Só me permiti chorar...chorar sem parar.
O médico acabou dando um calmante pra mim e pediu que eu descansasse, mas minha mente trabalhava o contrário.
E agora eu e Karina vamos pra onde? Sem pai, nem mãe, nesse mundo grande.

(...)

-Eu tô junto com você Arry- Senti a mão de minha tia sobre minha cabeça, eu estava deitada na maca do hospital fingindo estar dormindo para tranquiliza-lá -Vou cuidar de você e da kah...eu não posso substituir minha irmã e meu cunhado, mas vou dar todo o amor possível.

Continuei fingindo que estava dormindo até escutar a porta se fechar atrás de mim e o som de seu salto se afastando aos poucos.
Abri os olhos e me certifiquei que não avia mais ninguém no quarto.

Arry não foi sua culpa, todos morrem, todos algum dia morre.
Seus pais te amava e tenho certeza que não ia gostar de te ver assim!

Minha mente fazia o máximo de esforço para me acalmar, eu tinha um pingo de esperança dela estar certa, mas vem sempre uma pergunta em minha cabeça que não quer se calar.
E se eu não tivesse insistido, Como seria?
Batuquei essas perguntas a horas na minha cabeça, hora vinha resposta boa, hora vinha ruim.
Olhei no grande relógio do quarto e vi os grandes ponteiros marcarem 4:39 da manhã.
Eu não avia pregado os olhos por um segundo, com tudo pra absorver minha mente não pensou em descansar.

Meu namorado é uma celebridade !Onde histórias criam vida. Descubra agora