capítulo 50

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_Jasmine_

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_Jasmine_

_Acho que o João tá me traindo._ Escutei o murmúrio baixo vindo da Alice.

A gente tava na casa da Débora se arrumando pra uma resenha que ia rolar aqui no morro.

Como a casa dela era a mais perto do lugar, colamos tudo pra cá.

A única que não veio foi a Agatha. Sabe aquele clima entre elas? Parece que se estendeu, e agora tão se evitando.

_Mas isso tem mó tempão, amiga, cê que não queria ver._ O Jonatan quebrou o silêncio, falando exatamente o que eu também queria, só não sabia como.

_Ele falou que ia mudar... Ninguém se relaciona pensando em terminar na primeira tempestade._ A Alice rebateu, e o Jonatan só respondeu com uma revirada de olhos.

_Amiga, traição já passou de tempestade, tá mais pra tsunami._ Falei, terminando meu delineado.

_Ah, sim. Deixa eu ver se eu entendi, irmã._ Jonatan cruzou os braços e se aproximou mais dela.

_O digníssimo te mete chifre, é um escroto, não te apoia em nada, é feio, fudido, e tu considera só uma tempestade?!_ Terminou, jogando uma pergunta retórica.

_Você falando assim fica feio._ Ela fez bico.

_Amiga, mas isso já tava feio antes mesmo do Jonatan abrir a boca. Tu é linda e tá se acabando por um mala desses._ A Débora resolveu falar pela primeira vez no assunto.

_Deixa eu mudar o foco do casal agora. Hoje a Jasmine vai tirar o atraso, cês tão ligadas, né?_ O Jonatan falou, batendo as palmas de pirua dele.

_Deixa de palhaçada, nem vem pro meu lado._ Dei um tapa no braço dele.

_Vai tirar o atraso, irmã. Espero que amanhã tu chegue a mais feliz das felizes, viu?_ A Débora entrou na onda.

_Tô pronta._ Mudei o rumo da conversa pra não ter que dar na cara deles.

_Vamo, que hoje eu quero me acabar de beber._ Ouvi o Jonatan falar.

Saímos da casa da Débora por volta das 23h40.

O bar ficava bem no pé do morro, então chegamos rapidinho.

O lugar já tava lotado. Aqui no morro o pessoal ama um pagode, e sábado então? Aproveitam que domingo não trabalham e enchem a cara.

Hoje eu não ia beber. Enquanto meus amigos pediram um balde de cerveja, eu fiquei na minha Coca. Evito álcool às vezes, sou fraca pra bebida e sempre passo umas vergonhas.

_E aí, patroinha?_

Virei pra trás e vi o Foguinho.

_Vai ficar de Platão hoje, não?_ Perguntei, aumentando um pouco a voz por causa do som alto.

Ritmo do crime (romance sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora