Capítulo 11 - Os Sullen

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Acordei e o dia estava bem nublado. Sentei na beirada da minha cama e vi a Bella sentada na cadeira da escrivaninha.

-Você fica muito sexy com essa cueca preta... –Fiquei corado de vergonha com o que ela disse.

-Eu pensei que estivesse ido embora. Acabei cochilando em seus braços...

-Não tem problema. Eu gosto de te vê dormindo. –Ela disse ao se levantar e sentar no meu colo.

Eu dei um sorriso e ela pousou a cabeça em meu ombro. Já estava ficando excitado com aquela situação, mas não podia ir muito longe. Ela ainda estava tentando me beijar direito ao invés de sugar o meu sangue.

Eu me levantei e fui ao banheiro para escovar os dentes. Quando saí, ela me deu um abraço bem forte. E percebi que ela estava com um vestido diferente.

-Você saiu, Bella?

-Sim. Mas foi rapidinho...Não podia ficar com a mesma roupa de ontem.

-Entendi...Mas me diga: eu falei algo durante a noite?

-Tirando a parte que você dizia: traga mais um prato de churrasco...Também falou que me amava!

-Hum...E o que achou?

-Bonitinho!

Nós continuamos abraçados. Ela me lembrou do café da manhã, e fomos para a cozinha. Dei um tapa na bunda dela, e ela me chamou de abusado. Nós dois sorrimos.

Ela sentou-se na mesa e eu comecei a preparar um sanduba. E apenas ficou me vendo comer, ela não queria comer nada.

-O que vamos fazer hoje, Bella? –Eu perguntei.

-Que tal conhecer a minha família?

Eu engasguei com o alface e ela ficou assustada.

-Tudo bem? –Disse ela.

-Sim.

-Não se preocupe. Eles não irão te engolir.

-Não é isso...Eles poderão não gostar de mim.

-Não fale assim.... Eles vão gostar de você. E também acho que poderia me apresentar a sua mãe.

-Ela já te conhece.

-Não como namorada.

-Mas não acho que seja necessário.

-Edward, ela precisa de alguma explicação para eu andar tanto aqui.

-Sério que vai fazer isso?

-Desde que você queira.

-Eu quero! – Os meus olhos brilharam.

Quando terminei, subi e vesti uma roupa e voltei até ela. E a abracei novamente. Fomos para fora e ela dirigiu o meu fusca. Não fazia ideia de onde ela morava, apenas que estávamos indo para o norte. Alguns minutos depois, estávamos na floresta. E a casa dela estava lá. Era branca e tinha quatro andares. Tinha um rio perto.

-O que achou, Edward?

-Muito bela.

Saímos do fusca, e ela pegou em minha mão. Eu estava muito ansioso. Ela abriu a porta para mim. Lá dentro, era grande, iluminado e extremamente fantástico. Perto do piano, estavam os pais de Bella.

-Carlito, Eva...Este é Edward Rwan.

Eu os cumprimentei com um grande sorriso. Ainda bem que eles sorriram de volta.

De repente, apareceu Aline.

-Oi, Edward. –Ela disse ao me abraçar.

Laster estava ali também, me olhava com um olhar faminto. Bella tinha me contado que ele ainda estava se recuperando da sua sede por sangue humano. Os pais da Bella, disseram que ela sabia tocar piano muito bem. Então disse para ela tocar um pouco para mim. Eu me sentei ao seu lado e ela tocou.

-Você toca bem – Eu disse a ela.

-Você me inspira, Edward!

Quando olhei para trás, os pais de Edward já tinham saído.

-Eles gostam de você. – Ela disse.

-Que bom!

Fiquei incomodado que Emerson e Rosalina não estavam lá. Mas Edward disse que logo eles viriam.

-Fiz uma canção para você, Edward!

-Toque!

Ela tentou umas três tentativas, mas tinha esquecido como começar. Eu fiquei sem graça, mas fingi que estava tudo certo.

-Não era o que esperava, né? - Ela me perguntou.

-É...Cadê os caixões? Os crânios?

-Somos um pouco modernos...

-Eu percebi.

Ela continuou com a música e depois fomos ver o resto da casa. Subimos a escada. O quarto dela era um pouco estranho. Tinha duas fotos enormes de homens pelados na parede. Não havia cama, apenas um sofá cor de rosa. Bem a cara dela eu diria! Pude perceber que ela tinha vários CDs. Ela ligou o aparelho, e primeiro colocou um sertanejo universitário. Eu disse que não sabia dançar, mas ela insistiu. De repente, pisei no pé dela. Ela nem fez careta.

-Desculpe, Bella!

-Tudo bem.

E nós continuamos a dançar. Se bem que ela dançava mais do que eu. Em seguida, ela começou a me fazer cócegas. E caímos no sofá de tanto rir. Ela foi para cima de mim.

-Queria me divertir com você... -Ela disse.

-Que tal se vermos um filme? - Eu propus.

-Mas quero que seja aqui em casa.

-Tudo bem. Não sei porque, mas senti umas segundas intenções em suas palavras.

Ela sorriu.

-Você não quer? - Ela perguntou.

-Eu quero!

E se fosse ao contrário? (Paródia de Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora