E se fosse ao contrário? (Paródia de Crepúsculo)

Capítulo 3 - Minha heroína

Acordei de manhã e estava nevando. O meu fusca estava mais branco do que amarelo. A minha mãe já tinha saído. Desta vez ela não tinha jogado videogame. Bom...Nada contra! Até que eu estava gostando de ficar em Forks. E olha que era difícil alguma coisa me agradar.

Fui para a cozinha. Peguei a frigideira e fritei um ovo. Em seguida, peguei a alface, o queijo e o presunto na geladeira. Também abri o armário para pegar o saco de pães. Perfeito! O meu sanduba estava pronto. Tomei um suco de laranja para acompanhar.

Eu estava um pouco ansioso para chegar a escola. Não era por causa das matérias, ou os novos amigos que eu tinha conseguido. Mas era a garota que de certa forma tinha roubado o meu coração. Eu não queria admitir isso, porque ela já era convencida demais para o meu gosto.

Quando saí de casa, acabei escorregando por causa do gelo. Mas me levantei como se nada estivesse acontecido. Entrei no meu fusca e lá fui eu para mais um dia de aula. Durante o caminho, eu fiz uma retrospectiva de tudo que tinha acontecido depois que cheguei em Forks. Tudo estava um tédio. Era a Mikaela atrás de mim, um monte de pessoas desconhecidas me olhando, e a Bella, uma garota que me trouxe a insônia. Isso mesmo! Posso não ter contando isso antes, mas ando tendo dificuldade para dormir desde que vi aquela garota. E olha que eu nem tinha dado um beijo nela. Agora me deu medo!

Era tão mais fácil se a gente não se apaixonasse por alguém...Sofreríamos menos! Aliás, as pessoas como eu sofrem mais. Um tímido que nunca namorou...e apaixonado agora. Mas ninguém poderia saber disso. Eu não suportaria se alguém fizesse piadinhas sobre mim.

Mesmo com o gelo, não quis dirigir devagar, pois eu queria chegar logo naquela escola. Quando cheguei, dei uma olhada nos pneus. Estavam quase carecas. Fiquei um tempo parado na traseira do meu fusca e de repente ouvi um barulho estranho. Bella estava parada a oito carros de mim, me olhando. Um caminhão de um aluno da escola, estava sem freio e rodando pelo o estacionamento. Em poucos minutos apenas fechei os olhos quando ele veio na minha direção. Era o fim... Não!

Minha cabeça bateu no asfalto. Mas alguma coisa me prendeu. Quando olhei, a Bella estava amassando a lateral do caminhão com apenas uma mão. Foi tão forte que o caminhão acabou caindo de lado. E eu estava perplexo com a cena. Ela me ajudou a levantar e depois gritou de dor. Eu me levantei e falei com ela.

-Viu só? Você fez muita força e agora está doendo. – Eu estava preocupado.

-Não é isso. É que quebrei a minha unha. Logo hoje que eu tinha passado o meu novo esmalte. – Ela ficou muito tristonha ao dizer isso.

-Sério? Não sentiu mais nada?

-Não.

-Como foi que chegou até aqui?

-Eu estava perto de você. Não se lembra que até peguei na sua bunda?

-Fala sério! Você estava muito longe de mim!

-Cara, você não está falando coisa com coisa. Eu estava do seu lado, Edward. -Ela ficou séria.

Ela saiu de perto de mim, e os curiosos chegaram. A garota do caminhão, era a Tina. O caminhão dela estava precisando de arrumar, mas ela não tinha dinheiro, e pensou que não ia dar em nada. Mas acho que agora o caminhão só prestava mesmo para o ferro velho.

Logo a ambulância chegou, mas não queria ir. A Bella veio até a mim.

-Você precisa ir.

-Eu não gosto de hospital, caramba!

-Edward, você está machucado.

-Relaxa, é só uns machucadinhos de nada...

-Por favor! Vá! –Ela estava brava.