capitulo 4

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- Ta. - depois disso, me deitei e antes mesmo de perceber, ja estava dormindo, mas então ouvi uma voz na minha mente, uma voz doce e gentil, porém um tanto intimidadora, mas não conseguia entender oque ela dizia, mas depois de alguns segundos percebi que não era na minha mente, era dentro do quarto. Quando abri os olhos permaneci imovel, quando prestei mais atenção na voz, percebi que conhecia aquela voz, então me sentei na cama, era mesmo ela, a garota de mais cedo, Elizabeth, ela ainda não tinha percebido minha presença, então continuei quieto. Vendo-a tão calma e agitada, por um momento, até me esqueci do momento em que a conheci, até que ela se virou.
-Ah... - começou ela hesitante - o garoto do "minhas... livros" - concluiu ela ao se sentar na cama do Steve.
-Oi, garota do canivete. - falei quase sorrindo ao lembrar da história das revistas.
-Ja se conhecem? - perguntou Steve olhando para nós dois
-Mais ou menos isso. - comentou Elizabeth. - Espera, então você tava aqui o tempo todo? - indagou ela com uma expressão séria.
-Não, - afirmei - me teletransportei dois minutos atrás.
-Ela me olhou tão friamente que me arrependi de ter sido sarcástico, mas ignorei isso e continuei olhando ela nos olhos do modo mais natural que conseguia.
-Então, claramente ouviu toda nossa conversa... - ela e Steve trocaram olhares - acho que teremos que te eliminar, James. - ela falou olhando novamente pra mim.
-Nesse momento senti um calafrio, sim, denovo, mas agora não era como antes, era como se eu estivesse no topo do monte Everest vestindo apenas uma calça ensopada de água. - Juro, não ouvi nada - afirmei, engolindo seco.
--Eles se olharam de novo por alguns segundos, e então olharam pra mim denovo, e então, começaram a gargalhar como dois retardados histéricos. Por um momento quase senti raiva, mas entao toda a tensão se esvaiu do meu corpo e por um momento me senti realmente bem denovo.
-Meu Deus, - falou Elizabeth tentando parar de rir - não acredito que caiu mesmo nisso, oque fez pra vir pra ca, ajudou uma velhinha atravessar a rua, mas fora da faixa de pedrestes?
-Posso ter feito isso, - tentei soar o mais frio possivel ao dizer isso - posso ter espancado a velhinha, roubado um banco, ou... assassinado meu colega de quarto e uma garota idiota com nome de velha por terem tirado minha paciência.
-Eles pararam de rir e tiveram outra troca de olhares, então me olharam fixamente, e começaram a gargalhar denovo. Minha expressão passou de "extremamente frio" para supreso.
-Espera, - murmurou ela quando eles finalmente pararam de rir.- "Garota idiota com nome de velha"?
-Eu ja te disse isso, - indaguei desviando os olhos - qual o problema garota do canivete, agora está mesmo ficando surda ou louca?
-Nos encaramos por alguns segundos, o que pra mim pareciam minutos... até que ela desviou o olhar para Steve e eu para a incrivel e chamativa porta de madeira completamente lisa e vazia.
-Steve, posso matar seu colega de quarto por favor? - ela soou como uma criança pedindo algo aos pais em uma loja de brinquedos era a voz doce a qual acordei aquela que te fazia se jogar de um prédio se ela pedisse.
-Talvez outro dia Liz,- afirmou Steve sorrindo - me olhando desse jeito, se eu não te conhecesse tão bem até deixaria mesmo.
-Você tem sorte, - murmurou ela - talvez eu consiga te matar daqui uns dias.
Tenho que ir Steve - disse ela - até mais. Tchau, garoto frio e cruel do minhas livros
-Tchau, garota surda e louca. - Com a mão ja na maçaneta da porta ela hesitou por um momento, então olhou para mim.
-Se continuar desse jeito, - comentou ela friamente - Acho que vou acabar ignorando oque o Steve disse sobre poder ou não te matar.
- Permanecemos em silêncio por um momento, até que ela abriu um sorriso, oque me fez rir tbm.
-Não faça eu me arrepender de ter te deixado vivo James. - Gritou ela ao sair, mas eu ainda conseguia ver um pouco do seu sorriso em seu rosto quando ela fechou a porta

Sombra De Uma FalhaOnde histórias criam vida. Descubra agora