Dentre a penca de estudantes tagarelas que deixavam o colégio, encontra-se Agnes, ladeada pelas amigas.
Logo que o trio convergiu a uma rua vizinha à escola, alguém berrou:
- Agnes!
Ao virarem, avistaram Cristhian.
Ele estava só e fumando.
- Vamo indo. - pronunciou Gabriela. - Tchau Ag.
- Cuide-se. - pediu Rosana.
- Tchau, gurias. - despediu-se Agnes, animada.
Ao alcançar o amado, beijou-o e largou:
- Teus amigos me disseram que tu foi embora mais cedo. Aconteceu alguma coisa?
- Nada de mais. É que eu tinha que pagar a guitarra que comprei do Vitor. E como a aula tava um saco, resolvi pagar o cara hoje mesmo. - prosseguiu, agora num tom mais meloso e com as mãos na cintura da garota: - Mas diz aí, pra qual casa quer que eu te leve? Pra tua ou pra minha...?
Após colocar a mão no queixo e adotar um gracioso ar pensativo, a menina, fazendo-se de boba, respondeu:
- Num sei... Já fui ontem... - em seguida que pôs os braços entorno do pescoço do rapaz e fitou-o com seus claros olhos verdes, junto dum sorriso convidativo, continuou: - Mas e seu eu topar, o que ganho? Hum...?
Cristhian a estreitou junto ao corpo e respondeu:
- Um filme daquele tipo que tu gosta, xis, refri, e, se quiser, minha companhia pelo resto da noite só no amorzinho gostoso...
- Se é assim... - prosseguiu ela, faceira, logo que deu-lhe uma beijoca: - Vamos nessa!
- Beleza. Mas não vai avisar os teus pais? Se não tiver créditos, pode usar os meus.
- Não precisa,amor. Eu mando no meu próprio nariz. E pra eles tanto faz se tô ou não em casa...
- Tu que sabe.
De mãos dadas, partiram.
Quando Arthur entrou na rua de casa, começou a ouvir uns miados abafados. Algo quase imperceptível que ignoraria, se uma suspeita não tivesse passado por sua mente. Então parou, fechou os olhos e prestou atenção a derredor...
Passado alguns instantes, descobriu donde os fracos miados proviam. Era do cesto de lixo de uma residência, mais especificamente, dum grande saco preto.
Imediatamente Arthur franziu a testa e encaminhou-se a ele.
Tirou o saco da lixeira e levou-o para baixo da luminária do poste mais próximo. Agora podendo enxergar melhor rasgou-o sem piedade. Revirando o lixo, encontrou três mirradinhos filhotes de gato.
- Ô gentinha... - murmura, indignado, o garoto.
Casa de Arthur - Ateliê
- Mãe, vem vê uma coisa! - exclamou o jovem, interrompendo-a em sua costura.
Intrigada, seguiu-o até o quarto dele. Imitando seu filho, parou no limiar da entrada.
- Te apresento nossos novos moradores. - comunicou ele, satisfeito, apontando para o assoalho, onde, esparsos, os gatinhos bisbilhotavam o aposento. - Báh, nem sabe onde...
De repente, o celular de Arthur tocou.
Atendendo-o, interpelou:
- Alô? E aí, Apolo! O que manda? Capaz que não. Tu já da casa! Mas o que houve? Hum... Então tá. Até. - ao mirar sua mãe, avisou: - O Apolo vem aí depois.
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Sob Olhar das Erínias
Novela JuvenilAté onde você seria capaz de chegar por vingança? Arthur, um jovem Wiccano, mal voltara a sua antiga escola na pequena Vila Elza, e logo tornou-se amigo da explosiva Agnes Carvalho. Mas ao descobrir que ela é a namorada de Cristhian, com o qual poss...