Capítulo 08

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/FLAVIA/

Depois das fotos que tiramos, eu e Carol, resolvemos passear por Lisboa.
-eu tô namorando- disse rapidamente. Estavamos sentadas em um banco na praça principal, onde várias crianças brincavam alegremente.
Olhei para ela, ela estava feliz desde que saimos do hotel. Mas eu estava tão ocupada martelando na cabeça qual seria minha relação com o Bernard, que passou despercebida.
-bem que notei esse sorriso enorme no seu rosto.
Na verdade nós duas estavamos especialmente maos felizes hoje.
-estou tão feliz Flavia, quem iria imaginar que eu, Carolina Teixeira poderia se apaixonar?
-estou muito feliz por você, amiga- a abracei e optei por não falar o que tinha acontecido no quarto do Bernard.
-acho melhor irmos, Douglas vai voltar para o Brasil hoje e eu quero me despedir.- se levantou sorridente e o meu mundo caiu.
-voltar para o Brasil- continuei sentada- o  Bernard também? Quero dizer, o time todo?
-só os brasileiros- sorriu como se fosse óbvio- aconteceu alguma coisa? Você ta branca.
-eu tô bem- respirei fundo e me levantei - como você acha que vai funcionar esse namoro?
-vamos ficar nos vendo poucas vezes, mas dei um voto de confiança. O melhor de tudo é que ele é de São Paulo, assim ele passa as férias comigo e com a famila e amigos.
-sorte a sua- suspirei e chamamos um taxi.
Fui o caminho todo em silêncio, Bernard nunca deixaria de ir para o Brasil ficar mais tempo com os amigos e familia do qie ficar aqui comigo ou ir para São Paulo.
Quando o taxi parou, pude ver Bernard e os meninos entrando no hotel com sacolas na mão.
-isso não vai dar certo- Pensei alto.
-o que amiga?- Carol pagou o taxi e descemos.
-nada- sorri- pensei alto.
Carol correu para falar com o Douglas e eu andei sozinha para o elevador, nunca fui boa com despedidas e eu não queria me despedir do Bernard logo agora, que estavamos nos dando bem.
-fugindo de mim?- Bernard me abraçou por tras e beijou meu pescoço.
-não tinha te visto - menti.
-temos que conversar.- me soltou e parou do meu lado.-podemos ir para o meu quarto?
-estou ocupada- menti mais uma vez- podemos conversar depois?
-não- entramos no elevador- juro que é rapido e não vou tomar o seu tempo.
-ja sei o que você vai falar Bernard- o olhei pela primeira vez, desde que entramos naquele elevador.- vai me dizer que vai embora hoje.
-vou?- perguntou sorrindo- só entro de férias final da semana, penalização por atrasos. Os outros estão livres.
-então vai voltar para a Ucrania?
-também não, só são mais quatro dias e Mircea acha melhor eu ficar logo aqui ou o clube teria que pagar minha passagem para voltar pra Ucrania.- as portaa do elevador se abriram e fomos para o seu quarto.
-e o que você queria falar comigo?- paramos em frente ao seu quarto. Ele respirou fundo e olhou para a porta.
-só queria passar um tempo com você- abriu a porta do quarto e entramos.- daqui a pouco Douglas vai embora e sua amiga ficará sempre por perto.
-ela tem coisas mais importantes para fazer- sorri e me deitei ao seu lado na cama.
-Flavia?- minha cabeça estava apoiada em seu peito e sua mão me fazia um maravilhoso cafuné na cabeça.
-hum- respondi de olhos fechados. Se ele continuasse assim, na certa eu iria dormir.
-o que somos a final?- parou de mexer em meu cabelo e eu o olhei.
-não sei- fechei os olhos. Essa é a pergunta que não saia da minha cabeça.- estava me perguntando a mesma coisa.
-namorados?- perguntou com medo da resposta.
-não- me sentei- é apenas uma amizade colorida. Um lance.
-e se eu te pedisse em namoro agora?
-bem- o olhei e me deitei novamente -provavelmente eu não iria aceitar. Sabe, acabei de sair de um relacionamento de três anos. Pode não parecer, mas estou sofrendo com tudo isso e...
Ele se deitou por cima de mim rapidamente me calou colando nossas bocas.
-eu posso te fazer esquece-lo.- sorri e voltou a me beijar.
Sua mão percorria todo meu corpo até encontrar a barra da camiseta. Suas mãos entraram por debaixo e ficaram na minha barriga. Aos poucos ele foi voltando para a barra e a tirou de mim, fiz o mesmo com a camisa dele.
Sua boca agora percorria uma linha em meu pescoço, com beijos quentes e molhados. Sua mão foi para o cós da minha calça e ele a tirou com facilidade, me deixando apenas com roupas intimas.
seus beijos foram fazendo um trilha até meus seios e ele tirou o sutiã, deixando o acesso livre para seus labios.
Puxei seu rosto novamente para o meu e comecei a desabotoar seu jeans.
Quando ja despidos, Bernard me penetrou devagar. Sua boca alternava de um seio para o outro, minha mão uma hora estava puxando seus cabelos, outra hora unhava seus braços e costa.
Quando chegamos ao nosso prazer, Bernard se deitou ao meu lado e eu apoiei minha cabeça novamente em seu peito, agora nu.
-acho que temos um maravilhoso lance.- disse ainda ofegante e sua mão pousou em minha cabeça.
-pode ser- sorri, mesmo sabendo que ele não veria e fechei os olhos. Estava cansada.
-dorme Flavia- afagou meus cabelos- daqui a pouco iremos nos despedir dos outros.
Sorri mais uma fez e cai no sono.
Quando acordei Bernard falava ao telefone, parecia muito feliz. Devia estar falando com a familia.
-preciso desligar- disse me olhando- tchau mãe.
Ele desligou o celular e voltou pra cama.
-não precisava ter desligado- me sentei na cama e cocei o olho.- acho que preciso de um banho.
-Flavia- seu semblante se tornou sério.- estou preocupado.
-com o que?- enrolei o lençol em meu corpo e me levantei- é alguma coisa com sua família?
-não- colocou meu cabelo atras da orelha- não usamos proteção.
-é isso?- tentei segurar o riso, mas foi quase impossivel.- eu tomo anticoncepcional injetado Bernard.
-ah- se sentou aliviado. Ele realmente não queria que isso acontecesse.- pensei que você fosse me matar.
-relaxa- beijei sua cabeça- vou tomar um banho.

A salvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora