A salvação

Capítulo 10

/BERNARD/

Quando cheguei no Brasil meus amigos ja me esperavam no aeroporto, que estava lotada de fãs. Falei com algumas e fui para casa, estava louco para falar com minha mãe e meu pai.
-e a Flavia? Pensei que fosse conhecer ela.- Lucas disse quando parou o carro na minha casa.
-ela ainda não está de férias- disse me lembrando de falar com ela. Mas antes falaria com meus pais.
-filho- minha mãe me abraçou assim que entrei em casa- estava com muita saudade. Onde está minha nora?
-Flavia não é sua nora- revirei os olhos e uma mensagem dela chegou no meu celular- ainda não.
Falei com meu pai e ficamos conversando por um tempo.
-vou me deitar- me levanto olhando a mensagem da Flavia me desejando boas férias e vou para o meu quarto.
Ligação on*
-Desculpa não ter respondido a mensagem- disse depois que ela atendeu no terceiro toque.
-tem que parar de pedir desculpas- disse calma.
-quando vem por aqui?
-ja conversamos sobre isso Bernard.- suspirou- só queria saber se tinha chegado bem.
-foi tudo tranquilo.- falei me deitando na cama e vendo uma mensagem que tinha chegado em meu celular: festa!.
-era só isso, va se divertir.
Ela desligou o celular e eu corri para tomar uma banho, estava precisando de uma festa mesmo.
Quando estava saindo, me despedi da minha mãe fui para o chalé.
-vamos pegar todas cara- Dudu bateu no meu ombro e entramos. E sim, estava lotado. Fomos para o camarote e a festa começou.
Eu poderia falar que passei a noite toda pensando na Flavia, mas sou homem e não estou comprometido. Com todas essas mulheres dando mole, não tem como ficar esperando Flavia se decidir, se vinha ou não.
Quando cheguei em casa, de madrugada, me joguei na cama e capotei. Estava cansado devido a viagem.
As semanas se passaram e minhas férias estavam acabando. Flavia dificilmente falava comigo e eu entendi que ela não queria nada e eu não ia forçar.
Depois que voltei para a Ucrânia, tudo voltou ao normal. Mircea continua o mesmo e eu se duvidar, pior.
- e essa cara?- Douglas se sentou ao meu lado no refeitório do ct.- outra advertência?
-só estou cansado das brigas do estressadinho. - revirei os olhos.
-vamos aproveitar que estamos de folga e sair?- soltou o celular- Carol chega hoje. Na verdade acho que ela ja chegou.
-pode ser- dei de ombros e me lembrei da Flavia.
-a Flavia também- disse quando eu ia perguntar sobre ela.- mas sabe, você foi canalha com ela.
-não estavamos namorando- bufei- aposto como ela pegou todos também.
-acho que ela não é do seu tipo- foi ironico e eu me levantei irritado.
Sai do refeitorio e fui para o campo.
-Bernard?- Carol foi se aproximando e me abraçou- quanto tempo.
-oi Carol- forcei um sorriso.
-você o Douglas? Falei com o tecnico de vocês e ele falou que eu podia entrar.
-refeitório- respondi no automatico e me virei para sair. Mas parei ao ver a morena se aproximando. Respirei fundo e sai, não estava preparado para ve-la. Ela me abandonou, quando disse que ficaria ao meu lado, mesmo sendo só amigos.
-Encontrei o Douglas- sua voz doce ecoou pelo corredor.- vamos.
-tchau Bernard- Carol disse sorridente e eu parei de andar. Um silêncio se instalou, mas eu podia perceber que elas ainda estavam la.
Me virei lentamente e vi uma Flavia totalmente diferente das férias, seu sorriso permanecia ali. Tão doce.
-tchau Carol- sorri e olhei para Flavia.- quanto tempo Flavia.
Me virei e sai, antes de ouvir sua voz doce mais uma vez .
Fui para casa e me joguei ao lado de Lucas, que estava jogado no sofá com o celular na mão.
-a Flavia ta aqui- deixei escapar e ele me olhou espantado.
-a de Portugal?
-é a única que conheço.
-e conversaram- se ajeitou no sofá e me olhou.
-não quero falar com ela.- revirei os olhos- ela me abandonou quando eu mais precisava e ainda teve a cara de pau de sorrir pra mim, como se nada tivesse acontecido.
-você não pode procurar por ela só quando estiver passando por uma fase ruim. Devia ter falado com ela quando estava no Brasil e feliz
-não venha colocar a culpa em mim- revirei os olhos- nós vamos sair hoje.
Algumas horas depois, quando ja estavamos prontos, fomos para a casa de festa que Douglas tinha combinado.
Flavia não esta a por perto quando cheguei, somente Carol e Douglas.
-pensei que não viria.- Douglas disse animado, bebendo o liguido escuro de seu copo.
-até parece que o Bernard é de perder uma festa- a voz doce de Flavia invadiu meu ouvido.- olá Bernard.
Ela passou por mim, deixando seu cheiro, e foi para o lado de Carol.
-oi- sorri e fui para o bar, pegar uma bebida forte. Tentava olhar para as mulheres daquela festa, mas nenhuma chegava aos pés da Flavia.
-por que não está se divertindo?- Flavia se aproximou sorrindo. Por que ela não pode ser igual as outras e simplesmente me ignorar?
-eu estou me divertindo.- bebi o resto do liguido que estava no copo e agarrei a primeira mulher que passou. Claro que levei um belo tapa, mas Flavia ja não estava mais por aqui.
O resto da festa foi tranquilo, não vi Flavia e ela pareceu perceber que não mais sua amizade.
-ela deve estar com o Eduardo- ouvi Douglas falando para Carol.
-mas ela não me avisou nada e eu nem sei quem é esse Eduardo.- fechou a cara quando me viu- a culpa é sua.
-hey- levantei as mãos- não tenho culpa se sua amiga é burra e sai com o primeiro que lhe estende a mão.
-Bernard- Douglas me repreendeu.
-claro que tem.- Gritou- você seduziu ela e depois esmagou o coração dela, isso não se faz Bernard. Ela passou as férias toda se preocupando com você, enquanto podia estar se divertindo.
-não vou discutir esse assunto com você.
Disse sério e sai da boate o mais rapido possivel, me arrependi logo que sai. Eduardo beijava Flavia e ela retribuia.
-solta ela- disse me aproximando e fazendo Flavia se assustar. Lucas estava certo, não podia deixar escapar a única mulher que me entendia.
-oi Bernard- Eduardo me cumprimentou como se eu não estivesse perto de socar sua cara.
Flavia deve ter percebido minha inteção, pois rapidamente se afastou dele e se aproximou de mim.
-vai embora Bernard- pediu calmamente- não estrague sua carreira batendo em alguém.  Ja está muito dificil do jeito que esta.
-vem comigo- a olhei.