#2 Como eu vim parar no ar#

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Bem, caminhamos por um corredor feito de aço. Não estou gostando deste lugar. Parece que nunca houve uma guerra. Está tudo limpo e nada destruído.

A humanidade estava completamente avançada. Haviam robôs, computadores super avançados, a descoberta das deonetistas - gemas preciosas que produzem a própria energia, a forma mais pura dessa -, naves desenvolvidas, estações e naves espaciais.

Mas, também haviam armas, lasers, raios radioativos, bombas nucleares e a pior arma que qualquer ser no mundo poderia ter criado. A Yrk, uma estação espacial super secreta que descobriu o Yrkânio, um material tão destrutivo que uma gota dele poderia destruir a Austrália. Porém, com a descoberta, Eliocity, os Estados Unidos, a França, o Japão, a Rússia e a Inglaterra começaram a usá-lo para produzir energia, o que revoltou os outros países.

Sem considerar o dano que este material causa, esses países começaram a usá-lo nesta guerra, o que acabou em destruição total do mundo. Eu fui um dos poucos sobreviventes de tudo isso, e agora tem essas pessoas que me resgataram da matilha. Será que fiquei tanto tempo apagado? Eu estava no meio do nada. Acho que minhas perguntas serão respondidas daqui a pouco, mas por enquanto estou andando neste lugar frio.

De repente, as luzes apagaram.
_O QUE ESTÁ HAVENDO? - uma voz de longe gritou (provavelmente do tal do Spring).
_Não sei! Tente ir para a cabine, nós vamos ver o que houve! - respondeu Moon.
_Vamos para a sala de controles! - disse a guria de olhos verdes.
Corremos virando vários corredores. Paramos na frente de uma porta-escotilha verde, com uma senha ao lado, mas não era necessário digitar nada, por que a porta estava destruída. O alarme soou e um robô flutuante apareceu e ficou gritando: Intruso! Intruso! Intruso! Intruso! Intruso! Intruso! - E mais 8000 intrusos.-

Então as luzes voltaram, e uma figura negra apareceu em meio a uma fumaça, e disse:
_Ss Rogue chamando base, missão falida, abortar missão!
Era uma mulher vestida de ninja, completamente negra, mas no seu peito estava escrito "Rogue" de rosa. A menina dos olhos verdes conseguiu pegá-la... Voando! Ela tinha asas de anjo! Como isso é possível? Aaaaah. Mas enfim, não é tão estranho quanto uma abelha falante...
Ela se soltou facilmente, como se fosse feita de água, e então puxou das costas uma adaga dourada. Antes de qualquer pessoa pensar em fazer qualquer coisa, ela a atirou contra a menina, enquanto eu, inconscientemente, pulei na frente dela.

Meus olhos estavam fechados, pensava que eu tinha morrido, mas ainda estava vivo, e em pé.
Quando os abri de novo, uma parede azul clara brilhante e semi-transparente estava na minha frente, enquanto a adaga estava caída no chão. O olhar de Rogue (óbvio, se ela estava disfarçada né) estava perplexo. Moon não parecia tão impressionada, e a menina que estava voando pousou no chão de boca aberta. Logo depois Spring apareceu, mas eu estava olhando para a parede.

A parede diminuiu em forma de "luz" (isso mesmo) e desapareceu na minha mão, onde na palma um círculo azul claro brilhante havia aparecido, e sumiu...
_Então... um mutante! -disse Rouge- O chefe gostará de saber disso, hehehe.
Então ela pegou umas bolinhas brancas e tacou no chão, fazendo uma fumaça. Quando esta se dissipou, Rouge já não estava mais lá.

_Teremos que reparar os danos causados por Rogue - então ela pegou um comunicador de pulso - chamando nave, o R7TI- Iota está disponível ?
Então o lugar falou, isso mesmo, agora eu sei onde estou.
_Iota a caminho Comandante Moon.
Então de algum lugar surgiu um robô de rodinhas baixo e cheio de ferramentas. Ele entrou na sala, de onde começou a sair faíscas e barulhos.
_Moon...
_Sim, Marcos?
_O que aconteceu?
_Bem, Rogue é uma caçadora de recompensas que trabalha para um monstro chamado Heala, que quer nos destruir por algum motivo... E você desenvolveu superpoderes variados devido à sua exposição à radiação. Agora descobrimos que você é um mutante.
_E quantos mutantes existem no mundo?
_Bem, nessa nave à alguns, como você e July. Os outros estão lá em cima.
_July... - me virei para a garota de olhos verdes  - É o seu nome?
_Sim.
_Os mutantes podem ser variados, desde modificar seus códigos genéticos ou desenvolver super-poderes. A July pode cantar e curar coisas, além de voar. Por enquanto, tudo que sabemos sobre você é que você faz escudos. Há também o Carter, que possui super força, a Lara, que pode controlar o fogo,  e a Helena, que controla coisas movidas a energia, como o Iota. Nessa nave também há humanos normais, monstros do bem, plantas e animais, e muitos outros. O Spring, que é uma abelha humanoide falante, o Cinos, um cyborg, a Trifid, uma árvore com poderes mentais, o Zeus que é um dragão, e muitos outros. - falou Moon.
_Nós só conseguimos reunir tantos seres graças à força e armamento da nave, - continuou July - Temo que o plano de Heala não seja nos destruir, mas usar nossos poderes para fazer algo. Por isso estamos aumentando nossas defesas e membros, para salvar mais sobreviventes ao extermínio da Terra. Ninguém sabe ao certo por quê ou se foi  mesmo uma guerra mundial, mas por enquanto temos de sobreviver e achar o máximo de recursos possíveis.
_E você Moon? Você tem super poderes?
_Eh... Não... Mas eu tenho inteligência e isso é o que importa.
_Ok... Eu acho que...
Simplesmente não consegui terminar a frase, porque perdi todos os meus sentidos, e caí no chão duro e frio.

Parte 2...

Estou cansado de ficar desmaiando, eu nunca desmaiei na vida. Mas eu tive um sonho, muito estranho. Eu estava flutuando em um lugar completamente escuro, com brilhinhos em toda parte parecendo estrelas. De repente, ouvi uma voz  grave e ensurdecedora, rindo. O sonho acabou.

Acordei ouvindo uma canção muito bonita, e o som de um... Instrumento... Que instrumento é esse?
Abri os olhos e vi July tocando uma harpa. O som é bonito, parece que eu estou flutuando, esse negócio me deixa calmo... Aaaah eu to flutuando. Essas coisas não são legais, nem normais. Não sei se gosto de ser um mutante. Tem uma névoa esverdeada em volta de mim. Ela parou e tudo sumiu, e eu caí em cima na cama.

Se eu participasse de um concurso de quanto sua vida é normal, eu ia ser o primeiro eliminado. Primeiro, o mundo é destruído. Depois, um monte de cães da neve (lobos né) me ataca do além. Então eu desmaio, venho parar numa nave com uma abelha falante, uma anja que os olhos brilham, uma ninja doida, descubro que tenho superpoderes, uma mulher magra, um monte de robôs, o tal do cyborg, da árvore, o dragão, e um monte de gente estranha. Odeio minha vida. Mentira, mas também não amo.
_Marcos... - disse ela
_O quê?
_Conheça essas pessoas, olhe em sua volta.
Bem, havia um garoto de pele escura e olhos verde escuros, uma garota loira de olhos negros e um cara alto que metade da cabeça e o resto do corpo, exceto uma das pernas, estavam robotizados.  Devia ser o Cyborg.
_Marcos, esses são Carter, Sally e Cinos. Carter você já sabe, super força. Sally é uma humana normal, e Cinos é o cyborg.
_Olá garoto - disse Cinos - Bem vindo ao Mega Carrier.
_É o nome da nave?
_Sim- disse Sally - Uma das maiores naves já criada.
_Hmm...
_Você precisa treinar para a guerra contra Heala. Você é muito poderoso Marcos, se você aprender a usar uma arma e controlar seus poderes, venceremos facilmente.
_Mas eu nem sabia que era um mutante...
_É exatamente por isso que vamos ver qual arma vai te escolher.
_Como assim?
_Possuímos armas especiais, que reagem ao psicológico das pessoas - disse Carter. A arma perfeita pra você vai te escolher, por que você saberá como usá-la. Eu, por exemplo, possuo esse carinha aqui.
Ele puxou de suas costas um martelo gigante cheio de espinhos. Arregalei os olhos e fiquei de boca aberta. Nem quero saber o estrago que esse negócio causa. Ainda mais que ele tem super força. Medo
_Eh... Me lembre de não arrumar brigas com você, está bem?
_Já eu possuo um arco com máxima precisão. - disse Sally
_E eu -disse Cinos - Possuo um arsenal de armas no meu próprio corpo
_Que legal...
_Agora você vai conhecer nossas armas. Levanta Marcos, quanto antes melhor.
_Tá bem...
Então eu fui. Ah não, que preguiça de levantar da cama.

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