Quebre O Gelo

#10 O Despertar do Poder #

Marcos ouvia o som do mar. O barulho das ondas indo e vindo não o ajudava a abrir os olhos. Depois de um tempo, ele os abriu com dificuldade. Era noite, e o céu estava estrelado. A Lua mostrava sua parte perdida durante a guerra nuclear. O país de Eliocity era responsável por isso.

Eliocity era uma gigantesca ilha voadora no passado. Ele foi formado quando países latino-americanos usaram a deonetista para fazer a terra voar. A pedra era uma fonte quase ilimitada de energia não impactante, e isso a tornava bem preciosa. Ninguém conseguia superar o disparo que esses países haviam tido na economia mundial. A América Latina se uniu e se lançou aos ares, dominando o céu. Ninguém nunca pensaria que um dia eles superassem as potências mundias, mas conseguiram. O nível do mar baixou muito quando ela foi para o céu, modificando quase completamente os ventos e a chuva.

Para seguir o rumo que o mundo estava, os Estados Unidos espionaram os laboratórios sul americanos e descobriram que a deonetista não era o ingrediente principal para fornecer energia. Eles descobriram que eles implantavam a pedra nos vasos sanguíneos de pessoas capturadas sigilosamente para que recebessem o impacto das batidas do coração. Era um ato que arriscava a vida e era feito sem a autorização delas, afinal quem concordaria em fazer isso com a própria vida? Ninguém.

O mundo se uniu contra A.L. O domínio do espaço se tornou algo necessário para pará-la. Ela se uniu oficialmente, formando Eliocity. A produção de armas quadriplicou quando descobriram o Yrkânio. Fizeram pesquisas e mudaram pessoas geneticamente. Espelho da Morte pode ter sido uma dessas pessoas. Infelizmente, as pessoas não tomaram cuidado ao descobrir o isótopo radioativo do elemento. Depois de bombardeá-lo com radiação, ousaram usá-lo em armas nucleares. Mas os estúpidos fizeram o primeiro teste já atacando uns aos outros. A guerra começou, e veio causando estrago.

Metade dos Estados Unidos e de Eliocity estavam destruídos. O Oriente Médio entrou em guerra contra a Europa e os países americanos por motivos religiosos, com medo do metal radioativo. Os terroristas muçulmanos tomaram o poder e a Europa foi dominada pela Alemanha e Inglaterra. A China e a Rússia se aliaram contra eles, enquanto o Japão e Índia, além de países africanos, tentavam resolver conflitos internos e protestos contra a América. A Austrália e Oceania estavam do lado da Europa contra o Oriente Médio. O mundo estava um caos.

Pela primeira vez, Marcos percebeu que não sentia o chão. Ele recobrava aos poucos seus sentidos, se mexendo lentamente. Um feixe de luz azul estalou no canto de sua visão. Marcos percebeu que estava flutuando no ar.
O robô Zero tinha razão. Os poderes de telecinesia dele finalmente haviam aparecido. E eles o haviam salvo da morte.

Enquanto reacordava, Marcos se direcionava lentamente em direção ao chão, com dificuldade para controlar o poder. Ele ficou de pé tremendo, e o desativou. Ainda estava atordoado enquanto olhava em volta. O lugar onde estava era uma praia deserta. Ele olhou para o chão e viu uma substância branca e transparente onde pisava. O mar batia violentamente contra ela.

"Sal." Pensou Marcos. Do outro lado, uma mata avermelhada brilhava ao luar. Então ele olhou para o céu outra vez. O Mega Carreiro havia desaparecido. É. Ele realmente havia sido jogado de lá. A poucos metros dele, um brilho refletido o atraía. O androide estava ali, quase completamente destruído. O cilindro de gelo, Polônio e Lara haviam desaparecido. Ele estava sozinho. Fraco, e sozinho.

Ele se perguntava por que estava tão fraco, mas sua barriga respondeu roncando. Estava faminto. Com pena do robô, resolveu testar seus novos poderes para carregá-lo. Diferentemente do escudo de energia, esse poder não usava suas capacidades físicas, e sim sua mente por isso não sentiu o peso do andróide. Marcos precisava urgentemente achar abrigo e comida, antes que por algum motivo milagroso desmaiasse outra vez.
Enquanto andava, o robô vinha atrás dele brilhando azul, e isso ajudava-o a enxergar o caminho enquanto adentrava a floresta. Ele também tinha que saber aonde os outro três haviam ido parar. Será que haviam caído no mar? Esperava que não. Mas não tinha tempo para pensar nisso agora, ele havia sentido um dleicioso aroma doce. Olhou para cima e se deparou com uma fruta grande e azul. Mas que sorte! Um Cobalto maduro bem ali, em sua frente. A fruta que havia sido criada pela radiação. Ele não se preocupava com o perigo que ela oferecia por ser radioativa. Naquele mundo novo, a radiação perdera o seu poder.