Homo Benignus

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Era uma vez, uma única voz que ecoava por todo o mundo, gritando a verdade a tudo e a todos, a voz da justiça, não admitia a indignidade nem a ignorância dos seus próximos. A voz do Homo benignus, o ser mais complexo da natureza. Filho do homem e da Razão, ele analisa criticamente todas as faces da natureza. O ser supremo o criou, unindo o homem, à sua essência perdida, a Razão e a Fé, formando um ser mais próximo de sua perfeição, o Homo benignus. O Homo benignus sabe ver as maravilhas de Deus, que os homens não compreendem. Ele consegue encontrar a chave para a resposta de qualquer problema humano, pelo dom de seu criador. O Homo benignus é o estado de finalização humana. O estado onde o homem encontra-se consigo mesmo, e o mais importante de tudo, o Homo benignus não existe. Ele é apenas o desejo que o homem tem de ser melhor que si mesmo. Um conceito, pelo qual o homem anseia. Um objectivo traçado a ser cumprido. O homem anseia pelo equilíbrio do Homo benignus, o seu balanço entre a fé e razão. O homem deseja ser capaz de ver Deus nas suas obras, nas maravilhas que ocorrem na natureza. O homem deseja ser mais do que apenas mais um animal, um animal, que sofre por uma gota e que destrói com uma gota. O homem sofre com suas ações. Ao longo das eras, fizemos coisa do qual nós arrependemos. Esperamos a sua Vinda, mas nós desviamos cada vez do Seu Caminho. Nós ficamos parados, sofrendo com os nossos desafios, pela falta de raciocínio, ou avançamos, sofrendo com as nossas quedas, pela falta de moral. A Idade das Trevas e as Duas Guerras mundiais são dois grandes exemplos dos nossos sofrimentos. Por mil anos estivemos a sombra da fé, e nestes últimos duzentos anos, estamos a mercê da razão. Não podemos nos permitir a tal sujeição. Temos de nos tornar mais próximos do nosso ideal, mais próximos do Homo benignus.

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