II

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- Hm... prazer James, eu sou a Mary Anna. - apresentei-me de seguida estendendo a mão para o cumprimentar. Ele aceitou.

- Eu sou a Charllote. - apresentou-se a minha irmã visto que eu estava perdida no sorriso dele.

- Ah, sim, desculpe. Esta é a minha irmã, Charllote, como ela já disse e muito bem. - proclamei dando um sorriso de desculpa para a minha irmã enquanto pegava nela ao colo para que esta ficasse mais entre as nossas alturas.

- Muito prazer em conhecê-la Miss Charllote. - ele pegou na mão pequena e rechonchuda da minha irmã e beijou a parte superior da mesma como um verdadeiro cavalheiro. Até eu fiquei derretida.

- O Senhor não é daqui pois não? - questionei começando a sentir o meu nível de curiosidade subir.

- Não, sou de Londres. Vim aqui a fim de tratar de alguns negócios. - respondeu. - e, por favor, sem todas essas formalidades. Não sou assim tão velho para me tratares por 'Senhor'.

- Desculpe interromper... - a empregada anunciou que já havia mesa para nós tendo assim terminado a nossa conversa com o rapaz britânico.

- Foi um prazer conhecer-te James. - admiti com um ligeiro sorriso e as maçãs do rosto avermelhadas.

- Acredita, o prazer foi todo meu.  - murmurou com o sorriso malicioso dele, piscando o olho de seguida.

Depois de ter conseguido retirar os meus olhos dele e concentrar-me na empregada de forma a que esta nos encaminhasse até à nossa mesa, fiquei com a imagem de James na cabeça. Aquele sorriso era totalmente lindo. E James Parker... James Parker não era um nome estranho aos meus ouvidos... sim, há muitos James no mundo, mas ele parecia-me familiar. Talvez esteja a confundir com outro rosto angelical, se bem que aquele era um pouco difícil de confundir. Nem agradeci à empregada assim que nos sentamos. Já chega! pensei. Abanei ligeiramente a minha cabeça para afastar os pensamentos daquele rapaz. Decidi pegar no telemóvel enquanto esperava pela empregada aparecer com os cardápios para escolhermos. Charllote acompanhou-me na navegação do dispositivo electrónico saindo da cadeira na qual estava sentada para vir para o meu colo. Eu acolhi-a e cliquei no ecrã do telemóvel no ícone  da câmara. Ela adorava tirar fotos tanto como eu. Talvez fosse uma paixão de família visto que o meu pai também gostava de nos fotografar e gravar a fazer qualquer coisa. Por isso é que a nossa casa está cheia de molduras penduradas nas paredes da minha infância e ainda mais da Charllote visto que eu adorava fazer dela a minha pequena modelo. A nossa casa era como uma verdadeira exposição. Cada moldura continha uma foto que contava uma história.

Após abrir a câmara troquei a mesma para a câmara frontal e comecei a tirar selfies juntamente com a minha irmã. Fazíamos todos os tipos de caras e carentas possíveis e imaginárias. Parecíamos umas verdadeiras idiotas no meio de uma Pizzaria a tirar selfies. Senti olhares fixados em nós, mas não me importava e Charllote muito menos. Afinal família é família. Conseguimos tirar algumas fotos decentes antes da empregada aparecer com o cardápio. Ela trouxe apenas um para mim. Eu e a minha irmã escolhemos a que normalmente pedimos: pizza da casa. Entreguei o cardápio à empregada e agradeci gentilmente, coisa que não tinha feito anteriormente. Esta apresentou-me um ligeiro sorriso.

O tempo passou depressa. Eu e a Charllote continuamos a divertir-nos com as selfies até que a certo ponto ouço uma risada que me fez olhar em volta. O próprio riso da pessoa era contagiante. O som de novas gargalhadas, desta vez de outras pessoas, juntaram-se à festa e pude ver que vinha de uma mesa na fila ao lado da nossa, uma mesa mais distanciada. Era um grupo pequeno constituído no total por 5 rapazes que disputavam entre si algo que por muito atenta que estivesse não entendia devido à distância das mesas. Entre eles estava o tal James. O meu olhar fixou novamente o seu rosto até que este se aprecebe e os nossos olhos encontram-se. Envergonhada com a situação, desvio o meu olhar para a minha irmã que neste momento estava a olhar exactamente para o mesmo sitio que eu estava, segundos atrás.

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