(CONCLUIDA)
Lisa decidiu contar pra sua melhor amiga Jennie oque sente por ela a muito tempo, mas nada sai como esperado.
Lisa então decide tentar esquecer Jennie e acaba se envolvendo com outra pessoa, mas esse envolvimento acaba causando sentimen...
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Depois de alguns meses a vida finalmente parece está voltando normal.
Confesso ainda está tentando a me acostumar a ter minha liberdade de volta. Poder andar por ai com Jennie sem o medo de que alguém esteja nos perseguindo e vá nos pegar a qualquer segundo. Logico, ainda tem um pouco de desconfiança, mas a cada dia eu vou me acostumando e relaxando mais.
Jennie ainda está menos acostumada do que eu, mas é algo que ainda estou trabalhando com ela. Hoje, por exemplo, vou levá-la para mais uma consulta no psicólogo. Aos poucos ela está conseguindo esquecer mais, e as meninas também ajudaram muito.
E eu acredito que vocês estejam se perguntando o que aconteceu com Robert e tals. Bom, ele ainda está preso e, agora, sendo julgado por mais quatro possíveis assassinatos. Isso mesmo, mais quatro. Depois de ser preso, a policia foi até a casa dele para investigar um pouco mais e acabaram por achar um pequeno closet que foi usado como uma câmara de impressão fotográfica.
Haviam varias fotos pendurados e grudados por todo lado, foto de pessoas, casais lgbt para ser mais exata. Entre todos os que estavam lá, quatro foram descobertos mortos, além de a policia ter encontrado pertences pessoais dos mesmos na sala. Relógios, cordões, peças de roupa, e mais alguns objetos que ele guardava como um troféu dentro de um armário velho.
Nossas mães ainda ligam todo santo dia para saber como estamos tudo isso depois de nos deixar de castigo por sete dias que pareceram anos. Elas levaram bem a serio o negocio de passar os dias com a gente.
- Quando acabar é só me ligar, okay?! Vou voltar para a universidade, o Senhor Harris quer conversar comigo.
- Ele provavelmente quer tentar mais uma vez te arrastar pra Harvard com ele. – Jennie disse revirando os olhos e já soltando o cinto quando estacionei o carro em frente a clinica.
- Não sei porque tá revirando os olhos, você já sabe que eu não vou.
- É só que ele é insistente demais. Vai que numa dessas ele te convence a ir.
- Não era você que disse que eu deveria ir se fosse o melhor pra mim? – Perguntei incrédula.
- Você sabe que eu quero o melhor pra você, mas não sei se saberia lidar com um namoro a distancia. – Fez um biquinho tristonho ao desviar o olhar.
- São só três horas e meia de distancia, não seria tão difícil.
- Então você quer ir? – São olhos pareciam implorar para que eu dissesse não.
- Talvez... – Vi sua feição cair mais ainda, mas ela logo tentou disfarçar com um sorriso de lábios. – Tô brincando, eu não vou deixar você.
- Mas Lisa, se você quiser mesmo ir tudo bem. É do seu futuro que estamos-
- Meu futuro é com você garota, quando vai entender isso? – Perguntei puxando seu rosto até o meu. – Se você tá em Nova York, então meu futuro está em Nova York. Se você estivesse em Harvard, meu futuro seria em Harvard. Meu futuro tá onde você está. – Seu sorriso finalmente se abriu antes da mesma cortar a distancia entre nossos lábios.
Foram breves selinhos antes de ela abrir a porta e finalmente sorrir, seu sorriso mostrava que a mesma havia gostado das minhas palavras.
- Me liga assim que acabar! – Avisei ao que a mesma apoiou os braços na porta.
- Okay. Te amo!
- Também amo você!
Esperei até que Jennie entrasse na clinica e então sai com o carro em direção a universidade. O transito estava meio difícil, mas consegui chegar.
- Que bom que veio Lisa. – Sr. Harris sorriu assim que me viu adentrar o auditório. Sua ultima palestra do dia acabara de terminar. – Venha, vamos comigo até a sala dos professores.
O segui pelos corredores até chegarmos a sala, já vazia.
- O senhor queria conversar comigo? – Assentiu.
- Queria, mas primeiro quero saber como você está, e Jennie? – Se sentou em uma poltrona, antes se servindo de um café. – Com essa correria das aulas ultimamente eu nem tive tempo de perguntar ou conversar com vocês.
- Estamos bem, Jennie está cada dia melhor graças as sessões com a psicóloga. Aos poucos ela está perdendo o medo, e já faz um mês mais ou menos que ela não tem mais ataques de pânico.
- Os pesadelos também pararam? – Assenti. – Muito bom! – Tomou um gole demorado de seu café, logo fazendo um som de aprovação. – Bom, então vamos ao motivo real de eu ter te chamado aqui. Já tem alguma ideia do que seja?
- Tenho uma, bem vaga.
- Eu não iria embora sem antes lutar mais uma vez. – Disse risonho, comprovando minha ideia. – Vou está indo embora daqui uma semana e quero muito levar você comigo. Você foi uma aluna que me chamou muita atenção e mostrou um potencial maior que o de qualquer outro que já vi, tudo isso em menos de um ano estudando aqui. Mesmo com tudo o que aconteceu, as dificuldades que encontrou você ainda conseguia se destacar em meio a toda turma.
- Eu agradeço os elogios, mas acho que não vou mudar de ideia. Meu lugar é aqui em Nova York, meu futuro está em Nova York. – Não consegui evitar um pequeno sorriso ao lembrar do sorriso de Jennie quando disse isso.
- É por causa de Jennie, não é? – Perguntou com um sorrisinho desconfiado. Assenti. – Você ama mesmo ela, não é?
- Pode ter certeza.
- Tudo bem então, não quero ser o responsável por separar vocês ou algo assim. Afinal, eu gosto muito de vocês juntas. – Sorriu se levantando e indo até a mesa de café novamente. – Mas eu ainda não retiro minha proposta. Caso você mude de ideia em algum momento é só me ligar. Queria muito que você aproveitasse que estamos quase pra entrar no recesso de verão para se transferir, mas não tem uma data especifica. Então se você quiser é só me avisar que cuido de toda a papelada e em segundos você já vai ser oficialmente uma aluna de Harvard.
- Não vou mudar de ideia, mas agradeço que ainda queira me dar a oportunidade. – Peguei a pequena caneca que o mesmo me ofereceu, voltando a se sentar na poltrona em minha frente.
- Nunca se sabe, por isso vou deixar em aberto para você.
- Obrigada novamente, Sr. Harris. Não só por essa oportunidade, ms também por tudo que fez por mim e pela Jennie.
- Pode me chamar de Russel, Lisa. Sei que sou seu coordenador e tudo mais, mas acredito que também nos tornamos amigos. – Assenti. – E não precisa me agradecer, eu faria novamente com todo o prazer. – Sorriu largando a caneca. – Espero que você e Jennie venham se despedir de mim quando for embora. – Se esticou colocando sua mão carinhosamente em meu ombro.
- Nós vamos sim. E eu sentirei muita faltou do senhor, espero que o novo professor ou professora também me deixe estagiar em alguns casos. – Ergui as sobrancelhas brincalhona.
- Acho meio difícil, mas quem sabe não é mesmo. – Riu voltando a se recostar na poltrona.
Passei mais alguns minutos conversando com ele sobre a faculdade e alguns assuntos de advocacia até que Jennie me ligou já para busca-lá.
Passava das cinco e meia, as ruas de Manhattan estavam extremamente cheias nesse horário de pico onde as pessoas estão saindo de seus trabalhos e indo para casa, ou para algum outro lugar.
Fui obrigada a parar no sinal no momento exato em que recebi uma ligação. Era Jennie. Eita que ela está apressadinha hoje.
- Oi Jen-
- Lisa, onde você está? – Perguntou ao me cortar. Parecia ofegante.
- Que pressa é essa? Já está com saudades de mim? – Brinquei conectando a ligação ao carro.
- É serio Lisa! Onde você está?
- Estou parada no sinal, no caminho pra te buscar. Porque? – Acelerei com o carro assim que o sinal abriu.
- Tá mesmo? - Sua voz agitada e preocupada estava começando a me preocupar.
- Sim, mas porque você quer saber? Aconteceu alguma coisa?
- Não. – Ficou em silencio por alguns segundos que pareceram séculos. Sua respiração agitada ecoava pela ligação. – Eu só... Fiquei preocupada porque você está demorando muito.
Suspeito...
- É que tá em horário de pico, as ruas estão cheias demais. Mas eu já estou chegando, só mais uns dez minutos.
Decidi não questionar mais, talvez fosse só paranoia da minha cabeça. Ela está bem, só está sendo cuidadosa.
- Tá bom, vou te esperar aqui na frente então. Toma cuidado.
- Tá bom.
Jennie desligou e voltei a focar no transito. Finalmente conseguindo sair do meio daquele engarrafamento todo ao pegar uma rua menos movimentada que cortava caminho até a clinica.
Comecei a ter um mal pressentimento, como se meu sexto sentido de alertasse. Quase como um tinido tocando em meu cérebro que dizia: algo não está certo.
Olhei pelo retrovisor e percebi um carro familiar. Ele saiu ao mesmo tempo que eu da universidade.
- Não deve ser nada.
Eu precisava ignorar esse tal "sexto sentido", ou, como tenho me acostumado a chamar: paranoia.
- Ele só deve está cortando caminho que nem eu.
Virei uma rua, e outra, e mais outra. Nem sabia mais onde estava direito, mas o carro permanecia atrás de mim. Senti meu coração bater mais apertado, enquanto meu pé ia mais fundo sobre o acelerador. Quanto mais eu acelerava, mais ele fazia o mesmo.
- Droga! O que é isso?
Eu estava sendo mesmo seguida, e pra piorar nem se quer sabia onde estava mais. O desespero estava me tomando. Eu precisava ligar para alguém.
Chamou, chamou e chamou, mas nada de Rosé atender. Tentei Irene, também deu na mesma. Jisoo? Provavelmente está com Rosé. Já estava sem opções enquanto tentava manter meus olhos no celular, na rua e no retrovisor ao mesmo tempo.
O vidro do carro de trás era completamente escurecido, não dava pra enxergar nada. Era um hb20 sedan preto, o que só o tornava mais misterioso ainda.
Chamou, chamou...
- Alô? Lisa? O que foi?
- Oi, Nancy? – Tentei ter controle sobre minha respiração, mas estava difícil.
- Sim, sou eu. O que foi? Você parece ofegante.
- Nancy, eu não sei o que está acontecendo exatamente agora, mas me escuta. Tem um carro, HB20 preto sedan me seguindo.
- Como assim te seguindo?
- Pera, só me escuta. – Olhei novamente pelo retrovisor, ele estava cada vez mais perto e meu coração cada vez mais acelerado. Minhas mãos suavam, quase cravadas no volante. – Eu não sei onde eu estou, só sei que é algum lugar próximo a 10th avenida e o Fort Tryon Park. Se eu sumir já sabe por onde começar. E por ultimo, procura a Jisoo, Rosé ou Irene e pede pra elas buscarem a Jen , ela tá me esperando na frente da clinica do psicólogo, mas acho-