Forced // L.T

Capítulo 4

Evellyn POV 

"Bom dia." murmuro envergonhada por estar à frente do moreno novamente.

Quando fui ter com Philip ao seu escritório não conseguia deixar de pensar naqueles olhos azuis penetrantes. As suas feições faciais e na sua voz. Agora, ironia do destino, descubro que ele é o filho do homem com quem me vou casar.

"Esta é que vai ser a nossa ama?" Grace pergunta arrogante, chamando-me à atenção.

Olho para a rapariga e franzo ligeiramente a testa, a perguntar-me a razão pela qual ela, sem me conhecer, falar assim comigo e de mim. Arrogante e fria.

"Não princesa." Philip fala e aproxima-se de mim, mas eu afasto-me ligeiramente. "Será a vossa nova madrasta."

Grace arregala os olhos, assim como Louis. Durante os próximos minutos nada se houve e as minhas pernas tremem de nervos. Sinto um nó na garganta "será a vossa madrastra.". Quando me imaginei com 20 anos seria a estudar na faculdade, não prestes a casar-me por conveniência. 

"Ela tem a idade do Louis!" Grace grita levantando-se e eu salto de susto.

"O amor não escolhe idades." Philip coloca a sua mão no fim das minhas costas e eu tento afastar-me.

Foi quando me apercebi que nem mesmo os seus filhos sabem de alguma coisa. Da sua pressão, imoralidade e ameaças perante a minha família.

"Pronto." ouço a voz do moreno pela primeira vez hoje. "Sê bem-vinda, madrasta." Louis Beija-me a bochecha e, pelo seu tom de voz, posso reparar que está tao infeliz com esta ideia como Grace.

Na verdade, eu mesma odeio esta ideia. A minha família é de extrema importãncia para mim. Agora, posso dizer que faria tudo pelos meus pai e pela minha irmã.

"Alice, acompanha Evellyn ao seu quarto, por favor." Philip ordena à empregada que me abriu a porta inicialmente.

"Sim, Senhor." a mesma ajeita a farda e pede-me para a seguir.

Pego na minha unica mala e sigo a senhora, subindo umas enormes que se encontram na entrada. Nenhuma de nós profere palavra alguma e eu penso como será a minha vida a partir de agora. 

Depois de subir as escadas e passar por umas quantas portas, Alice fala.

"Aqui é o seu quarto." Alice abre a porta de um quarto. Bastante bem decorado.

"Obrigada." murmuro.

Entro no quarto e quando olho para trás a porta está fechada e encontro-me sozinha. O quarto varia entre os tons branco e cinzento. É elegante, porém, moderno. Tem uma cama de casal, um enorme armário que para as roupas que trago é um exagero, uma secretária e uma enorme janela. Além disso, tem uma casa de banho dentro do mesmo que consigo avistar do local onde me encontro.

Deixo a minha mala por cima da cama e vou à janela. Tento abrir a mesma e quando o faço um vento um pouco frio embate contra a minha pálida pele. Consigo ver um enorme jardim, com piscina e algumas espreguicadeiras à volta da mesma. Vejo um senhor à volta de alguns arbustos e deduzo que seja o jardineiro.

Assusto-me quando ouço batidas na porta. Fico paralisada no meu lugar sem saber o que fazer. Engulo a seco.

"Posso?" ouço a voz grossa de Philip.

"Sim." sussurro num tom tão baixo que duvido que o homem tenha ouvido.

Infelizmente, quando a porta do meu futuro quarto abre, sei que o mais velho ouviu a minha palavra de autorização. Suspiro levemente.

"Gostaste do quarto?" Philip entra totalmente no quarto, fechando a porta atrás de si.

Automaticamente a minha respiração fica presa na minha garganta e apetece-me gritar para ele ir embora. Quero estar sozinha, a pensar em tudo. Esta não sou eu. Este ambiente não é o mesmo em que fui criada.