Louis POV
Quando acordei esta manhã notei um enorme sorriso na minha cara. Nunca esperei que Evellyn fosse mesmo entregar-se da maneira que o fez na noite passada, eu não queria pressionar a nada e ainda tenho que falar com ela sobre isso. Eu não posso dizer que gosto dela, porque eu sei que não, mas tenho a certeza que a rapariga é diferente das outras. A sua inocência, simpatia e timidez fizeram-me querer aproximar e agora sei que iremos ter algo que nos una, pelo menos eu acho que sim. Pode ser uma coisa banal, mas para mim tem imenso significado.
Vejo que são oito no relógio e eu realmente não quero sair daqui, até Evellyn estar acordada e eu não a irei acordar. Estive a pensar em faltar ao trabalho, a dar uma desculpa do género que estou doente ou indisposto. O meu pai sai sempre mais cedo, ele nunca irá saber se é verdade pois eu também não o deixo entrar no meu quarto.
Pego no meu telemóvel, que se encontra por cima da mesa de cabeçeira e com cuidado, para não acordar Evellyn que está agarrada ao meu corpo, mando uma mensagem a Jess a informar que não vou poder ir à empresa pois estou doente. Eu nunca faltei ao emprego por causa de uma rapariga, nem mesmo Eleanor. Peço para David me substituir pois ele é o sub diretor de gestão financeira e sei que ele irá fazer um bom trabalho.
Volto a colocar o telemóvel no local anterior e olho para a linda mulher que se encontra ao meu lado. De tudo, o que mais me surpreendeu foi ela ter-me pedido para passar aqui a noite.
Sinto a rapariga mexer-se e eu espero que algo aconteça, pois se me mexer igualmente ela pode acordar.
"Louis..." murmura. Espero que algo mais aconteça e um dos olhos da rapariga abre.
"Bom dia." mexo na sua bochecha. "Ainda é cedo, podes dormir." informo aconchegando-nos nos lençóis.
"Que horas são?" sussurra, como se não fôssemos os únicos no quarto.
"Oito e cinco." continuo com as carícias e rapariga aconchegasse contra a minha mão, pedindo por mais.
"Não vais trabalhar?" abre os dois olhos e o facto de ela estar cheia de sono, mesmo não demonstrando, é algo realmente fofo.
"Para todos os efeitos, estou doente." finjo uma tosse e ela ri, timidamente.
"E não te estás a prejudicar?" não conheçia esta faceta da Evellyn, tão curiosa. Mas eu gosto de saber que ela se preocupa.
Encolho os ombros e digo-lhe novamente para dormir. Decido por bem dormir um pouco mais. A porta do quarto está trancada, por isso, estou descansado pois sei que ninguém aqui vai entrar. Nem mesmo Alice pode saber desta nossa pequena aventura. A pequena mulher adora-me, mas sei que me iria dar na cabeça por estar a dormir com a noiva do meu pai. Eles mal falam, como é possível irem casar-se daqui a dois meses?
***
Sinto leves carícias pelo meu cabelo e abro ligeiramente os olhos encontrando Eve sorridente. Sorrio de volta e suspiro. Nenhum de nós diz nada e sinto, de repente, os seus lábios contra os meus, a tentar controlar o beijo desajeitadamente. Eu sorrio pelo facto de, pela primeira vez, ela ter tido a iniciativa de me beijar e aprofundo o beijo, lambendo o seu lábio inferior. A rapariga deixa-me aprofundar o beijo e as nossas línguas tocam-se.
"Gostei de acordar assim." comento passando o pulgar pela bochecha corada de Evellyn.
"Bom dia, Boo Bear." diz sorridente. Eu fico a olhar para ela e eu realmente gostei que ela me chamasse algo que só a minha mãe me chamava. "Eu... hm... Desculpa." desvia o olhar, atrapalhada.
"Não." apresso-me a dizer. "Gosto que me chames isso." rio ligeiramente e a rapariga assente, mais aliviada. "Eu disse no trabalho que estava doente para ficar contigo."
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Forced // L.T
RandomCom a família a atravessar uma grave situação financeira, Evellyn dispõe-se a aceitar uma proposta de casamento do já maduro empresário Philip Rank. Forçada a algo, Evellyn vê a sua liberdade a chegar ao fim. Com o passar dos dias, uma grande...