-Harry?!- disse Alaska- Bom di...
-Olá amor.- interrompeu-lhe ele com um beijo rápido.- Tenho que ir mais cedo. Não te esqueças que o James vem cá jantar!- E nisto, fechou a porta com tal estrondo que acordou Sophia.
-Ok...- pensou Alaska.
-Mãe!- Gritou Sophia agora com 10 anos de idade.
-Sim, filha. Já acordada?
-Sim, ouvi uma porta a bater.
-Ah, foi o pai.
-... discutiram?
-Não, mas ele saíu à pressa de casa.
Até Sophia já sentia que há muito que a relação dos seus pais não andava bem.-
-Bom, já que acordámos cedo, que achas de ligar-mos a tia Margot para irmos almoçar com ela?
-Sim! Tenho imensas saudades dela!
-Boa, vou ver se já está acordada. Entretanto, vai-te vestindo e toma o pequeno-almoço.
-Está bem, mamã! –disse ela, beijando-lhe na face.
CHAMADA ON
-Olá Margot!
-Olá Alaska! Então, não combinámos que quem ligava era eu?
-Sim, mas a Sophia hoje acordou cedo. Queres ir almoçar?
-Podias ir cá a casa...
-Parece-me bem.
-Ok, então vou comprar qualquer coisa e estás cá às 13:00, okey?
-Sim, até logo.
-Adeus, beijinho.
CHAMADA OFF
-Sophia! A tia Margot em cá almoçar.
-Boa! Mamã, à tarde posso ir à casa da Charlie? Ela quer mostrar-me uma coisa que comprou e é para lanchar com ela.
-Ohh, mas assim não estás com a tia Margot...
-Vamos almoçar a que horas?
-Eu disse-lhe para cá estar às 13:00.
-Pronto, então depois vamos dar uma volta e às 16:30, deixas-me na casa da Charlie...depois posso dormir lá?
-Hum... está bem. Mas quero que tenhas juízo.
-Sim, mãe.
-E avisa o pai... se ele te atender o telefone, claro...
-Pois.- concordou Sophia.
* * * * * * * *
(campanhia)
-Sophia abre a porta, se faz favor! Deve ser a tia Margot.
-Sim, mãe. Olá!
-Querida, como estás? Que saudades!- disse Margot ao abraçar Sophia.
-Estou bem e tu, tia Margot?
-Também estou bem.
Nisto, Alaska vai até à porta e cumprimenta Margot.
-Vamos, então, almoçar?- sugeriu Sophia.
-Sim, claro. – disseram a mãe e a tia?
Mais tarde foram comer um gelado e Sophia anúnciou à tia Margot que dentro de minutos iria para casa de uma amiga.
-Oh, querida, queria estar mais um pouquinho contigo...
-Eu sei, mas eu tenho saudades da minha amiga.
-Bom,- disse Alaska- temos que ir, Sophia, senão não chegas às horas que a Charlie disse.
-Então- interrompeu Margot- já não vens, Alaska?
-Sim, espera aqui por mim, que é perto, eu venho já.
-Ok, até já.
-Adeus, tia Margot.
-Adeus, querida.
* * * * * * * *
-E então, como estás? Conta-me tudo que já não falamos à muito tempo.- pediu Margot.
-Olha, eu cá vou indo. A escola está bem, está tudo a andar. Acho que agora vai entrar um colega novo de clarinete porque quem lá estava foi embora. E também vai entrar para a nossa orquestra. E a Sophia está crescida, como viste.
-Boa! Ah, sim! E tu e o Harry?
-Margot, eu sei que tu não gostas dele... nunca gostaste!
-Sim, sabes que eu sempre quis que tu e o John ficássem juntos. Mas como estão?
-Oh, confesso que já andámos melhor.
-Então?!
-Oh, quase que não pára em casa, andamos sempre a discutir...
-Deixa-o, Alaska!
-Deixá-lo?! Então e a Sophia? Tenho que pensar nela!
-Eu percebo, Alaska! Mas se não estás bem na relação, sepára-te dele. E....
-E o quê?
-Procura o John, esse sim, é que gosta realmente de ti.
-Oh, Margot, essa conversa outra vez? O John é passado e já deve ter casado e isso tudo.
-É verdade, Alaska! Ele sempre te amou e sempre te amará até ao fim. E acredita que ele não está casado nem nada. Ele conseguiu endireitar a sua vida, mas está sozinho. Diz que tentou mas nenhuma eras TU.
-Oh, já chega desta conversa. Tenho que ir. Gostei do almoço e do lanche.
-Também eu, mas tu é que sabes. Obrigada e manda beijinhos à Sophia.
-Serão entregues.
Ambas se abraçam e Margot diz-lhe um voz baixa:
-Pensa nisso, a sério.
Alaska assentiu com a cabeça em jeito de "calar" Margot. Mas no fundo sabia que ela tinha razão.
* * * * * * * *
Alaska chega a casa e depára-se com Harry, James e uns amigos que ela não conheçia.
-Harry, o que se passa aqui?!
-Então, já não te lembravas que o James vinha cá jantar?
-O James. Estão aqui pessoas que eu nem conheço!
-Oh, são colegeas meus. Pessoal, é a Alaska, a minha mulher.
-Olá- disseram.-
-Olá- disse ela, ainda meio estupefacta.
-Então, amor, a Sophia?
-Ficou a dormir na casa da Charlie.
-Ok, tudo bem, amanhã depois ligou-lhe. O que tens para nós jantarmos?
-Nós?!
-Sim, para mim e para o pessoal.
-Não sei, arranja-te, os convidados são teus!- E Alaska sai porta fora. Foi atá à praia, precisava de estar sozinha. Pensou em separar-se de Harry. Já não aguentava com aquela vida e muito menos com Harry e as suas saídas noturnas que sabe-se lá se eram realmente com os seus colegas e amigos. E também não aguentava com o facto de ele gozar com a cara dela todos os dias. Mas depois pensou também em Sophia e nas guerras em que ela iria estar envolvida, visto que Harry decerteza que não ia facilitar a sua vida.
Já a noite era cerrada quando Alaska regressa a casa e depara-se om Harry a dormir no sofá a cheirar imensamente a alcool. Cruza-se com James no corredor:
-Hey, Alaska! Boa noite. Então, o teu marido anda muito saído da casca.
-É... eu vou dormir.
-Sim, amanhã falamos
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Every Single Feeling
RomansAlaska vivia sozinha numa casa a 20 km do centro de Seattle. Tinha 15 anos e um grande sonho: tornar-se profissional no mundo da música. Como adorava esta área, certo dia decidiu participar num estágio. Ela precisava de se distrair, ver novas coisas...