IV - O dia seguinte.

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     Sinto que estou deitada encima de um monte de açúcar, ou algo granulado, e ouço o som de ondas bem próximo de mim, estou morta de preguiça, mas tenho que ver onde estou. Como eu estou deitada de bruços, eu me viro, abro os meus olhos, pisco rapidamente até que meus olhos se acostumam com a luminosidade do Sol.
     Eu me sento e olho pro chão onde estou sentada e vejo areia, levanto a minha cabeça e olho ao redor e vejo que estou em uma praia. Olho para o mar e me pergunto como eu vim parar aqui. Olho para as ondas se formando, e então, de repente me lembro de tudo, da briga, do suco derramado em mim, do meu salto. Como será que eu sobrevivi á aquele salto.
     Fico olhando para o mar, meditando sobre os acontecimentos, quando eu me toco que eu me joguei de uma janela em direção ao mar, sem avisar para ninguém, eles devem estar loucos atrás de mim.
     Eu me levanto me dando uns tapinhas para tirar o excesso de areia das minhas roupas, do meu cabelo, os balanço e faço um coque. Vou subindo pela pequena duna de areia e corro em direção ao táxi, entro e o mando seguir o mais rápido possível para o hotel Delamare. Depois de um tempo o táxi para na frente do grande hotel, peço para ele aguardar um pouco por enquanto eu vou no quarto pegar o dinheiro, ele aceita numa boa, eu saio do táxi e entro no grande salão do hotel, me dirijo majestosamente até a secretaria, digamos assim que eu meio que perdi a minha bolsa ontem á noite, e sem bolsa sem chave.

-Bom dia, poderia me dar a chave do meu quarto?

-Claro, qual é o seu nome e o número do seu quarto? ; pergunta ela educadamente.

-Claro, o meu nome é América, e o meu quarto é 244.

-Um instante. - ela começa a mecher no computador e depois abre uma gaveta que estava ao lado dela, dali ela tira uma chave e me entrega. ; Aqui está srta. América. Tenha um bom dia.

-Obrigada. E, pague o táxi ali fora, coloque a despesa na conta do meu quarto.

     Caminho em direção ao elevador e embarco nele em direção ao andar. Quando o elevador para eu saio e caminho e vou até a porta do quarto das garotas. Abro a porta cuidadosamente o possível e vejo uma cena linda, todas as garotas e alguns dos garotos, deitados no chão vejo Elisa deitada perto do Raphael, ele é lá da escola e eu sinceramente tenho que dizer uma coisa, eles são perfeitos um para o outro. Me aproximo dela e mecho em seu braço, ela vira o rosto em minha direção murmurando algo, mas sem acordar, eu sacudo o braço dela com mais força, então que ela abre os olhos sonolenta pisca algumas vezes e olha para o meu rosto, ela imediatamente esbugalha os olhos e eu por instinto ponho a minha mão na sua boca e faço um sinal para ela ficar em silêncio, a ajudo á se levantar e saio puxando-a para a cozinha. Quando já estamos lá dentro, ela me abraça tão forte que eu fico sem fôlego.

-América, como você está? - pergunta ela me soltando do abraço assassino.

-Eu acho que estou. - digo calmamente dando uma falsa examinada em mim mesma.

-Amiga, você é louca, por que você se jogou daquela janela?

-Não me pergunta, pois nem eu sei! - exclamo.

-O que? Então simplesmente te dá na telha uma vontade de se jogar de uma janela e pronto vou pular.

-Exatamente isso. - digo sorrindo.

-Está com fome, vou fazer um café. -diz ela abrindo os armários, concerteza em busca de um bule.

-Estou morta de fome. - digo vendo-a pegar uma panelinha de cabo único.

     Ela vai em direção á torneira encher a panelinha de água, por enquanto eu saio de volta á sala para ver os meus anjinhos dorminhocos. Chego na sala e fico olhando todos ali. Então de repente a porta de um dos quartos é aberta e de lá de dentro Mike sem camisa de calça de moletom, e ao seu lado segurando o braço dele está Telma, os seus cabelos que são lisos e negros estão todos bagunçados, sinto o meu estômago dar uma volta completa dentro da minha barriga, ele então nota que estou na sala.

-América. - ele diz saindo na frente da Telma, vindo em minha direção.

-Cala a boca. - digo erguendo a minha mão, para que ele não se aproxime de mim. -Não venha atrás de mim, e diga isso para a sua "amiga" - digo amiga fazendo aspas - que também não quero nem ver a cara dela.

     Me viro e saio andando de volta para a cozinha, ando em círculos por enquanto vejo Elisa acendendo o fogo para fazer o café, interessante a discussão foi tão rápida, e mesmo assim tão conclusiva, a Telma sabia que eu gostava do Mike e mesmo assim ainda fica com ele. Não considero-a mais minha amiga. Elisa corre novamente abrindo todas as portas dos armários, eu ando até próximo do fogão, fico olhando a água e me espanto quando Elisa me pergunta de repente.

-Que foi América, você estava unânime quando saiu daqui da cozinha e agora você está de cara fechada.

-Nada, eu só...

-Diz logo o que foi Meri, você não me engana pois eu sei que você está zangada.

-É que, que eu vi uma coisa que me decepcionou muito, me deixou... Irada! - digo dando um soco na bancada, e para o meu espanto a água que não tinha nem sinal de fervura, entra rapidamente em ebulição. - Elisa a água já está fervendo.

-O que?! Que fogão potente, quero um. -diz ela vindo correndo com um pote cheio de um pó branco - Vá se jogar uma água América, você está pura salina, aliás como você chegou na praia? Aqui?

-Respondo depois do banho. - digo saindo da cozinha em direção ao meu quarto.

     Eu passo pela sala sem olhar para Telma que está sentada na poltrona no canto, Mike já deve ter ido embora. Entro no meu quarto e pego a minha toalha e vou direto para o banheiro, entro e fecho a porta, agora esse momento é só meu não quero ouvir desculpas esfarrapadas. Ligo a torneira da banheira  e fico vendo-a encher. Penso em como foi estranho, na hora que eu fiquei extremamente zangada,  a água entrou em ebulição, mais só pode ter sido a potência do fogão. Desligo a torneira, me despo e entro calmamente dentro da banheiro, fico relachada e então a lembrança da noite passada invade a minha mente, a sensação de que meu corpo vibra toma conta de mim, então vários choques indolores correm o meu corpo, sinto minha pele se transformar, e de repente, me sinto o mais livre o impossível. Abro os meus olhos e preciso tampar minha boca para proibir o meu grito de sair. Era para eu abrir os meus olhos e ver minhas pernas, mas elas não estão mais aqui, o que está no lugar dela é, uma... uma cauda de peixe. E agora, o que eu faço?
     Depois de alguns segundos pensando, eu tenho a brilhante idéia de sair da banheira, mas não faço idéia de como eu irei sair.
     Seguro na beirada da banheira e jogo com toda a minha força a cauda para a frente e para a minha sorte ela cai para fora, junto mais força nos meus braços e empurro o resto do meu corpo para fora da banheira,  agora aqui no chão eu começo a me arrastar até chegar perto daonde eu pendurei a minha toalha, a seguro e a puxo, começo a me enxugar freneticamente e para o meu alívio assim como a cauda apareceu, ela desaparece. Me encosto na parede com a toalha sobre meu corpo e passo a mão pelos meus cabelos.

-Oh céus, o que está acontecendo comigo?

Olá pessoas, peço que me perdoem por não ter postado o capítulo ontem, mais é que agora eu estou precisando dar mais atenção para história, mas também não deixarei esta como de costume o próximo capítulo ficará marcado para o próximo sábado,  então até lá. 

Beijos♥♡♥

Filha das águasOnde histórias criam vida. Descubra agora