Depois de 10 minutos tentando se acalmar ao som do piano, mas a caminhada, Belle estava perto do cemitério. Já podia ver os parentes que iam fazer as vistas ao amado que se foi.
Seus olhos estavam vermelhos e doíam a cada piscada que dava.
Está coisa de tentar superar não estava dando certo, desabava a cada momento, quer saber ? não estou nem aí, vou me deixar sentir o luto, não é que eu goste de sofrer é que eu acho que preciso botar pra fora tudo que estou sentindo.
Olhou pra entrada do cemitério e viu Rosana encolhida com algumas mulheres que secavam as lágrimas. Belle Limpou as suas próprias lágrimas e respirou fundo sem coragem de colocar os pés dentro do cemitério, como isso era difícil.-Aconteceu a mesma coisa comigo quando cheguei. Disse uma voz conhecida para Belle, olhou pra trás e viu Luan o melhor tio do Lucas, ele era alto e tinha um jeito de motoqueiro. - Como você está ?
- Triste. Disse Belle olhando nos olhos de Luan que estavam vermelhos e inchados. - E você?
-Bom, os meus olhos não estão assim por causa de drogas. Disse Luan sério.
Luan era o tipo de tio que leva os sobrinhos para fazer o que os pais não deixam, um tio super liberal, só que agora dava pra ver que a perda também o fez ficar abalado e perder a sua própria identidade.
A tristeza faz isso.- Vamos entrar Isabely, vamos tentar seguir. Disse colocando as mãos nas costas dela e a empurrando gentilmente para dentro do cemitério aonde entrou a lápide de Lucas á 10 minutos da entrada.
Olhou para os lados e viu varias pessoas que não conheciam e poucas que conheciam, todas pareciam que estavam evitando a lápide. Choravam freneticamente mais evitavam olhar.
A lápide estava afastada de todas as outras.
Ao lado tinha uma árvore que fazia as folhas secas e fracas caírem ao redor como se estivesse enfeitando a grama verde bem aparada.
Levou a mão aos olhos, não conseguia parar de chorar, o clima estava tão triste.
Passou um carro tocando uma música, o clima estava tão pesado que a canção alegre pareceu até deslocada e contraditória.
Olhou para a lápide tão temida, se agachou e leu:- De 1998 á 2015
Brincalhão e melhor filho do mundo.
Lucas Silva.Ficou olhando uns segundos a mais.
Lágrimas rolando nas bochechas.- Isabely. Disse alguém com a voz fraca, olha pra trás e vê Rosana vindo a sua direção.
- Olá. Disse Belle dando um abraço forte na ex sogra
- Eu sinto muito, eu estava tão feliz no ultimo dia com dele...
Rosana não aguentou nem terminar a frase, Belle fez ela se acalmar e logo perguntou, tinha que saber o que tinha acontecido da boca dela.
-Rosana o que aconteceu de verdade, quando me falaram que você atendeu o celular dirigindo eu não acreditei, você não faz isso. Disse Belle segurando as lágrimas
- Estávamos muito felizes com a festa que tínhamos ido, já na volta pra casa Lucas deixou o celular no meu bolso da calça e senti o celular tocar, eu coloquei a mão no bolso e sem querer eu atendi o celular e o deixei cair no chão do carro, Lucas tirou o sinto de segurança pra pegar - lo rapidamente, falava que era Você que estava ligando e que precisava muito falar com o amor da vida dele.
Eu fiquei com ciúmes e mandei ele se sentar que eu mesmo pegava o celular, desviei o olhar do volante do por 1 segundo e já tinha batido o carro.- Eu... Foi na hora que eu liguei. Disse Belle baixinho, abalada com que tinha ouvido.
- Não se culpe, poderia ter sido qualquer um, a culpa foi toda minha. Disse Rosana se desmontando de tristeza e culpa.
- Se eu não tivesse ligado... Disse Belle sussurrando, perdida em seus pensamentos.
- Não se preocupe. Disse Rosana beijando as as mãos da garota em choque e se afastando.
Não podia ser...
Quando eu tinha ligado...Belle, sai correndo do cemitério, inconformada, tudo tinha ido pelos ares porque ela tinha feito uma ligação, por causa que um descuido no trânsito, que droga, estava sentindo mais dor de antes em seu peito.
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Caminhos
RomanceBelle é uma garota forte e sonhadora que namora Lucas o amor da sua vida. Lucas é um garoto bem romântico e brincalhão que sempre faz alguém rir sem medir esforços. O destino tira toda a felicidade, a dor e a angústia consomem tudo depois de u...