Sam acorda com um sobressalto. Seu mundo está girando, e então balança violentamente, e ele
não consegue entender onde ele está, ou o que está acontecendo. Ele está deitado de costas, até onde
consegue perceber, no que parece ser madeira, largado em uma posição desconfortável. Ele está
olhando diretamente para o céu, e vê as nuvens se movendo erraticamente.
Sam estende a mão, agarra um pedaço de madeira, e se levanta. Ele fica parado, piscando
enquanto seu mundo ainda gira, e analisa suas circunstâncias. Ele não consegue acreditar. Ele está em
um barco, um pequeno barco a remo, de madeira, deitado no chão, no meio de um oceano.
Ele balança violentamente no mar agitado, à medida que as ondas o levam para cima e de volta
para baixo. O pequeno barco range e geme com o movimento, subindo e descendo, balançando de um
lado para o outro. Sam vê a espuma das ondas quebrando ao redor dele, e sente o vento frio e
salgado molhando seu cabelo e seu rosto. É o começo da manhã, na verdade, um belo amanhecer,
com o céu se abrindo em uma infinidade de cores. Ele se perguntava como poderia ter parado ali.
Sam se vira e examina o barco, e assim que faz isso avista uma figura deitada ali, sob a luz fraca
da manhã, encolhida no chão e coberta com uma manta. Ele se pergunta quem poderia estar presa
com ele naquele pequeno barco no meio do nada. E então uma estranha sensação atravessa seu corpo
como uma corrente elétrica, e ele sabe quem é aquela pessoa. Ele não precisa ver o rosto dela.
Polly.
Cada osso no corpo de Sam lhe diz que é ela. Ele fica surpreso com a forma como ele sabe tem
tanta certeza, a maneira como ele se sente ligado a ela e como seus sentimentos mais profundos estão
relacionados a Polly, quase como se eles fossem um só. Ele não entende como isso poderia ter
acontecido tão rapidamente.
Enquanto ele fica ali parado, olhando para ela, imóvel, de repente ele é tomado por uma sensação
de pavor. Ele não consegue dizer se ela está viva ou não e, naquele momento, ele percebe como
ficaria devastado se ela não estivesse bem. É quando ele percebe, finalmente, de forma inequívoca,
que a ama.
Sam fica em pé, tropeçando no pequeno barco quando uma onda se aproxima e o balança, e
consegue dar alguns passos e ajoelhar-se ao lado dela. Ele estende a mão e gentilmente afasta a
manta, sacudindo seus ombros. Ela não responde, e seu coração bate forte enquanto ele espera
alguma reação.
"Polly?" ele chama.
Nenhuma resposta.
"Polly," diz ele, com mais firmeza. "Acorde. Sou eu, Sam."
Mas ela não se move, e ao tocar a pele nua de seu ombro, Sam tem a sensação de que ela está
gelada. Seu coração para de bater. Seria possível?
Sam inclina-se e segura o rosto dela entre as mãos. Ela é tão bonita quanto ele se lembrava, sua
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Prometida
VampireCaitlin e Caleb se encontram na Escócia medieval, no ano de 1350, um período de cavaleiros e armaduras, castelos e guerreiros, da busca pelo Cálice Sagrado que, acredita-se, detém o segredo da imortalidade vampira. Chegando à antiga Ilha de Skye, um...