Caitlin e Caleb voam pelo céu no fim da tarde, em direção ao norte até a costa da Escócia, a
caminho do Castelo de Dunnottar. O coração de Caitlin bate acelerado. Ali estão eles, a poucos
passos de seu destino final, de encontrar a quarta e última chave, de encontrar o próprio Santo Graal.
Ela se sente mais perto de seu pai do que nunca antes, tendo a sensação de que ele está ao alcance de
suas mãos. Ela consegue, finalmente, sentir que sua jornada, sua missão, está chegando ao fim. Ela
fica animada, aliviada e nervosa ao mesmo tempo. Será que ele estaria lá, esperando para
cumprimentá-la? Será que ele estaria esperando com o escudo vampiro?
Enquanto Caitlin voa, segurando a mão de Caleb, ela reflete sobre sua confusa jornada pela
Escócia. O Castelo de Dunvegan, a Ilha de Skye, o Castelo de Eilean Donan, a Capela Rosslyn... Ela
não consegue deixar de pensar na antiga Bíblia, encontrada nas criptas de Rosslyn, vendo a imagem
do escudo quando as duas páginas tinham sido colocadas juntas. A pista tinha sido muito bem
guardada e protegida, e cada lugar tinha oferecido apenas o menor indício de onde eles deveriam ir.
Mas agora tudo está finalmente se encaixando, e Caitlin sente com certeza que aquela seria a parada
final. Depois de horas de vôo, a paisagem finalmente muda, ao sobrevoarem a costa escocesa. E ao
fazerem uma curva, um castelo surge diante deles, Caitlin sabe que aquele só poderia ser Dunnottar.
A visão tira o fôlego de Caitlin. Ela nunca tinha visto nada assim: aquele é o castelo mais remoto
e pitoresco que ela já tinha visto. Construído na beira de um penhasco centenas de metros acima do
oceano, o castelo fica orgulhosamente na borda de uma pequena área verde, perdido em meio às
nuvens, como se estivesse estendendo a mão para tocar o céu. A pequena ilha, grande o suficiente
apenas para acomodar o castelo, é ligada ao continente por uma estreita faixa de terra. Aquele é o
lugar mais bem protegido que Caitlin já tinha visto. Cercado por penhascos íngremes e água por
todos os lados, ninguém ousaria atacá-lo. A única outra maneira para entrar ou sair dele é a estreita
faixa de terra que o liga ao continente, um gargalo, facilmente protegido, com penhascos afiados em
ambos os lados.
O castelo de Dunnottar em si é uma bela obra prima arquitetônica, com parapeitos redondos e um
grande pátio quadrangular interno. Parcialmente escondido pela bruma, ele parece ter sido extraído
de um dos sonhos de Caitlin. É um lugar místico, e se ainda houvesse algo poderoso para ser
encontrado, certamente aquele é o lugar ele estaria.
Caitlin olha para Caleb, e pode ver que ele está igualmente impressionado pela visão. Eles
circulam novamente, absorvendo tudo o que vêem. Não importa quantas vezes ela sobrevoe o lugar,
Caitlin continua admirada.
Quando eles tentam voar mais perto, Caitlin sente um escudo invisível que os mantém distantes.
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Prometida
VampireCaitlin e Caleb se encontram na Escócia medieval, no ano de 1350, um período de cavaleiros e armaduras, castelos e guerreiros, da busca pelo Cálice Sagrado que, acredita-se, detém o segredo da imortalidade vampira. Chegando à antiga Ilha de Skye, um...