Capitulo 4 - CTH

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17 de Março, 2014

POV AMELIA

... era um homem estranho, que eu não reconhecia pelo rosto. Ele usava um terno preto e um óculos com as lentes absurdamente escuras. Parecia um daqueles espiões dos filmes. Eu e Leah estávamos tentando nos soltar dos braços dele, mas ele era muito forte e ainda nos algemou. Com ele nos segurando e nossas mãos algemadas, não conseguíamos fazer nada. Tentamos gritar, mas ninguém nos ouviu. Ele tirou um tipo de aparelho do bolso de seu terno, disse o que parecia ser uma espécie de código e nos levou até uma saída da escola que nem eu sabia que existia. Saímos de lá e ele nos colocou no banco de trás de um carro branco um pouco menor que uma limusine e deu a partida. Eu tentava abrir a porta do carro, mas não conseguia, ela estava travada. Leah tentava fazer o mesmo e como eu, não conseguia. Quando aceitei que não conseguiríamos sair dali, percebi que aquele carro não era um carro comum. Havia muitos assentos e todos brancos. Tinha várias TVs, notbooks, uns aparelhos iguais aos de espiões de filmes e no fundo havia muitas armas, umas enormes, outras pequenas. Algumas eram bem diferentes. Eu nunca tinha visto armas daquele jeito, nem mesmo em séries ou em filmes. Não sei porquê, mas aquilo não parecia um sequestro. Depois de uns 10 minutos, o homem que estava dirigindo foi para um beco muito estranho. Ele estava indo em direção à um muro, cada vez mais rápido. Eu tinha razão, aquilo não era um sequestro, era um suicídio!!! Eu e Leah começamos a gritar. Quando estávamos quase batendo no muro, nós demos as mãos, com dificuldade, pois estavámos algemadas e fechamos os olhos. Não conseguia pensar em nada de bom, só em minha morte. Talvez o destino fosse cruel. Passou um tempo e eu não senti nada. Tinha passado muito tempo para ainda não termos batido naquele muro. Resolvi dar uma espiada. Quando abri os olhos, me deslumbrei com o que vi. Toquei no ombro de Leah, disse que estava tudo bem e que ela podia abrir os olhos. Não sei o que aconteceu com aquele muro, nem como a gente não bateu nele. O lugar que aquele homem nos levou... parecia o futuro... a primeira coisa que vi era um portão de uma construção enorme toda branca. Tinha um tanto de carros iguais ao que eu e Leah estávamos. No alto dessa construção tinha as siglas "CTH" e eu não fazia ideia do que significa. Tinha vários robôs que pareciam se mover automaticamente. O homem estava indo com o carro em direção ao portão, onde tinha dois seguranças robôs. Não consegui deixar de perguntar:

- Onde estamos?

Ele permaneceu em silêncio e foi com o carro até o lado de um dos robôs, deu um cartão para ele, que inseriu-o em um buraco exatamente do tamanho daquele cartão e disse: "Identificado". Nesse momento o portão se abriu. O homem foi para um local que parecia ser um estacionamento exclusivo. Saímos do carro e ele nos levou para dentro da "CTH". Ainda não confiava muito nele, mas se ele quisesse nos matar ou nos sequestrar, provavelmente não nos levaria para um lugar como aquele. Entramos no elevador e ele apertou num botão para irmos ao andar 137. Enquanto subíamos, ele tirou nossas algemas e eu rapidamente perguntei tentando puxar assunto:

- Qual o seu nome?

- Rick.

- Então Rick, onde exatamente nós estamos?

O elevador chegou ao andar 137 e a porta se abriu, ele saiu do elevador, apontou para uma parede de vidro, que por trás dela parecia ter uma academia e disse:

- Vocês vão ver agora.

Fomos para lá. Era enorme. De um lado, tinha várias pessoas com umas luvas estranhas socando manequins, do outro, havia várias pessoas atravessando obstáculos, como paredes, postes, mas elas estavam literalmente, atravessando. Quando vi aquilo, pensei ser algum tipo de efeito especial, mas parecia tão real. Depois que percebi. A "CTH" devia ser algum tipo de academia para pessoas com habilidades como a minha e a de Leah, ou seja, poderes. Por isso Rick levou nós duas para lá. Quanto mais andavámos, mais coisas extraordinárias víamos, como por exemplo, vários campos de batalha onde as pessoas não lutavam fisicamente. Uns lutavam com a mente, outros com gestos, e alguns levitando e destruindo coisas. Mas, de tudo isso, o que mais me chamou atenção foi uma cabine grande com as paredes de vidro onde havia um garoto treinando. Apareciam vários hologramas de pessoas correndo em direção á ele, mas seus ossos saíam de sua pele atacando todos os hologramas e fazendo-os desaparecer, pois ele atirava nas camêras que projetavam os hologramas. Para ser sincera, não foi só a cabine que me chamou atenção, mas o garoto também. Mesmo com ele correndo, eu consegui ver seus lindos olhos verdes, seus cabelos brancos, mas não grisalhos, brancos como se fosse uma tintura e que estavam incrivelmente despenteados, como se ele tivesse ajeitado o cabelo para ficar bagunçado mesmo e sua pele era branca, como se ele tomasse Sol durante 5 minutos por dia. Ele estava usando uma camisa xadrez vermelha e cinza, uma calça jeans comum e um All Star preto, aparentava ter mais ou menos 16 anos. De repente alguém tocou em meu ombro, o que tirou minha concentração. Olhei para trás e vi um homem de mais ou menos 50 anos, com cabelos grisalhos, uma roupa toda branca, um tênis amarelo florescente e bem... "fofinho". Ele olhou para mim com uma expressão séria. Depois abriu um grande sorriso e disse todo empolgado:

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