Eu te amo vocês (Uniq)

Muito muito desculpa!

-Tu não faz nada nessa casa!Nos mudamos para o outro lado do mundo e mesmo assim tu não muda,
ja to cansada disso Sarah,você só vive no seu mundinho e não assume suas responsabilidades!

Eu to é cansada dela,fez eu deixar tudo no Brasil ,vive com essa história de recomeçar e recomeçar
como se tudo fosse mudar apenas porque trocamos de país,estamos na Coréia é longe mas,não da pra fugir dos problemas.
Saio correndo porta a fora,nós nos mudamos pra perto de uma estação de trem,metro ou sei lá,compro um passe pra algum lugar que não faço
ideia qual seja,minha viagem foi rápida não reparei em nada nem ninguém,fiquei com a briga ecoando na minha cabeça,desci em uma estação aleatória e
no mesmo momento me arrependi pois eu não fazia ideia onde estava.
Eu atravessava ruas e ruas e não via nada familiar,comecei a chorar e a correr rápido para atravessar,não me importo só quero sair daqui continuo
correndo e esbarro em alguém,senti o impacto e caio no chão com tudo.

-Ai!ai minha cabeça,você não olha pra frente? - Quando eu encaro em quem eu me esbarrei,fico um tempo com a boca aberta
meu deus acho que é a pessoa mais linda que eu ja vi,ele tinha cabelo castanho e tinha um sorriso lindo os olhos puxados mais bonitos que eu já vi.(eita)
-Muito Muito desculpa!- Ele disse com uma cara de preocupado. Meu deus ele fala português,que sorte é essa?
Eu fico olhando por uns cinco minutos sem saber o que responder,primeira vez no ano que não falaram aquela língua de ET comigo,eu abro um sorriso idiota.
-Tudo bem? - ele pergunta me ajudando a levantar,eu me levanto e me recomponho.
-Ta tudo bem,eu acho.- Passo a mão na minha cabeça onde estava doendo e vejo um pouco de sangue.
-Você precisa de um médico.- Ele me encara por uns segundos me deixando vermelha e começa me puxar pela mão.
-O..o..Onde estamos indo?.- Pergunto assustada.
-Hospital .- ele me responde sem olhar pra mim,que estou com uma cara nada boa,eu não gosto de hospitais,nem de agulhas,só de pensar me vem um arrepio.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxCHEGANDO NO MÉDICO SENDO ARRASTADAxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Ele fala algumas coisas na língua estranha e a moça me olha preocupada,me levando numa sala,quando senti um puxão notei que estava segurando firme
a mão dele,solto rapidamente com cara de tacho e ando com a enfermeira, ela fica falando coisas que não entendo e do nada ela pega uma injeção.
-COMO ASSIM ? EU SÓ CAI NO CHÃO,TO BEM TO ÓTIMA,TCHAU.- eu sai correndo sem nem olhar pra trás,nunca vi injeção só por cair no chão,
continuo correndo tentando achar aquele menino e acabo não achando,eles normalmente são todos parecidos mas,aquele era bem diferente,chamava minha atenção de longe
fico procurando feito louca,olhando para todos os lados tentando achar ele.
Não consigo encontrar e começo a ficar nervosa,sinto as lágrimas na hora caindo sobre minha bochecha,não pode ser,a única pessoa que eu falo sem ser minha mãe
e eu perdi ela assim,sinto uma mão no meu ombro,como se me tranquilizasse eu olho para trás e vejo ele me olhando como se não tivesse entendendo nada,eu começo a sorrir
ele simplesmente sorri de volta fazendo eu sentir um calor nas bochechas,sim ele me deixou vermelha só sorrindo,sou uma tapada desvio o rosto.
- Por favor me tira daqui.- Eu peço cansada de correr de tudo.
Saimos do hospital e eu segui ele enquanto íamos para algum lugar que não faço ideia.
-Meu nome é Sarah.- Eu disse evitando encarar ele por muito tempo,to a tanto tempo longe de pessoas que não sejam minha mãe que não sei mais como agir.
-Meu nome é Cho SeungYeon mas,pode me chamar de Luizinho.- Eu ri disso tipo daonde que Cho sla o que é Luizinho?
-Por que esse nome?- Eu perguntei rindo um pouco.
-Eu era jogador de base do Corinthians e eles acabaram me chamando de Luizinho.- Ele diz sorrindo orgulhoso.
-Ah entendi,por isso de você saber Português!- -Chegamos.-Ele me interrompe,me puxando pela mão,essa disgrama adorou me puxar né.
eu não entendo que caralhos de lugar é aquele,ate que eu vejo *SORVETE* sim gente sorvete que delicia cara e-e.
-Sorvete!- eu falo e saio andando na frente dele,pego o potinho e vou me servir não entendo nada,fico esperando ele com cara de confusa
Luizinho se aproxima fazendo carinho no meu cabelo e sorrindo.-Me ajuda eu não to entendendo nada.- ele começa a rir que nem um idiota chamando atenção de todo mundo.
Ele me ajudou lendo os sabores pra mim. - Esse é Wasabi.- Eu olho pra ele e pergunto -Esse é bom?- ele da um sorriso meio estranho e diz-Claro que é,você devia experimentar.-
logo mudando sua expressão pra algo fofo,eu inocente pego o wasabi.
Ele morango e não sei o que,eu peguei wasabi,chocolate e flocos.Nos sentamos e ele me perguntou apreensivo.
- O que você está fazendo aqui?Por que corria tanto?
Contei da briga e tudo que aconteceu,o sorriso de seu rosto acabou em um olhar de preocupação quando eu falei que estava perdida.
-então é isso o que aconteceu.- eu falei chateada,coloquei uma colherada de sorvete na boca e comecei a ficar vermelha.
-AIIII CARALHOOO ARDE ARDE ARDE AI MEU CU! ÁGUA AGUA PELAMOR!.-Ele começou a rir que nem doido quase caindo da cadeira,me alcançou a água e depois de muito tempo
me acalmei.
-Luizinho seu idiota.-Falei puta da cara.
-Muito Muito desculpa.- ele disse fazendo cara de cachorro que caiu da mudança,peguei um pouco de sorvete e passei no rosto dele comecei a rir que nem doida por causa
da cara bosta que ele fez.
Quando saimos da sorveteria ja estava escurecendo.- Vou te ajudar a procurar sua casa,enquanto isso você pode ficar no hotel comigo,juro que não vou fazer nada, você não pode ficar na rua
aqui é perigoso.- ele me encara esperando minha resposta e com medo de parecer estranho esse convite,eu pensei por um tempo,eu não tenho dinheiro nem pra onde ir,tinha que aceitar.
-Tudo bem muito obrigado, de verdade você me salvou.- Ele passa o seu braço sobre meus ombros e vamos até o hotel que não ficava muito longe,conversamos bastante no caminho,ensinei novas palavras em português
e ele tentou me ensinar mas,não deu muito certo.
Chegando lá ele me guiou ate o quarto e quando entrei dei de cara com mais quatro meninos que ficaram me encarando com uma cara nada boa.