Parece certo

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- Não WenHan. Falo enquanto me afasto lentamente.
Ele me encara parecendo decepcionado.
- Desculpa, mas acho que é muito rápido.
- Tudo bem, tem razão é a primeira vez que saímos, me desculpa por isso. Ele fala se recompondo, da um sorriso desajeitado.
O táxi chega, entramos ainda sem jeito.
Percorrermos o caminho em silêncio, um pouco tenso.
Chegamos no hotel, entramos no elevador e o clima estava pesado, estava tudo dando errado, primeiro a situação com o Luizinho e o Yixuan, depois Yibo e SungJoo tirando sarro e agora o WenHan magoado comigo, causando mais torta de climão, torta é pouco, uma confeitaria inteira de climão.
Chegamos no nosso andar, WenHan vai andando na frente, pronto pra sair, em um impulso eu fecho a porta do elevador, coloco pra ir pra cobertura.
Ele me encara confuso.
- O que está fazendo? Me pergunta com uma expressão confusa.
- Quero falar com você, não quero um clima ruim entre nós sabe, a gente a recém ta se aproximando, não quero um distanciamento entre nós. Falo em um tom suave, sorrio pra ele enquanto coloco os cabelos pra trás da orelha.
- Tudo bem. Ele concorda retribuindo o sorriso.
Chegamos na cobertura, andamos pelos corredores do hotel.
- Vem! Puxo ele pela mão, vou guiando até uma escadaria.
Ele parece se divertir e também confuso.
- Onde estamos indo? WenHan pergunta, sua voz soava divertida, mas sua respiração era pesada, pois estávamos subindo as escadas rápido.
- Você vai ver quando chegarmos.
Logo chegamos, uma porta de aço estava na nossa frente.
Olho pra WenHan que cada vez parecia mais ansioso.
- Ei, tem medo de altura? Vejo seu olhar se direcionar da porta para o meu rosto e vice-versa. Rio de sua reação, empurro a porta e vemos o céu, já escurecendo.
WenHan anda mais a frente me puxando pela mão, sua não engolia a minha, grande e forte, pegando a minha com firmeza, mas com cuidado.
Ando ao seu lado, o seguindo.
Paramos na beirada do prédio, fico o encarando, sua expressão era divertida e ele parecia realmente em paz aqui em cima, desvio o olhar.
Ficamos observando os prédios da cidade que tocavam as nuvens, até que corto o silêncio, que dessa vez não era desconfortável.
- Ei, está tudo bem entre nós, não está? Pergunto me virando pra ele e me sentando no chão.
Ele se senta ao meu lado e me dirige seu olhar.
- Claro que está, eu que tenho que perguntar isso, eu que fui rápido demais, espero não ter passado a impressão errada e não quero me afastar.
Rio dele.
- O que foi? Não ria enquanto to me abrindo pra você, mal educada. WenHan fala brincando e me cutuca levemente com o braço.
- Vamos, está ficando frio aqui. Ele se levanta me ajudando a levantar.
- Vamos, o vento ficou forte de repente. Concordo enquanto andamos sem pressa até a porta.
Passo as mãos nos meus braços, tentando me proteger do frio, ele chega perto, tira sua peça e me veste com a mesma.
- Obrigada. Falo sorrindo.
Ele me encara, ainda com as suas mãos em meus ombros, ajeitando sua roupa no meu corpo.
- De nada. Ele responde falando baixo, pronto pra se virar e continuar andando.
- Ei WenHan - O chamo esperando ele se virar, minhas mãos estão suando frio, meu coração parece estar na boca, não sei porque, mas parece certo. Nesse momento parece certo, parece ser tudo o que quero fazer.
Coloco meus braços sobre seus ombros, entrelaçando seu pescoço, passo meus dedos em seus cabelos da nuca, sua respiração está pesada perto de meu rosto a minha também, nossos batimentos acelerados, sinto como se eu pudesse ouvir nossos corações pulsando alto.
Aproximo nossas bocas, apenas tocando nossos lábios levemente, logo ele corresponde, colocando suas mãos em minha cintura, me puxa pra perto, colando nossos corpos e sua outra mão invade meus cabelos, chegando até minha nuca, entrelaçando os dedos nos fios de lá deixando o nosso selar mais intenso, ele aproxima ainda mais nossos corpos, como se fôssemos nos fundir em um, pede passagem com a língua, seu toque era forte, seu beijo suave logo ficando intenso, sua língua passeava em minha boca, ora meus lábios recebiam leves mordidas ora eram sugados, eu correspodia em sua mesma intensidade, sua mão apertava ainda mais minha cintura, só paramos quando se foi necessário respirar.
Eu estava corada, nossos corpos estavam quentes mesmo com todo o vento frio que nos atingia naquele terraço, nos encaramos sorrindo bobos.
- Acho melhor sairmos daqui. Falo nos separando, ele concorda e entramos no hotel.
Logo estávamos no nosso andar, paramos em frente a minha porta.
- Hoje o dia foi muito incrível. Obrigado de verdade, seria uma visita  horrível ao hospital. Falo sorrindo.
- De nada, seria uma tarde vazia, provavelmente tediosa, me diverti muito hoje, espero que a gente possa fazer isso mais vezes.
- Isso você quer dizer sair né? Pergunto um pouco nervosa, começo a corar ao perceber a bobagem que falei. Ele ri de minha resposta.
- Claro que seria sair, o que mais pode ser? Ele pergunta em um tom divertido, se aproxima e rouba um selinho demorado.
- Até mais. WenHan se vira e entra em seu quarto.
Fico encarando o nada, pensando no dia de hoje com um sorriso bobo, entro no quarto e me jogo na cama.
- O que acabou de acontecer? Eu me pergunto em voz alta.
Começo a rir e pular na cama.
- EU SOU SORTUDA PRA CARALHO! Falo rindo e pulando.
Paro de pular e me sento na cama, pego o telefone e peço serviço de quarto, como muito, assisto televisão até pegar no sono.
- Luizinho?! Luizinho?! Acordo chamando seu nome, minha respiração acelerada, meu travesseiro estava molhado de suor e meu cabelo também, meu coração estava apertado, eu tinha um pressentimento ruim.
- Ótimo, um pesadelo! Falo comigo mesma enquanto me levanto, pego um pouco de água e bebo tentando me acalmar, vou pro chuveiro e tomo um banho, falho miseravelmente em me acalmar.
Me jogo na cama encarando o teto, pensando sobre aquele sonho ruim, fico pensando na ideia de ligar pra saber se ele está bem, mas seria estranho ligar no meio da noite.
- Não seria, tu ta preocupada, liga logo! Falo em voz alta tentando me encorajar.
Pego o telefone do hotel, disco o número de Luizinho, chama uma, duas, três e até cair.
- Ai, que merda! Digo ao telefone, sem ninguém do outro lado da linha.
Disco de novo, chama e chama, até que alguém atende.
- Luizinho! Você está bem? Pergunto nervosa, ansiosa pra ouvir sua voz.
- Oi,  Ele ta dormindo, mas está bem, quem quer falar com ele? Ouço uma voz feminina do outro lado da linha, meus olhos começam a marejar, sinto um nó na garganta.
- Não era nada, depois eu ligo. Respondo com a voz embargada desligando o telefone.
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NOTINHAS: Dois caps como desculpas pela demora, não esqueçam de comentar! Mais comentários, mais capítulos.
Obrigado por todos comentários, vocês são demais UNICORNS ♡

Eu te amo vocês (Uniq)Onde histórias criam vida. Descubra agora