CAPÍTULO IV

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Oiiiii, gente! Eu quero agradecer pelas leituras, pelos comentários e pelos votos. Valeu mesmo! Amo vocês. Esse capítulo é dedicado ao pessoal do grupo do What's Leitoras da Clara. Obrigada, meninas!

Boa leitura!

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Depois que o Sam foi embora, eu voltei para casa. Eu estava me xingando mentalmente por não ter conseguido dizer tudo o que eu queria, tudo o que eu sentia, para o Sam. E eu sabia que ele estava esperando qualquer palavra, por mais sutil que fosse, assim como ele havia feito. E quando ele fez aquele gesto carinhoso ao limpar o meu rosto e eu simplesmente me afastei, soube que não estava segura. Não ainda. Idiota!, disse para mim mesma, É isso o que você é, Aurora, uma grande e completa idiota!

Os meus pensamentos de auto-piedade foram interrompidos pela entrada repentina de Virgínia na sala.

— Você está bem? – ela perguntou depois de me ver jogada no sofá, olhando para o teto.

— Só... pensando. – eu respondi vagamente consciente do que ela estava me perguntando. Eu estava imersa em pensamentos.

Eu devia ter dito de uma vez. Devia ter falado o quanto o amo.

— Você não conseguiu dizer a ele, não é mesmo? – eu não precisei responder. A minha expressão já dizia tudo. Ela balançou a cabeça como se eu fosse a maior covarde que ela já havia conhecido na vida. – Francamente, Aurora, não é tão difícil assim falar três palavrinhas para um cara que obviamente já suspeita de que você quer dizer essas palavrinhas e que obviamente também quer dizer essas três palavrinhas.

— Eu travei, okay​? – eu me irritei com a Virgínia por ela sempre fazer da minha vida amorosa um de seus contos e por ficar repetindo a expressão três palavrinhas. E me irritei comigo por ficar irritada com ela. – Não é assim tão fácil, Vi. Eu não sei. É estranho estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

— Vocês que inventam essa dificuldade toda. – ela revirou os olhos, claramente irritada comigo por ser tão idiota e metê-la em meus problemas amorosos.

— E a senhorita pode fazer melhor que isso, por acaso? – olhei ceticamente para a minha prima. – Sinceramente, Vi, é muito complicado.

— Tudo é muito complicado para você, Aurora. – Virgínia disse.

— Eu não sou você que resolve seus problemas com tanta facilidade que causa inveja. Eu não sou a Sandra que consegue ser tão racional mesmo quando o assunto é amor. – murmurei. – Eu sou emotiva e impulsiva. Eu me permito sentir. E, no momento, eu sinto um enorme medo de me entregar novamente a esse sentimento e ser terrivelmente magoada. Você não entende, Vi? Ele deixou esse enorme buraco no meu peito. Eu sei que só ele pode preenchê-lo, mas, mesmo assim, eu não sinto que estou pronta para arriscar.

— Olha só, você tem que parar de ser tão covarde. Eu sei que você é essa pessoa que se joga de cara no que sente. – ela suspirou. – Eu só estou pedindo que você se jogue no sentimento certo. No sentimento que importa de verdade. E não é a covardia.

Como sempre, ela tinha razão. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a campainha tocou. Eu fui ver quem era.

— Ah, Sandra! – eu disse assim que a vi.

— Estou atrapalhando? – ela perguntou, enquanto olhava pela sala.

— A Virgínia já te falou, não é? – eu suspirei.

— Hum... – ela estava olhando para a minha prima, que nem tentava disfarçar.

— Culpada! – Virgínia sorriu para mim sem jeito. Eu apenas revirei os olhos.

A Garota Que Você EsqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora