LIVRO I - AURORA - CAPÍTULO I

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Oi de novo, gente! Resolvi publicar logo o cap. 1. Comentários, please. Bjão.

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Um ano depois...

— O que você acha? – Sandra perguntou.

— Hum, não sei. Você está saindo com esse cara só há um mês. Vocês nem se conhecem direito. – eu opinei.

— É verdade. – Sandra tomou um gole de café. – Você tem razão, não há motivos para eu ter pressa.

— Além disso, se ele gosta de você tanto quanto diz, não vai protestar diante a sua decisão. Diz que vocês precisam de um pouco mais de tempo para se conhecerem mais. Que, por enquanto, vocês seguem como amigos. – eu completei. Sandra ficou me observando em um silêncio desconfortável. Até que eu não aguentei mais. – Tudo bem. O que foi?

— O que foi, o quê? – ela perguntou.

— Você fica me olhando desse jeito. Você quer falar algo. Vamos! Desembucha!

— Tudo bem. – Sandra suspirou. – É que você está meio... Desculpe... Forçada.

— Dá para perceber? – eu perguntei, meio cabisbaixa.

— Sim. O que houve?

— É que... É que hoje completa exatamente um ano. – eu disse.

— Ah. – ela tomou mais um gole de café. Eu não precisava falar mais nada. Ela sabia do que eu estava falando. – Desculpe! Você está bem?

— Não sei. – respondi com sinceridade.

— Acho que já está na hora de você esquecer isso. Sério. Não vai fazer bem algum.

— Não é tão simples. – eu disse, enquanto encarava o meu copo de café. – Não quando eu ainda o amo tanto.

— Aurora... Ele traiu você. E isso foi há um ano. Você tem que seguir em frente. – Sandra segurou as minhas mãos em cumplicidade. – Vamos! Hoje você vai se divertir.

— Mas...

— Não quero desculpas! Você sempre tem motivos para não sair comigo. Poxa, nós somos amigas. As melhores. Hoje você vai sair comigo nem que eu tenha que arrastá-la. Nós vamos para uma balada. Fique linda, vamos arranjar um novo amor para você!

— Não quero um novo amor. - eu disse, tentando ser convincente. – Quero remoer o meu sofrimento até os meus últimos dias, depois de ter sido uma velha rabugenta e solteirona.

— Você não quer isso. Você só tem vinte anos. Ninguém da nossa idade quer virar solteirona. – Sandra contestou com aborrecimento fingido. – Vamos lá, Aurora! Você precisa se divertir!

— Tudo bem! – revirei os olhos. – Você venceu!

— Oba! – Sandra bateu palmas de empolgação. – Passo na sua casa às vinte e uma horas. Não me faça esperar, você sabe o quanto eu odeio.

— Sei. Você faz questão de me lembrar isso há três anos.

— Fico feliz que você não esqueceu. – Sandra disse com um sorriso travesso. – Agora, eu tenho que ir. Tenho um encontro marcado com o Sérgio.

A Garota Que Você EsqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora