LIVRO III - CAPÍTULO XIX

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Sam estava feliz. Finalmente havia chegado o grande dia. Ele havia conseguido se formar. Agora ele poderia orgulhar os seus pais, principalmente após o trabalho que ele havia dado para eles. Não podia deixar de fazer toda a retrospectiva dos anos que havia passado na universidade. Todos os rolos em que havia se metido no seu primeiro ano. Em todas as palhaçadas que seus amigos e ele fizeram. Em todas as dificuldades. Suara muito a camisa para chegar até ali e sabia que, de agora em diante, iria ser bem mais difícil. Mas, para quem passou por todas as coisas que ele passou no último ano, Sam achava que tiraria o resto da vida de letra.

Ele estava de terno e gravata. Ele sempre implicava com seu pai por usar terno e gravata o tempo todo. Não entendia porquê ele tinha que usar aquilo. Continuava sem entender. Ele realmente odiava aquela coisa apertando a sua garganta. Enquanto estava em seu quarto, pensava no quanto a sua vida havia mudado, no quanto ainda mudaria, então sua mãe chegou.

- Sam, você está bem? - ela perguntou. Passou a perguntar se o filho estava bem todas as vezes que o via desde o acidente.

- Sim, mãe. - ele respondeu, sorridente. - Apenas tentando imaginar que tipo de jornalista vou ser.

Sra. Regina sorriu.

- Parece que foi ontem que você chegou em casa todo sorridente, dizendo que havia passado no vestibular. - ela disse com olhos cheios d'água. - Estou tão orgulhosa, filho.

- Obrigado, mamãe.

- Não vou chorar. Eu vou reservar isso para quando você receber o canudo. - sra. Regina riu. - Vamos. Está na hora.

A caminho da universidade, Sam ficou observando todas as pessoas que ele via na rua. Ficava imaginando o que se passava na vida delas, se alguma delas teria histórias para contar tão absurdas que ninguém jamais acreditaria. Ele achava que sim. Sam passou a acreditar que na vida tudo é realmente possível, até as coisas mais bizarras. Decidiu que não duvidaria mais das pessoas. Daria crédito às suas histórias, mesmo se a sua razão o alertasse para sair de perto dessa pessoa porque ela só podia ser completamente pirada.

Sam saiu do carro e foi até o banheiro masculino para vestir a beca e se encaminhar ao local da cerimônia. Todo o lugar tinha cheiro de felicidade. Todos os seus amigos estavam felizes com esse dia tão esperado. O dia em que todos haviam realizado um sonho.

- Ei, Sam, amigão. - Lucas disse, assim que o viu. - Depois da cerimônia nós vamos nos divertir em nossa festa, certo?

- Claro. - Sam sorriu. - Agora somos jornalistas. Temos que comemorar.

- É isso aí. - Lucas disse. Então viu Monique. - Opa, deixa eu dar o fora!

- Oi. - Monique disse. - Hum, por que ele saiu daqui desse jeito?

- Não sei. - Sam sorriu. - Você está linda.

- Obrigada. Demorei um tempão me arrumando para impressionar um cara que não está nem aí para mim. - Monique disse de forma brincalhona.

- Hum, desculpe. - Sam disse, envergonhado.

Monique sorriu.

- Oh, não, Sam. Não se preocupe. Essa fase já passou. - ela explicou. - Além do mais, não é de você que estou falando.

- Ah, não? - Sam sorriu. - E de quem é?

- Bem, é o Lucas. Ele está me evitando. - Monique respondeu um pouco triste. - Eu vim falar com você principalmente por causa disso. Queria saber se eu não tenho nenhuma chance. Você pode me ajudar?

- Claro. - Sam sorriu. - Vocês formam mesmo um belo casal.

- Obrigada! - Monique deu um abraço em Sam. - Fico te devendo essa.

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