Capítulo 1

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Tem dias que a correria do dia a dia fazia com que ela não visse Rafa durante alguns dias da semana. Já era quarta-feira e desde domingo que não o via pessoalmente. Ela estava trabalhando numa empresa de táxi aéreo do outro lado da cidade, e ficava difícil de encontrá-lo durante o dia.

Tinha 4 meses que havia terminado o curso e há 2 estava nesse trabalho. Era um sonho que estava começando a realizar, precisava ainda de muitas horas de vôo antes de se aventurar em aviões maiores.

Tinha feito dois vôos rápidos na parte da manhã e agora a tarde estava com 3 horas livres, mas mesmo assim, não daria pra ir e voltar pro trabalho, se quisesse encontrá-lo.

Era pouco mais de 14 hs e ela ligou pra ele.

- Oi amor... - disse se jogando no sofá da sala de pilotos - antes que você fale qualquer coisa... eu tô com saudades garotinho.
- Pow pretinha, nem me fale, tô pra pegar o carro e ir aí sequestrar você... - Rafa deu uma pausa e continuou - isso tem que acabar Tá, já falamos sobre isso...

Talita suspirou no telefone, sabia do que ele estava falando. Estavam juntos há um ano e meio, e desde que fizeram um ano, numa viagem que tinham feito pela Itália, ele a tinha chamado pra morar com ele. Ela que sempre morou onde lhe dessem abrigo ficou e ainda estava na dúvida de dividir o apartamento com ele. Ela prezava muito sua liberdade e principalmente sua relação com ele, tinha muito medo que o relacionamento mudasse se fossm morar juntos. Voltou sua atenção pra ele, que estava falando que hoje ela dormiria em seu apartamento não dando espaço pra recusas. Talita apenas concordou, porque estava mesmo com muita saudades do seu homem. Ele chegaria tarde e pediu pra ela esperá-lo acordada. Talita riu, porque ultimamente ela estava cansada e sempre que ia dormir com ele, quando chegava em casa, ela já estava no décimo sono. Prometendo esperá-lo acordada, ela desligou e aproveitou que ainda teria umas horas, foi tirar um cochilo.

-

Estava estacionando na garagem quando lembrou que tinha esquecido a sobremesa que o chef tinha mandado pra Talita, ele sempre que sabia que iam se encontrar dava um jeito de mandar algo pra ela. Rafa sorriu ao pegar o elevador, era muito engraçado que mesmo com o jeitinho bruto dela, ela cativava todos que a conheciam.

Abriu o apartamento e imediatamente seus sentidos afloraram. Sua pretinha estava em casa, sabia pelo perfume no ar e pela energia que sentia, sempre que ela estava por perto. Após um ano e meio, o namoro estava cada vez mais intenso e Rafa queria muito mais dela, mas conhecia sua mulher, seria aos poucos que a teria totalmente.
Deixando sua mochila na sala, ele pegou a rosa que tinha separado pra trazer pra ela e foi pro quarto. Não a viu logo ao entrar, dando uma geral no quarto percebeu que ela estava na varanda, sentada na poltrona, com as pernas em cima de uma outra poltona, de camisola de alcinha, e dormindo. Rafael riu, ela devia ter ido pra lá na tentativa de não cair no sono. Resolveu deixá-la dormindo lá e foi tomar banho no banheiro principal pra não acordá-la. Tinha passado o dia fora e estava precisando de um banho, não demorou muito e voltou pro quarto, colocou uma cueca e foi pra varanda.

Ainda ficou olhando pra ela e viu que estava num sono muito pesado. Sem muito esforço ele a pegou nos braços e a carregou pra cama. Ela se mexeu pouco ao ser acomodada, Rafa um pouco frustado por não ter seus pensamentos realizados, ainda tentou acordá-la com beijinhos, mas ela estava sem nenhuma reação. Acomodando ela nos braços ele fez o que tinha pra fazer, dormiu.

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Talita se remexeu, sentiu o corpo quente ao seu lado antes de abrir os olhos. Lembrou que estava na varanda, olhando o movimento lá fora e esperando por ele. Mais uma vez não conseguiu esperá-lo, ele deve ter ficado irritado com ela. Suspirando um pouco, se afastou dele, ele estava deitado de peito pra cima, um dos braços no rosto e ela com um perna entre as dele. Olhou no relógio e viu que era quase 4 da manhã, roçando sua perna nas pernas dele, ela começou a tentar acordá-lo, ele estava quentinho e cheiroso.

Ficou dando beijinhos e passou a mão por cima da cueca dele, sorriu, seu garotinho era muito suscetível aos seus toques, sabia que ele estava despertando.

Talita montou nele, antes dele abrir os olhos, e ficou se roçando nele ali, quadril com quadril, Rafa gemeu antes de se virar pra ela e sorriu.
- Uhmm, sendo molestado enquanto durmo - disse passando a mão no meu quadril e subindo pra apertar meu mamilo.- posso me acostumar com isso... - falou antes de me virar e me coloca debaixo dele. - tava com saudades de você Tá... do seu cheiro, da sua pele, do seu gosto - me beijando na boca, daqueles beijos que só ele sabia dar, me acariciando, me saboreando, me despertando pro prazer.

Devagar ele subiu minha camisola e ficou beijando minha barriga, passando a língua, depois subiu para os seios, senti aquela ânsia de sempre, de tê-lo em todos os lugares do meu corpo. Ele somente ficou roçando os lábios e me abraçou, passando o rosto na minha pele, me sentindo, eu tentei incentivá-lo a me possuir logo o puxando .em direção aos meus quadris, mas ele estava paciente.
Senti que derretia a cada toque dos seus dedos na minha pele, eu estava pegando fogo e Rafa me incendiando ainda mais.

Resmungando um pouco, consegui tirar sua cueca, ele sorriu, daqueles sorrisos que me arrepiava toda, sem esperar muito fui novamente pra cima dele e me fundi seu corpo no meu. Os olhos dele estavam fixos em mim, a respiração rápida e ofegante, me aproximei dele para beijá-lo, queria estar unida a ele de todas as formas. Era sempre assim, sempre uma explosão de adrenalina, expectativa e intensidade quando fazíamos amor. Rafael puxou meu quadril mais pra perto dele e me apertou, estava pra alcançar meu prazer, ele deu um gemido baixo me avisando, acelerei o ritmo e deixei meu corpo tremer junto ao dele.

- Não... tem...nada melhor... do que isso - disse Rafa no meu ouvido, baixinho, ainda arremetendo dentro de mim, senti ele ainda pulsando e me mexi, o incentivando, se permitisse, ele continuaria, fechei os olhos e ele investiu um pouco mais fundo. Senti seu desejo por mim ainda vivo quando o vi tremer novamente e me puxar para o seu peito, exausto depois de outro orgasmo.

-

Rafa percebeu que ela estava quase pegando no sono novamente, ele queria conversar com ela assim, doce, relaxada e desarmada.
Acendendo o abajour do lado dela, nem ligou para os seus protestos. Talita tentou puxar a coberta mas ele a impediu.

- Pára Rafa, vamos dormir... - disse manhosa - você acabou comigo.
Rindo ele deixou que ela se cobrisse.
- Ô Tá, eu amo você - começou cauteloso - e eu quero ter você aqui, quando eu chegar do trabalho.
- Eu tava aqui Rafa, desculpa se não te esperei acordada - interrompeu Talita.
- Espera, não é dessa noite que eu estou falando. É de todas, desde que você começou a trabalhar nosso tempo juntos diminuiu. - ele sentiu que ela se emperdigou.
- O que você tá querendo dizer Rafa, que meu trabalho tá atrapalhando a gente?
Rafa suspirou, ela sempre interpretava as coisas de um jeito torto.
- Não Tá, você não vê? - disse ele, saindo da cama e passou a andar pelo quarto. - não foi isso que eu quis dizer, não sou egoísta, o que eu tô falando é que a gente perde um tempo precioso pra gente por que você não quer vir morar comigo...porra cara, o seu trabalho, o meu trabalho sempre vão existir, o que a gente tem que fazer é se adaptar a isso, às vezes parece que você não quer... o que eu não entendo, por que vc não quer vir morar comigo?

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