Eu não Esperava

Capítulo 15 - Verdades.

As horas passaram devagar, os dois tinham ido dormir quase quando estava amanhecendo. Yong acordou antes dela e resolveu ir para a a academia, ao lado da piscina. Maya levantou horas depois, extasiada; se arrumou e correu ao encontro dele. Yong estava deitado no sofá da sala, assistindo algo na tv. Maya pulou em cima dele, lhe beijou e se aninhou em seu abraço.

"Tenho uma notícia boa para você e acho que péssima pra mim." Yong falou abraçado a ela.

"Fala, Yong! Quer me matar de curiosidade?"

"Suas malas chegaram hoje pela manhã, o taxista veio trazer!"

Maya levantou na hora e começou a pular em cima do sofá.

"Não acredito, é mentira! Meu Deus, onde estão minhas coisas? Preciso ver se está tudo certo, meu passaporte, meu telefone. Não acredito, Yong!" Ela beijou todo o rosto dele.

"Só vou te mostrar, se me prometer uma coisa antes." Yong a apertou forte em seus braços.

"Sua amiga só chega amanhã... Prometa que não vai embora hoje, que vai passar o sábado comigo e dormir mais essa noite aqui. É minha condição para entregar sua mala" Yong a beijou deliciosamente.

"Preciso consultar minha agenda, ver meus compromissos, pensar se quero ficar mais um dia com você, não é tão fácil assim decidir!" Maya ria sem parar." Claro que fico com você. Amanhã cedo quando acordarmos, me leva pra casa dela?"

"Levo mais tarde, depois do almoço, pode ser?" .

"Combinado, almoçamos juntos e você me leva. Agora deixa eu ver minhas coisas, Yong, por favor!"

"Vou pegar para você. Enquanto olha tudo, irei tomar um banho, vou ter que sair, mas volto logo. Quero pegar algumas coisas em meu escritório e volto para ficarmos juntos."

Yong entregou a mala e a bolsa à Maya, lhe beijou e foi se arrumar. Maya não podia acreditar, não tinham mexido em nada, tudo estava do jeito que tinha deixado. Pegou o celular, que estava cheio de mensagens de Rafael; ela não queria se explicar e mandou somente uma mensagem, dizendo que estava bem e que no domingo ligaria para ele.

Enquanto ela mexia na bolsa, Yong veio do quarto, pronto para sair.

"Você tem algum horário marcado, Yong? Alguém te esperando?

"Não, só vou pegar umas coisas e já volto, não tem ninguém no escritório, hoje é sábado, por quê?" Ele tinha se curvado sobre o sofá, para lhe dar um beijo.

"É que está tão bonito, cheiroso... Acho que podia ficar aqui mais um pouquinho!" Ela tinha entreleçado seus braços no pescoço dele.

"Não fala assim, Maya, não me provoque! Não aguento sua voz desse jeito."

"Só um pouco... Quero mais de você como ontem, por favor!" Maya falou, toda derretida.

Yong nem respondeu, escorregou e ficou ao lado dela no sofá, tirou a camiseta e arrancou o pijama do corpo dela. Quase não falavam, fizeram amor intensamente no sofá, se rendendo novamente. As palavras sumiram pela necessidade urgente de mais amor, era uma mistura de pressa com calma, de movimentos rápidos, com carinhos lentos, de beijos e gemidos sufocados. Mais uma vez chegaram juntos ao ápice da entrega, e Yong se deliciava, Maya era perfeita para seu corpo e para seu coração.

"Desse jeito não vou te deixar mais sair daqui, Maya." Ele estava abraçado a ela no sofá.

"Não faço nada, a culpa é toda sua, do seu cheiro e desse seu olhar." A luz do dia iluminava a sala e Maya ficou olhando admirada. "Meu Deus, você está lindo nessa luz, deixa eu tirar uma foto sua." Ela pegou o celular, aproveitou a luminosidade e fez várias fotos. "É impossivel, sério, fica bem em todos os ângulos. Acho que até do avesso é capaz de ser fotogênico!" Ela ria, envolvida por tanto sentimento.