CAPITULO 13 - Tobias

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Decido ir até o jardim, minha cabeça está latejando e a sinto pesada. Acho que estou mesmo ficando louco. Acabei de ver Tris andando pelos corredores do Departamento. É, realmente estou louco.

Já no jardim, vejo alguns, ou melhor, muitos guardas guardando os portões do Departamento. Estão todos com roupas verdes e com um pequeno escudo embutido, acho que eles chamam isso de farda. Vejo que será difícil planejar uma fuga aqui, são muitos guardas, muitos.

O jardim é bem grande, tem árvores, arbustos, flores, bancos. Sento-me em um deles e observo o movimento das pessoas, pessoas com papéis e pastas em mãos, grandes livros, tubos de soro, tubos de ensaio e etc.

Enquanto observo, vejo que um guarda se aproxima de mim, ele tem um pequeno aparelho preto em sua cintura. Parece ser jovem, não mais que eu, mas ainda assim, bem jovem.

–– Ei, o que faz aqui? –– diz ele.

–– Pensei que o local fosse público. –– respondo.

–– O General Gaspar quer falar com você e me pediu que o chamasse.

–– Hm, tudo bem, irei vê-lo, obrigado por me avisar. –– digo, estendendo a mão para um aperto amigável.

–– Não tem de que. –– responde ele, apertando a minha mão. –– seu nome é Tobias, estou certo?

–– Sim, está.

–– Hm, eu o assistia pelas câmeras, você é muito bom em combate cara. –– diz ele, apontando para mim.

–– Oh, obrigado.

–– O que acha de entrar para nossa corporação? –– pergunta ele.

–– Bom, eu ainda vou conversar com o General Gaspar, para ver o que ele dará para eu e meus amigos trabalharmos.

–– Ok, dependendo do que ele disser, me dê sua resposta até amanhã, seria um prazer tê-lo em nossa corporação. Espero você em nosso QG, pode me procurar. –– diz ele.

–– Obrigado, como se chama? –– pergunto.

–– Tenente Thomaz. –– diz ele.

–– Ok, até mais então. –– digo, indo em direção ao salão principal.

–– Até mais.

***

Entro no salão principal e vejo o General Gaspar encostado em um balcão de recepção, parece estar esperando alguém e acho que sou eu.

–– General Gaspar? –– digo.

–– Oh, estava procurando você. –– diz ele.

–– Já estou aqui.

–– Então, gostaria de dividir as tarefas entre você e seus amigos, onde eles estão?

–– No momento, eu não sei, da última vez que os vi, estavam no refeitório.

–– Ok, espere um segundo. –– diz ele, fazendo um sinal com o dedo. Ele pega o pequeno aparelho preto que está pendurado em seu cinto.

" –– Tenente Soares na escuta. ––" diz uma voz que sai do pequeno aparelho preto.

" –– Preciso que veja se, o grupo de jovens, vindos do Experimento Chicago, está por ai no refeitório."

"–– Sim senhor, eles estão aqui."

"–– Diga que quero falar com eles, peça para me encontrarem em meu escritório."

"–– Sim senhor."

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