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C A P Í T U L O   V I N T E  E  U M 

// Í R I S //

Calum entrou na sala, seguido pelos dois rapazes, e sentaram-se no sofá, ficando Ashton ao meu lado e revirei os olhos por ele não ter ocupado o último sofá individual e assim o loiro teria que se sentar ao meu lado.

Arg, idiota!


- E agora? Estamos há meses à espera deste jogo e agora aquele merdas não pode vir. E os bilhetes custaram-nos uma fortuna. Até tive que vender o colar velho e feio da minha avó. - resmungou Cal.

Então, foi ele que desapareceu com aquela coisa horrível? E eu é que levei com as culpas? Ó mãe....

- Estás a falar de quê? - perguntei desinteressada, continuando a assistir Bob Esponja.

- Campeonato de basebol. Coisas de homem. - enxotou-me.

- Então tens que te ir embora, Calum. - ri-me da minha piada seca e este fuzilou-me. - Leva-me contigo.

Aquela foi a vez dele se rir e ergui uma sobrancelha, confusa.

- O que tem assim tanta piada, idiota? - atirei rude.

- O facto de quereres ir connosco ao jogo.

- Sério? Eu gosto de futebol, por isso não deve ser assim tão diferente.

- Só o simples e enorme facto de não saberes distinguir esses dois desportos, apoia ainda mais a minha decisão de não te levar connosco.

Tirei a cabeça pesada de Ashton do meu ombro e este bufou.

- Por favor. Vou ficar sozinha em casa com os pais. O pai vai começar a falar sobre uma nova exposição ou artefacto novo lá no museu e a mãe não vai parar de me utilizar como escrava. - este pareceu não ficar afetado com as minhas suplicadas e revirei os olhos. - Pago o valor do bilhete.

O moreno sorriu abertamente.

- Parabéns, maninha, acabaste de ganhar uma tarde inteira com os rapazes mais sexys da tua vida.

- Mas eu quero ficar contigo. - cismou Ashton.

- Cala a boca, porque vais com o Calum. - resmunguei baixo.

- Mas não achas que vão desconfiar? Afinal, somos namorados e devíamos de ir juntos no mesmo carro.

Sorri cínica.

- Tive uma ideia. Estamos zangados, por isso agora enfia-te no carro do meu irmão.

O rapaz bufou irritado e avisou para Calum que iria com ele e avistei Luke a assentir com a cabeça após Cal lhe dizer algo.

Liguei o motor e aguardei que o loiro entrasse no meu veículo e metesse o cinto de segurança.

Ia ser uma longa viagem...

- Posso saber porquê que tu e o Ash discutiram? - inquiriu-me após vários minutos de silêncio a circular na estrada sem qualquer sinal do automóvel onde seguiam Calum e Ashton.

- Coisas parvas. - disse unicamente. - E não somos namorados. Apenas não-amigos-com-benefícios.

Luke riu-se baixo.

- Isso é bastante invulgar. - concordei com ele. - Não achas esquisito não termos chegado ainda ao estádio?

- Somente, estou a seguir as indicações do GPS... - olhei para ele e suspirei. - ... que pifou.

- Admite, estamos perdidos.

- Não estamos. Confia em mim, homem. Tenho tudo controlado.

- Estamos perdidos. - lamentei após vários quilómetros a circular no meio do nada com a chuva a bater fortemente contra o tejadilho.

- Estamos fudidos. - sussurrou, puxando com força o seu cabelo.

- Boa, a gasolina foi-se. Porquê que também não nos tiras a vida? - gritei alto, levantando os braços e olhando para cima.

Luke agarrou no meu braço e abanou-me. Estremeci com o seu toque.

- Calma. - pediu.

- Vá lá. Começa a atirar as culpas para cima de mim. - encostei a testa ao volante.

- Não irei faze-lo, já que não poderias ter adivinhado que algo assim iria acontecer.

Mentira! A responsabilidade era toda minha, visto que no ano passado pedira, no meu aniversário, para ficar presa sozinha com ele em qualquer lugar.

- Pois, tens razão. - menti. - Tens ali um bar. Vamos para lá, estou a gelar aqui.

Empurrei os corpos que dançavam, conseguindo chegar ao balcão e Luke sentou-se ao meu lado.

- Uma cerveja. - gritei para o homem e estendi-lhe uma nota.

- Fraquinha. - gozou comigo e atirei-lhe um olhar desafiador.

- Afinal traga dois copos e uma garrafa de tequila. E não se esqueça das rodelas de limão. - olhei para Luke, sorrindo-lhe cinicamente.

A música parecia mais alta do que na verdade se encontrava e por algum motivo, eu e Luke não nos parávamos de rir.

A garrafa, anteriormente cheia, rolava pelo chão aos encontrões pelos pés das pessoas que continuavam a dançar como se não houvesse amanhã.

- Estou apaixonado por um telemóvel. - disse Luke ao meu ouvido e ambos desatámos a rir, de novo.

- E eu estou apaixonada por alguém que nunca olhará para mim da maneira que quero.

Gargalhámos.

- Adoro a porra desta canção. Canta comigo.

- Não. - prolongou.

- Don't worry about a thing... 'cause every thing gonna be all right. - cantei alto, arrastando as palavras.

- Singin': Don't worry about a thing, 'Cause every little thing gonna be right! - completou e rimo-nos.

Luke aproximou-se de mim e não hesitou em unir os nossos lábios e saltei para o seu colo, fazendo com que este agarrasse, fortemente, o meu traseiro com as duas mãos para não cair.

Os seus fios de cabelo eram puxados entre os meus dedos, despenteando-o, e tivemos que nos afastar para recuperar o ar.

- Desculpa. - lamentou-se.

- Oh, cala-te e beija-me. - puxei-o e voltei a colidir as nossas bocas.


hey pessoas, sup' ?

espero que tenham gostado, e ya.

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