Fake Messages » hemmings.

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C A P Í T U L O  V I N T E  E  C I N C O 

// Í R I S //

Acelerei o passo por entre os vários alunos no corredor com a intuição de alcançar a saída antes que fosse triturada por entre os corpos mais altos e fortes que o meu, médio e fraco.

Respirei em alívio ao inspirar ar puro, e não aquele partilhado por todos os estudantes do liceu, e abri a boca num sorriso genuíno ao presenciar de longe Ashton e Hillary a conversarem com muita intimidade e a retribuírem caricias.

Tão melosos e grudentos. - pensei com um revirar de olhos.

Comecei a caminhar calmamente pelas ruas em direção a casa, uma vez que Calum teria aulas até tarde e não estava disposta a esperar uma eternidade por ele enquanto conseguia chegar a casa durante esse tempo e sempre fazia um pouco de exercício com aquela caminhada. Bem que estava a precisar, os pneus na minha barriga daqui a pouco começavam a notar-se.

O meu olhar prendia nas pequenas pedras soltas da calçada e ia chutando uma lata velha de refrigerante que encontrara no meio do chão.

- Hey, íris... espera! - ouvi alguém gritar atrás de mim e reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

Girei o meu corpo e dei de caras com Luke que assim que me alcançou, apoiou as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego e as suas bochechas ligeiramente vermelhas davam-me vontade de as apertar como uma avó babada.

Permaneci em silêncio até este se erguer e encarar-me com um semblante embaraçado no seu rosto. Bastante atraente, diga-se de passagem.

-Hum... apenas queria saber se estavas melhor. Soube que foste para o hospital após ter saído e senti-me culpado. Ainda tentei visitar-te para me desculpar, mas o teu irmão achou que fosse melhor afastar-me enquanto não recuperasses. - explicou atrapalhando-se um pouco com as palavras.

Deixei uma gargalhada escapar por ele ficar tão adorável quando ficava nervoso com algo, e somente encolhi os ombros ao que ele dissera.

- Então, estou desculpado? - perguntou esperançoso, prendendo o piercing entre os dentes. Um tique que reparar nele.

- Não sei. Talvez. - brinquei, continuando o meu percurso e este acompanhou-me, permanecendo ao meu lado com uma distância razoável entre nós.

- Por favor, não sabes o quanto me andei a martirizar por te ter deixado naquele estado.

- Só se me pagares um batido. - chantageei e Luke riu-se.

- És tão parecida com o teu irmão. - comentou, escondendo as suas mãos nos bolsos das suas calças pretas justas.

- Eu e o Calum? Parecidos? Nunca. - atirei indignada.

O trajeto até ao café mais perto foi percorrida sob uma conversa espontânea e normal sobre variados temas e não conseguia conter a alegria por estar a estabelecer contato, em que estivesse sóbria, com o meu crush.

Entrámos no pequeno estabelecimento e ocupei uma mesa desocupada enquanto o loiro fora fazer os nossos pedidos; para mim um batido de morango e frutos silvestres e ele optara por um de pêssego e ananás.

Luke apareceu pouco tempo depois e pousou os recipientes sobre a mesa, sentando-se à minha frente e não tardou a que iniciássemos outra conversa sobre um tema de interesse comum.

Apanhei o meu cabelo logo que sentia calor e amarrei-o com um elástico que andava sempre no meu pulso e vi Luke a observar atentamente o meu pescoço, e só aí apercebi-me do meu erro.

- Tens uma tatuagem? - inquiriu admirado.

- Por favor, não digas nada ao Calum senão ele vai fazer queixa aos meus pais. - implorei e ele assentiu.

- Mas fizeste-a sem a autorização deles? O Calum tem algumas.

- Pois, mas não perspetiva deles, eu sou miúda e não posso ter a minha pele coberta por tinta preto, porque não transmite uma ideia pouco agradável de mim às outras pessoas. - resmunguei, adotando uma postura mais descontraído do assento. - A minha mãe meteria-me de castigo até sair de casa aos cinquenta anos e o meu pai teria um ataque cardíaco.

- No entanto, isso não te impediu de fazê-la. 

heyyy again , espero que tenham gostado.

votem e comentem.

e ya , é isso.

byeee.