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C A P Í T U L O  V I N T E  E  S E I S 

// Í R I S //

Regressava a cada na companhia do meu irmão e de Luke, já que este ia passar a tarde lá, a pé, uma vez que Calum gastara toda a sua mesada em algo insignificante e não tinha dinheiro para repor a gasolina no depósito do seu carro.

Os dois rapazes não paravam de fazer comentários impróprios e desnecessários acerca do traseiro gigante de uma rapariga que caminha uns metros à nossa frente desde que dobráramos a esquina anterior.


- Podem parar? Até parecem que estão a violar a miúda com os olhos. - resmunguei cansada de ouvi-los. - Pobre coitada.

- Não temos culpa que ela seja boazona. - defendeu-se Calum.

- Sinto-me feliz nas calças. - riu-se Luke.

- Miúda! - gritou o moreno alto para captar a atenção dela.


A rapariga parou de caminhar e virou-se para trás, procurando saber quem a havia chamado. Ao ver o seu rosto comecei a gargalhar e acabei mesmo por cair ao chão por me doer tanto a barriga. Afinal, ela era um ele; era um travesti.

Ela após reparar na minha reação e na cara de choque de cada um deles, mostrou o dedo do meio, atirou o seu longo cabelo negro para trás das costas e continuo o seu percurso num passo mais acelerado.


- Sinto-me triste nas calças. - acabou por dizer o loiro, provocando ainda mais gargalhadas da minha parte.

- Vocês são patéticos. - gozei com eles.

***

Ouvi uma batida na porta e soltei um entre para a pessoa do outro lado da porta, que decidira interromper-me a meio dos meus estudos, o que era algo muito raro de acontecer. A parte de estudar, claro, porque toda a gente adorava lembrar-se da minha existência nos momentos mais inconvenientes.

Uma peruca loira surgiu pela pequena aberta da porta e foi inevitável não sorrir ao encarar a sua figura fofa e atraente.


- Estás a estudar o quê? - perguntou depois de olhar atentamente para todos os livros em cima da minha cama.

- Matemática. - suspirei descontente e fiz uma pequena careta, fazendo-o rir baixo. - Precisas de algo?

- Porquê que haveria? - inquiriu confuso.

- Vieste ao meu covil e isso só acontece quando necessitam de alguma coisa aqui da Je.

- Hum... apenas vim ver se não te tinhas matado. Estás aqui dentro desde que chegámos e isso foi há quatro horas atrás, e recusaste jogar videojogos connosco, o que é bastante estranho no ponto de vista do Cal, porque tu és viciada. - explicou enquanto adentrava por completo no meu quarto e sentou-se na beira da cama, afastando os cadernos para obter algum espaço.

- Por mais que adorasse não posso... - Luke interviu com um grito agudo e mirei-o com os olhos arregalados. - Estás bem?


O loiro assentiu freneticamente e ergui o sobreolho por ele parecer que havia bebido RedBull para estar tão irrequieto de um momento para o outro.


- Aquilo é uma Fender Stratocaster Sunburst? - apontou para o canto do meu quarto.

Dirigi o meu olhar para lá e franzi a testa.

- Estás a referir-te ao soutien, que não deveria de estar ali, em cima da guitarra?

- É a guitarra. - esclareceu e saltou da cama, pegando no instrumento após dar-lhe permissão para tal.

Luke voltou a sentar-se ao meu lado e dedilhou nas cordas da guitarra, provocando um som desafinado.

- Como é que a tens? É extremamente cara. - os seus olhos azuis brilhavam enquanto falava.

- A mim não me custou nada, mas ao meu ex-namorado deve ter custado uma fortuna. - observou-me atentamente. - Ele era de uma família rica e fanático por música, por isso, quando um dia apanhei-o a trair com outra no seu quarto, atirei-lhe com a moldura do Kurt Cobain autografada e roubei-lhe a primeira coisa que me apareceu como vingança. E esta é a história dessa coisa.

- Não me importava que a minha namorada me traísse para ganhar uma coisa destas. - murmurou ainda fascinado por ela.

- Se quiseres podes ficar com ela.

- A sério?! - exclamou surpreendido. Encolhi os ombros. - Não posso aceitar.

- Claro que podes, até porque já o fizeste. - sorri-lhe.


Luke envolveu os seus braços em torno do meu tronco, abraçando-me apertadamente e por mais que estivesse a amar e a aproveitar todos os segundos do nosso pequeno momento, precisava de viver.


- Luke... - chamei-o.

Ele afastou-se e as suas bochechas estavam rosadas. Awn!

- Desculpa, é que estou mesmo feliz. - suspirou. - Anda cá, que eu ajudo-te na matéria.

- Estás a falar a sério?

- Deste-me de graça uma guitarra rara. Até me casava contigo depois disso.




HEYYYYYYYYYYYYYY , nossa ._. 

o sono está a fazer efeito kkkkkkkk ._.

vamos ver se não adormeço a escrever em vez de ser a ler ( REMEMBER WHEN ._. KKKKKKKKKKKKKKKKK )

e ya kkkkk.

byeeeeeeee.

Fake Messages » hemmings.Onde histórias criam vida. Descubra agora