Fake Messages » hemmings.

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C A P Í T U L O  Q U I N ZE

// L U K E //

-Que se passa, mano? - Inquiri confuso após Calum regressar por ter que atender uma chamada.

Este passou furiosamente as mãos pelos cabelos negros.

-A minha irmã está no hospital. Vou ter que a buscar. - Falou furioso, porém era evidente que estava mais preocupado do que outra coisa.

-Tudo bem. Vou ver se consigo apanhar o autocarro a estas horas.

-Nada disso. Vens comigo e depois deixo-te em casa como combinado. - Assenti.

Deixámos dinheiro em cima da mesa para pagar os sumos e as sandes que pedíramos e abandonamos o estabelecimento, fazendo-nos à estrada.

Calum caminhou apressado até ao balcão onde atrás dele se encontrava uma senhora de meia idade com uma expressão exausta no rosto e assim que viu o comportamento irrequieto do moreno, revirou os olhos.

-Queria saber em que quarto está a Íris Hood. - Pediu, atrapalhando-se nas palavras por estar demasiado nervoso.

A rececionista suspirou ruidosamente e mexeu no computador.

-A menina Hood já teve alta. - Falou sem qualquer emoção na voz e prestou atenção a outra pessoa que chegara naquele momento.

Puxei Calum dali, já que ele parecia que iria ter um ataque.

-Onde é que ela está? - Perguntou demasiado alto, atraindo alguns olhares reprovadores para nós.

-Saudades minhas, Cal? - Uma voz feminina soou atrás de mim e o meu melhor amigo passou rapidamente por mim antes que tivesse tempo de sair da frente.

Virei para trás, vendo-o abraçado à sua irmã que tentava a todo o custo afastá-lo dela.

-Demasiado contato físico. Afasta-te. - Reclamou e ele, finalmente, largou-a.

Calum revirou os olhos e cruzou os braços ao peito, mostrando uma postura mais séria.

-Estou a ver que continuas a mesma chata.

-E tu continuas a precisar de um banho urgente. - Ri-me e logo parei assim que recebi um olhar mortífero dele.

Sentei-me num dos bancos do hospital, visto que tinha a prefeita noção que ainda iríamos demorar devido ao enorme discurso de repreensão que Calum treinara no carro enquanto vínhamos para aqui.

-Qual foi a tua ideia? - Criticou.
Íris bufou propositadamente e pôs o peso do corpo numa só perna.

-Foi só uma mordida superficial e apenas vou ter que usar esta ligadura durante uma semana. - Defendeu-se. - E para além do mais, o cão parecia ter fome e não há nenhum mal em dares um bocado de cachorro.

-Claro que há. - Falou mais alto. - E é por isso que estás aqui, agora. Não tens mesmo juízo.

-Pois, claro. Mas o teu juízo é tão existente como o segundo testículo do Hitler. - Sorriu falsamente e afastou-se, talvez em direção ao parque de estacionamento.

Levantei-me do banco e pousei a mão sobre o ombro do meu amigo.

-Não sei o que fazer com ela. - Desabafou.

-Ela até é engraçada e bonita. - Calum interrompeu.

-E eu dou-te um soco e não irei hesitar só por seres meu amigo