Chovia tanto que os pingos doíam quando batiam nas costas. Meu sobretudo estava encharcado e pesava o quíntuplo do habitual. O chapéu de aba larga não me deixava enxergar direito. Eu sentia tanta fome que tonteava a cada passo. Minha esperança de achar alguma refeição plausível naquela chuva era nula... Ou quase. Lembrei que ali perto eu havia comprado um prédio a pouco tempo. Era bem situado mas estava em ruínas. Meu propósito era derrubá-lo e construir um grande estacionamento, mas naquele momento ele me serviria de abrigo, já que Carlos, meu motorista ainda demoraria mais de uma hora pra voltar e me buscar. Assim que cheguei no prédio, me dirigi ao portão de trás, pois já sabia que o cadeado tava meio solto. Liguei a lanterna do celular e fui entrando. A parte boa de ter uma ótima memória é que eu lembrava de cada passo que eu dei lá dentro.
Quando achei um lugar mais quente, com menos ratos e goteiras, me encostei num balcão velho e tirei o chapéu e o sobretudo.
Um morcego passou voando sobre a minha cabeça. Num sobressalto, me lancei pra trás, e quase foi tarde demais quando percebi que não estava sozinho. A lâmina da faca brilhou no escuro e me desviei do golpe por impulso. O homem que aparentava seus 26, 27 anos era bem ágil, e com rispidez gritou:
-Passa tudo o que tiver! Carteira, celular, relógio; Tudo!
Recobrei a calma, e com uma voz tranqüila, e até mesmo fria eu disse:
-Se eu fosse você, eu daria as costas e iria embora sem pensar.
O homem riu e em seguida perguntou:
-Você vai fazer o quê? Me matar?
-É bem provável.
O sorriso do homem se transformou em uma expressão de ira, e ele veio pra cima de mim com tudo. Eu me desviava dele rápidamente, enquanto ele desferia golpes contínuos e sem nenhum cálculo. Fui andando de costas, e ele em direção a mim até que fiquei encurralado em uma parede.
O olhar dele brilhava enquanto eu simplesmente parei e esperei a próxima ação. Ali naquele momento, o assalto era o de menos para aquele homem. Ele queria mesmo era abusar da sensação de poder sobre mim. Ele então disse:
-Tira esses óculos escuros e olha nos olhos do teu assassino!
Com expressão de desdém perguntei:
-Tem certeza?
-Tira logo!
Tirei calmamente os óculos e joguei no chão, ainda de olhos fechados e cabeça baixa.
-Agora olha pra mim!
-Seu desejo é uma ordem!
Quando ele olhou em meu rosto e não viu olhos, apenas uma cavidade escura, soltou a faca e gritou:
-Que diabos é você???
Tranquilamente eu respondi:
-Sou sua morte!
Em segundos o ataquei, imobilizando-o e em seguida cortando sua jugular violentamente com os dentes e sugando avidamente o sangue que jorrava fartamente. Lentamente senti a minha pele retomar a maciez e a cor pálida deu lugar a uma cor saudável e meus globos oculares se refizeram novamente.
Acho que eu esqueci de mencionar esse mero detalhe com vocês...
SIM, EU SOU UM VAMPIRO.Oi gente, aqui é a Melody... Ops! #Sqn! Sou o Handriell X. Geralmente eu sou melhor com música que com textos, mas resolvi mudar um pouquinho o foco. Aceito sugestões desde já e conto com seu voto hein?
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The Darkside of An Angel (Pausada)
VampireAndreas sempre se sentiu diferente das outras pessoas, mas aos 16 anos algo despertou dentro dele. Ele era um Néphillin. Nada mais seria como antes depois disso. Mas o que é um Néphillin? E por que essa sede de sangue? E será que ele resistirá a ten...