Adrenalina

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-Admiro a coragem de vampiros como você. Qualquer outro vampiro evitaria estar na mesma cidade que eu, quão dirá no mesmo ambiente. Qual seu nome, rapaz?
- Direi com prazer depois que você disser o seu.
-Ah, está explicado. Você não sabe quem eu sou. Essa nova geração de vampiros não entende de hierarquia. Como estou de bom humor, vou te contar quem sou. Me chamo Hazzar. Mas nessa época sou conhecido como Frederich Simpson. No mundo dos negócios, sou conhecido por ser dono de uma das maiores empresas de exploração marítima do mundo. No mundo dos vampiros, eu sou um ancestral, um dos sete filhos de Caim, o amaldiçoado e primeiro vampiro da história. Agora me diga: Quem é você?
-Eu sou Andreas.
-Andreas? Só isso?
-Sim, só isso. Cheguei aqui por acaso. Vim com uma amiga conhecer a cidade e acabei na sua festa.
Frederich levantou de sua cadeira e veio andando em minha direção.
-Sabe o que torna um ancestral poderoso, Andreas? Um vampiro comum se alimenta de sangue humano. Ele supre totalmente suas necessidades. Já um ancestral pra se satisfazer, se alimenta de suas próprias criações.
Dito isso, Frederich tocou uma campainha e a porta se abriu. Dois lacaios entraram trazendo Tasha.
-Vocês me pouparam de uma boa caçada. Exceto os meus estoques; Vampiros que transformo e crio em cativeiro para consumo, tem sido cada vez mais difícil capturar vampiros para... Degustação.
Dois outros lacaios me seguraram, enquanto ele com apenas um olhar hipnotizou Tasha. Naquele momento eu não podia me dar ao luxo de ser impulsivo. Eu sabia que um ancestral era poderosíssimo, e que nos destruiria em segundos. Eu precisava usar minha carta na manga antes que ele atacasse Tasha.
-Vou degustar sua namorada primeiro. Seu organismo produzirá doses cavalares de adrenalina, o que tornará seu sangue delicioso para consumo.
-Namorada? -E soltei uma risada. -Ela é só uma vadia. Mate-a e me fará um favor.
-Huuuum... Mas acho que ela não pensa como você. Se eu matá-lo na frente dela, terei o resultado que quero.
Com algumas palavras que não compreendi com exatidão, Frederich tirou Tasha do transe, e veio para o meu lado.
-Me deseje um "bom apetite", senhorita.
E cravou os dentes no meu pescoço. Eu nem sequer reagi. Apenas suportei a dor da mordida e suas sugadas. Depois ele me jogou no chão, enquanto Tasha chorava desesperada.
-A diferença entre o sabor desses vampiros criados e de uma presa é gritante. O sangue é diferente... -Dizia Frederich enquanto se aproximava de Tasha. Seus olhos desesperados me procuraram e eu apenas movi os lábios dizendo:
-Apenas fique calma.
Num lapso de segundos, um dos capangas olhou na direção onde eu estava e não me viu. O alarde foi imediato.
-Senhor, o vampiro desapareceu.
-Como assim desapareceu? Pela quantidade de sangue que eu suguei, ele não conseguiria dar nem 10 passos! Achem-no, seus incompetentes!
Iniciou-se uma busca na sala, que não tinha muito espaço pra esconder. Um a um dos capangas eu fui derrubando, torcendo seus pescoços, numa fração de segundos, até que só eu, Tasha e Frederich restamos no cômodo.
Parei de frente a ele, e seu olhar de ódio era indisfarçável.
-Eu ainda não identifiquei o que diabos é você. Você não é um dos Caídos, como eu, e tem força demais pra ser apenas um Vampiro transformado. Só sobra uma hipótese então. Você é um dos Nephillins.
-Exatamente. -Respondi.
-Pelo poder demonstrado, acho que podemos reconsiderar nossas animosidades e quem sabe você não queira se unir a mim?
-Isso vai depender. Será que você tem as respostas que eu procuro?

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Hey Galera! Sequência animada né? Bom... Ando meio desestimulado... As leituras, estrelinhas e comentários caíram muito. Me ajudem a divulgar a história e prometo mais assiduidade na postagem dos capítulos, OK? 😁😁😁
Beijinhos no core de vcs e até breve!

The Darkside of An Angel (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora